Orientações de urologista, Dr. Amilcar Martins Giron!
Dr. Amilcar Giron, é Prof. Livre-docente, Divisão de Urologia da Faculdade de Medicina da USP, nos esclarece algumas dúvidas, veja só: Sentir Bem:Quais os principais hormônios masculinos e suas ações? Dr. Amilcar: Os Hormônios masculinos iniciam sua atividade secretória ao nível do hipotálamo (dentro do cérebro) passando pela hipófise. Os neurônios hipotalâmicos secretam um hormônio (Gn-RH) estimulando a hipófise, a qual também secreta dos hormônios (gonadotrofinas) que são o hormônios luteinizante (LH) e folículo-estimulante (FSH). Essas gonodotrofinas entram na circulação sanguínea e no testículo (principal glândula masculina); o LH estimula as células de Leydig do testículo a produzir o hormônio masculino - Testosterona - enquanto que o FSH estimula outras células do testículos - células de Sertoli - à produção de espermatozóides. A concentração de testosterona no sangue está fisiologicamente alterada durante o ciclo da vida; assim, apresenta um pico na vida fetal entre 12 e 18 semanas, outro pico aos 2 meses de idade, aumenta novamente sua concentração entre 12 a 17 anos (período puberal), alcançando concentração máxima no adulto na 2ª e 3ª década, declinando à seguir. Sentir Bem: O que a diminuição ou aumento pode causar no organismo ? Quais doenças ou problemas mais comuns qdo ocorre esta "instabilidade"? Dr. Amilcar:Um exemplo típico que pode aumentar o nível de testosterona é o tumor da glândula suprarenal; ela produz vários hormônios entre eles a testosterona (andrógenos), que causa virilização. No sexo feminino e virilização caracteriza-se pelo aumento do clitóris, engrossamento da voz, suspensão da menstruação (amenorréia) e pêlos genitais com distribuição masculina. No homem pré-puberal ocorre puberdade precoce, aumento de massa muscular, aumento do pênis, da libido (desejo sexual), da ereção e também mudança do timbre de voz. Nessas condições, o médico pode chegar ao diagnóstico do problema fazendo uma série de dosagens hormonais e exames de imagens tipo ultra-som, tomografia e muitas vezes uma cirurgia de remoção de tumor faz regredir todas anormalidades descritas anteriormente.A diminuição dos níveis de testosterona no sangue pode ser conseqüente de alteração no eixo hipotálamo-hipófise de causas congênitas ou adquiridas, como retiradas de tumores ou mesmo alterações primarias do testículo.O quadro clínico é definido como hipogonadismo e pode causar disfunção erétil, infertilidade conjugal, alterações comportamentais do indivíduo. Sentir Bem: Quais os fatores de risco para um desequilíbrio hormonal? Dr. Amilcar:O principal fator de risco para desequilibrar o eixo hormonal, creio que é a administração de hormônio (testesterona) para paciente adulto. Geralmente são pacientes na sexta /sétima década com níveis androgênicos baixos, perda de libido. As injeções hormonais devem ser precedidas de cuidadosa avaliação clínica e laboratorial; o hormônio masculino (testosterona) funcionaria como "pólvora" na "fogueira" no paciente que apresenta câncer de próstata não diagnosticado; portanto, cautela. Em outras situação administração de hormônio que desequilibra o eixo hormonal, não é preocupante pois a suspensão do medicamento faz regredir eventuais efeitos colaterais. Sentir Bem: O que "analisar" no corpo que pode ser apontando como "aviso do desequilíbrio hormonal"? Existe algum sinal que devemos ficar "de olho" ? Dr. Amilcar:Quando se examina o paciente, geralmente criança ou adolescente, alguns sinais podem sugerir deficiência de hormônio masculino. Já citamos a puberdade precoce (tumor de supra-renal), puberdade tardia com alterações hormonais de causas desconhecidas. Criptorquidia ou ausência de testículo na bolsa escrotal, pode significar alteração de todo eixo hormonal, desde o hipotálamo passando pela hipófise até o testículo, com insuficiência de testosterona. Outro sinal que aparece no exame físico da criança pode ser o micropenis, que a ponta de um "iceberg" , isto é, uma série enorme de desarranjos hormonais. Um aspecto importante nos dias atuais é o tratamento da andropausa (equivalente a menopausa nas mulheres), isto é, terapia de reposição hormonal no homem que na literatura médica ainda é assunto controvertido. No entanto, quando bem documentada a queda nos níveis hormonais, a terapia com a administração de hormônios contribuem para a manutenção das características sexuais, do humor, desenvolvimento de massa muscular e restauração do bem estar físico e mental. Está indicada quando os nível de testosterona sangüínea estiver abaixo de 300 ng/ml. Existem várias tipos de andrógenos (hormônios masculinos) disponíveis no mercado: administração por via oral, transdérmica, subcutânea e injetável. É importante o monitoramento clinico principalmente em pacientes com predisposição e/ou antecedentes de câncer da próstata. Matérias que você vai gostar de ler mais: 1) Disfunção erétil 2) Cálculos urinários 3) Próstata Veja mais sobre o assunto em nossa coluna de Urologia e Saúde com Dr. Antonio Otero Gil |
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