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Dr. Roberto Ranzini - CRM-SP 70.975
Ortopedia e Medicina Esportiva - TEOT: 5836
Artigos | Currículo   

Lesão do ligamento cruzado anterior em mulheres

Há mais de uma década os pesquisadores debatem os vários motivos porque as lesões do ligamento cruzado anterior (LCA) do joelho estão ocorrendo mais frequentemente nas mulheres do que nos homens, desde razões anatômicas até diferenças hormonais entre os sexos.

Estudos recentes mostram que as atletas femininas que participam de alguns esportes como futebol ou basquete são de três a quatro vezes mais susceptíveis a lesões do LCA do que os homens. A maioria destas lesões está ocorrendo em mulheres entre as idades de 15 a 25 anos.

Muitos pesquisadores na área de ortopedia relataram os fatores mencionados abaixo para explicar o aumento das lesões do LCA entre a população de atletas femininas.

FATORES BIOMECÂNICOS. As mulheres tendem a utilizar muito mais a musculatura do quadríceps do que os homens, sendo um fator muito importante no aumento do risco das lesões do LCA.
Para que isto não ocorra as mulheres devem ser treinadas para utilizar mais a musculatura dos ísquio-tibiais (posteriores da coxa).
As mulheres também aterrisam depois de um salto utilizando o apoio de toda planta dos pés ao invés da ponta dos pés o que também leva a um aumento do risco para esta lesão.
O mais atual dos estudos mostra que as mulheres ao aterrisarem no solo realizam um valgismo dos joelhos (tendem a encostar um joelho no outro) ao invés de somente fletí-los. Diferença esta, em relação aos homens, que aumenta muito a tensão sobre o LCA.

INFLUÊNCIAS HORMONAIS. Os pesquisadores dizem que não deve haver nenhuma modificação ou restrição no treinamento durante o período menstrual. Eles também dizem que os hormônios femininos não aumentam as chances de uma lesão do LCA, porém mais estudos ainda devem ser concluídos.

FATORES EXTERNOS. As joelheiras não previnem as lesões do LCA, portanto seu uso está restrito a algumas situações que somente seu ortopedista pode determinar. O uso de calçados com solado mais aderente melhora a tração em determinadas atividades mas por outro lado pode aumentar o risco de lesão do LCA.

FATORES DE RISCO ANATÔMICO. Alguns pesquisadores sugerem mas ainda não existem estudos conclusivos em relação às diferenças de comprimento do LCA entre os sexos e também entre o tamanho do espaço intercondilar do fêmur (área interna do joelho que contém o LCA).

Por tudo isto o consenso geral é que para as mulheres deve ser desenvolvido um programa adequado de treinamento ensinando técnicas de aterrisagem, uso da musculatura dos ísquio-tibiais, calçados específicos para cada atividade e a correta postura dos membros inferiores.
Sempre converse com seu treinador e com seu médico ortopedista para que possam planejar seu treinamento da forma mais correta possível.








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