Entrevista
Cirurgia bariátrica: o futuro da técnica de gastrectomia vertical

Conhecida por ser um avanço para os pacientes que sofrem com a obesidade mórbida e necessitam de cirurgia bariátrica, a gastrectomia vertical, procedimento que resseca parte do estômago que produz o hormônio da fome, torna-se ainda menos invasiva com a junção de duas eficazes técnicas ao procedimento: a cirurgia por orifício único, laparoscopia single port, aliada ao uso de robôs no procedimento.

Para saber um pouco mais sobre essa evolução, entrevistamos o Dr. Vladimir Schraibman (CRM – SP 97304), especialista em cirurgia geral, gastrocirurgia e orientador de Cirurgias Robóticas da área de Cirurgia Geral e do Aparelho Digestivo do Hospital Albert Einstein (Proctor Intuitive Robotic System). Leia abaixo:

1. Quais os avanços conquistados nos últimos anos com a técnica de gastrectomia vertical?

Desde que começou a ser usada para tornar o procedimento de cirurgia bariátrica menos traumático e dolorido, a técnica da gastrectomia vertical tem demonstrado ser uma excelente opção para o tratamento da obesidade mórbida e do sobrepeso de grau III. Esse cenário ocorre porque o procedimento apresenta inúmeras vantagens como: ausência de desnutrição, queda de cabelo, vômitos pós-prandiais e de complicações no pós-operatório, a exemplo da hipovitaminose – doenças causadas pela falta ou deficiência de vitaminas no organismo – geralmente causada por uma alimentação incompleta. A gastrectomia vertical permite ao paciente ingerir qualquer tipo de alimento em pequenas quantidades.

2. No Brasil a união da gastrectomia vertical ao single port, cirurgia por orifício único, de 2,5 cm, ocultado sob a cicatriz umbilical, acompanhado do uso de robôs já é constantemente praticada?

Não. Trata-se de uma modalidade extremamente nova e ainda realizada por pouquíssimas equipes. Entretanto, o método já é bastante utilizado nos Estados Unidos, onde existem cerca de 1.500 robôs, comparados aos 14 existentes na América Latina e aos quatro em uso no Brasil. Há centros do continente norte-americano que realizam esta técnica apenas por robótica. Os pacientes operados desta forma relatam ausência de dor nos pós-operatório, como se não tivessem sido submetidos a nenhum procedimento cirúrgico. O sangramento é praticamente nulo e a precisão do método é máxima.

3. Quais tipos de pacientes podem se beneficiar com o novo método?

Pacientes com IMC maior que 40 ou entre 35 e 40, para os que apresentam co-morbidades como hipertensão arterial, diabetes, colesterol e triglicérides elevados, apnéia do sono, entre outros problemas.

4. Futuramente haverá mudança da via laparoscópica para a robótica em todos os processos da gastrectomia vertical?

Sim. Sem dúvida este é o caminho em um futuro bem próximo. O avanço da tecnologia e a diminuição dos custos permitirão a difusão da técnica a todos os centros do mundo, sem falar nos benefícios aos pacientes que incluem melhor aspecto estético, porque há apenas um pequeno corte de aproximadamente 2,5 cm, ausência de dor no pós-operatório, precisão e menor nível de sangramento.

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