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Você sabe o que é a embolia pulmonar, que vitimou João Ubaldo Riberiro?

18/07/2014

Saiba mais sobre a complicação que causou a morte do escritor João Ubaldo Ribeiro


O escritor baiano João Ubaldo Ribeiro faleceu esta madrugada, aos 73 anos, vítima de embolia pulmonar. A embolia pulmonar é causada quando um coágulo se desprende de algum vaso sanguíneo e obstrui a artéria pulmonar. Normalmente, esse coágulo (também conhecido como trombo ou êmbolo) se solta de vasos dos membros inferiores.

A gravidade da TEP, sigla de tromboembolia pulmonar, varia de acordo com o tamanho do coágulo. Segundo a Dra. Andrea Sette, pneumologista do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, “há casos menos graves em que não há repercussão hemodinâmica, ou seja, na circulação sanguínea. Porém, os casos mais graves de TEP, com formação de trombos muito grandes, podem causar parada cardíaca e levar a pessoa a óbito antes mesmo que ela chegue ao hospital”.

Os estudos sobre a epidemiologia de EP no Brasil são raros, todos com dados de autópsias, e mostram que, nessas condições, a prevalência de EP varia de 3,9% a 16,6%. Esses resultados são similares a estudos nos EUA, nos quais a prevalência de EP varia de 3,4% a 14,8%. No Brasil, dados do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu mostram que a EP aparece em 19,1% das necropsias, sendo a causa do óbito em 3,7% desses pacientes.

Segundo a médica Mônica Corso, Presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia, ainda não há dados fidedignos de prevalência de embolia pulmonar na população. Todos os dados disponíveis vêm da análise de pacientes internados e de estudos de necropsia. “Para o diagnóstico, é importante que os médicos conheçam bem os fatores de risco, que tenham um alto grau de suspeita diagnóstica, e que façam um bom uso dos exames complementares para o diagnóstico definitivo do problema; assim, pode-se instituir o tratamento adequado, que quanto mais precocemente for iniciado, melhor para a evolução do paciente” explica a doutora.

“Além dos tratamentos consagrados, como a heparina e a varfarina, podemos contar atualmente com novas opções de tratamento, constituindo um arsenal terapêutico mais diversificado, o que certamente trará mais eficácia, facilidade de manejo e melhor controle dos efeitos colaterais”, completa Dra. Mônica.


As mulheres correm mais riscos

De acordo com uma pesquisa feita pelo Ibope (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística), as mulheres reúnem mais fatores de risco que os homens para trombose ou embolia pulmonar. “O uso de contraceptivo oral, o tabagismo, ter mais de 40 anos e se submeter a uma cirurgia plástica representa risco”, diz o médico Luiz Eduardo Mendonça Pereira (CRM-114141), cirurgião plástico.

No entanto, a lista de fatores de risco é extensa, sendo que os principais são:

• Idade acima de 40 anos

• Excesso de peso ou obesidade

• Varizes nas pernas

• Gravidez e pós-parto

• Câncer

• AVC (acidente vascular cerebral)

• Traumas, especialmente nos membros inferiores e que requeiram redução de mobilidade temporária

• Doenças crônicas, como insuficiência cardíaca ou doença pulmonar crônica

• Uso de contraceptivo oral (anticoncepcional)

• Uso de medicamentos como quimioterápicos ou tratamentos hormonais


Como prevenir

Medidas simples podem ser adotadas para evitar o problema. Entre eles: fazer caminhadas regularmente, não fumar, manter o peso controlado, quando estiver em pé e parado, fazer movimentos como se estivesse andando, se estiver acamado, realizar movimentos com os pés e as pernas e se ficar sentado por muito tempo, movimentar os pés como se estivesse andando.

Quem deseja realizar uma cirurgia plástica, deve investir ainda mais nessas atitudes preventivas. “Evitar conjugar grandes cirurgias ou tempo cirúrgico prolongado também é uma medida cautelar importante”, ressalta o especialista.


Os sintomas mais frequentes da embolia pulmonar são:

Dor torácica: é uma dor no peito, mas diferente da dor do infarto. “O paciente sente dor quando respira, como se houvesse uma fisgada no pulmão”, esclarece a especialista.

Falta de ar: dependendo da extensão da TEP, o indivíduo sente muita falta de ar.

Mal-estar: o paciente pode ter um mal-estar muito grande, com queda de pressão abrupta.

Taquicardia: na maioria dos casos, o coração dispara subitamente. “No caso de um coágulo muito extenso, há uma sobrecarga do ventrículo direito, que vai á falência, causando a parada cardíaca. Por este motivo, ocorre o óbito”, afirma a pneumologista.




Dra. Andrea Sette explica que um indivíduo com este quadro deve ser levado imediatamente para o hospital. “O paciente que chega com estes sintomas deve ficar internado em terapia intensiva (UTI). Em geral, o tratamento é feito com anticoagulantes.”

Doenças que aumentam a viscosidade do sangue são fatores de risco para a embolia pulmonar. Fumantes, pacientes de câncer, mulheres que tomam anticoncepcionais, pessoas com mobilidade reduzida nas pernas ou que sofreram grandes traumas, fraturas ou que ficaram acamadas têm maiores chances de desenvolver TEP. Voos prolongados, que dificultam a mobilidade, também podem levar à trombose.

“Quanto mais fatores associados, maior a possibilidade de a pessoa sofrer uma embolia. Uma mulher, por exemplo, que usa anticoncepcional, fuma e pega um voo longo têm maior probabilidade de desenvolver tromboembolismo”, conclui Dra. Andrea.





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