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Dr. Filippo Pedrinola - CRM 62.253
Endocrinologia e Saúde
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Saúde e estilo de vida: uma questão de atitude

É um prazer enorme estrear minha coluna aqui no Portal Sentir Bem e poder escrever, de forma descontraída, sobre assuntos variados ligados à saúde.

Normalmente, as pessoas só procuram o médico quando sentem alguma coisa ou percebem que algo está errado com o seu corpo. Podemos fazer uma analogia do estado de saúde das pessoas com a ponta de um “iceberg”, aquela que fica para fora da água e só representa 10% do seu total, ou seja, seria equivalente à “fotografia” instantânea do estado de saúde do paciente: doente, saudável, acima do peso, deprimido, com síndrome do pânico, dor nas costas, etc. Porém, na maioria dos casos, ninguém fica doente de repente ou engorda de repente, é um processo que, na realidade decorre, em parte da genética individual e depende das escolhas que cada um faz em relação aos seus hábitos de vida durante muitos e muitos anos. Essas escolhas é que representam os outros 90% do “iceberg” que estão debaixo da água, escondidos, como praticar ou não atividade física regularmente, o que e quanto cada um escolhe para comer e de que forma administra suas emoções. Doenças crônicas como infarto, diabetes, pressão alta e derrame são as que mais matam no mundo moderno e, pasmem, segundo dados da organização mundial da saúde(OMS), 80% dessas doenças podem ser evitadas simplesmente com mudanças de estilo de vida e, mais surpreendente ainda, 40% dos cânceres poderiam ser evitados! Esses dados mostram que a saúde do ser humano está, na maior parte, nas próprias mãos.

A ciência moderna já demonstrou que o medo, a raiva e a ansiedade são mais do que apenas sentimentos e que desencadeiam respostas fisiológicas capazes de afetar a saúde, tanto quanto a obesidade e o sedentarismo. O consumo de antidepressivos, calmantes e remédios para dormir não para de aumentar, refletindo a enorme dificuldade de administrar as emoções num mundo “estressor”. É muito difícil interromper o fluxo de pensamentos que vem à nossa mente a todo momento e, mais difícil ainda, é evitar interagir com esses pensamentos. É isso que faz com que não sejamos capazes de viver o presente, que é tão cultivado nos sistemas de cura mais antigos do mundo como a medicina Ayurvédica, chinesa e tibetana.

Estatísticas mostram que por volta de 80% das visitas medicas ocorrem devido a sintomas causados ou relacionados ao estresse. A maioria das doenças crônicas necessita de uma abordagem mais holística, na qual deve ocorrer uma verdadeira “parceria” entre medico e paciente. O stilo de vida é o principal fator de qualidade de vida, saúde e longevidade.



Dr. Filippo Pedrinola- Endocrinologista - CRM 62.253








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