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Dr. Antonio Otero Gil - CRM 60029
Urologia e Saúde
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Disfunção erétil: um problema que assombra os homens

Impotência sexual. Sem dúvida esse termo assombra os homens de todas as idades. O significado parece simples: incapacidade de ter ereção; mas tudo o que esse conceito envolve na vida do paciente torna esse um tema de fundamental importância na prática médica. Cerca de 47% dos brasileiros apresentam algum grau de disfunção erétil (DE), fato que faz necessário entender, tratar e prevenir sua existência quando possível.

O pênis é composto por três cilindros vascularizados. Dois deles, os corpos cavernosos, são responsáveis pela ereção. O estímulo começa no cérebro, onde nascem as sensações de desejo e prazer. Esse estímulo, em forma de sinais elétricos, chega através da medula vertebral, por raízes nervosas, até o pênis, onde promove aumento da quantidade de óxido nítrico a acetilcolina, substâncias responsáveis pelo enchimento de sangue dos vasos penianos preenchendo assim os corpos cavernosos e promovendo a ereção. O mesmo caminho de condução é ainda capaz de inibir o estímulo neurológico, evitando que os corpos cavernosos se encham. Um homem saudável desenvolve 4 a 5 ereções por noite de sono, número esse que diminuiu com a idade. O número de ereções no período de excitação varia de individuo para indivíduo e também tendem a diminuir com a idade.

O mecanismo neurológico e as artérias que fazem com que o sangue percorra o pênis são bastante delicados e por isso muito sensíveis a danos. È aqui que entra a disfunção erétil. Estresse, ansiedade, depressão e o velho medo de não atender as expectativas podem causar impotência sexual já que bloqueiam o desencadeamento do estímulo provindo do cérebro. Na verdade, essas são as causas mais comuns que afrontam os homens jovens. São as chamadas causas psicológicas, muito freqüentes, porém podem nem sempre vir isoladas.

A Hipertensão arterial e o Diabetes Mellitus são verdadeiros inimigos das artérias de nosso corpo. Isso, todo mundo sabe. O que as pessoas não sabem é que não só o coração, o cérebro e os rins sofrem com essas doenças. Os vasos do pênis também. A presença de pressão alta, altas taxas de açúcar no sangue e colesterol elevado, sozinhos ou agrupados destroem a microcirculação peniana e as terminações nervosas impedindo que haja a fisiologia da ereção. O tabaco age exatamente aqui.

Existem ainda causas hormonais para a impotência. Indivíduos com diminuição dos níveis de testosterona e das substâncias que fazem parte do seu funcionamento podem experimentar não só diminuição no desejo sexual mas também incapacidade de ter ou manter uma ereção. A falta de hormônio da tireóide age de forma semelhante. Nessa hipótese o seu médico tem papel fundamental na investigação do problema e no tratamento quando necessário.

Algumas medicações como os hipotensores usados em alguns casos de hipertensão arterial ou mesmo drogas psicotrópicas usadas em transtornos psicológicos são responsáveis por até 25% dos casos de DE. Traumas penianos e cirurgias para remoção completa da próstata ou radioterapia nos casos de câncer são responsáveis por pequenas porcentagens. Doenças neurológicas degenerativas também participam desse grupo. Não podemos ainda esquecer a obesidade.

O papel do médico Urologista hoje é conscientizar seu paciente que a DE é mais comum do que ele imagina e que há formas de prevenir e medicar para tratar. Prevenir consiste fundamentalmente em manter hábitos saudáveis, evitar obesidade, alcoolismo, tabagismo e controlar as doenças já citadas. Naqueles casos onde o fator emocional é preponderante uma boa conversa com seu médico associado à psicoterapia são fortes armas para melhora do quadro. O apoio da parceira quando presente ajuda sensivelmente.

Já naqueles casos onde problemas de saúde são os causadores, o controle das doenças pode ser associado às medicações orais capazes de facilitar a ereção através da inibição das enzimas que provocam o esvaziamento do corpo cavernoso. São elas a Sildenafila, Tadalafila e a Vardenafila, todos usados 30 minutos antes da relação sexual. Tudo bem, e se... não funcionar... Há ainda drogas que quando administradas através de uma pequena injeção peniana podem potencializar a ereção. Naqueles casos refratários em que nada funcionou até agora o último recurso está na colocação de próteses penianas onde através de uma pequena cirurgia substitui-se os corpos cavernosos por hastes maleáveis o insufláveis capazes de mimetizar a ereção no momento que o paciente e sua parceira desejarem.

Como vemos inúmeras são as formas de tratar o problema. Problema maior é deixar a disfunção erétil atrapalhar a sua vida. Não deixe, procure ajuda.



Dr. Antonio Otero Gil - Urologista - CRM 60029








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