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Analgésicos podem aumentar em até 80% o risco de arritmia cardíaca. Veja aqui!

29/04/2014


Estudo holandês com mais de 8 mil pacientes revela risco de fibrilação atrial, o tipo mais comum de arritmia. Medicamentos investigados são do tipo anti-inflamatório não esteroide, cuja venda é livre no Brasil

Por mais inofensivo que pareçam, os analgésicos de venda livre no país têm seu uso diretamente associado a arritmias cardíacas e morte súbita. Um amplo estudo europeu sugere que esse risco aumente em até 80% para casos de uso contínuo ou recente da medicação. Hoje, a fibrilação atrial atinge 2,5% da população mundial e, conforme a idade avança, o problema pode afetar até 10% das pessoas com idade a partir de 70 anos, faixa etária em que mais se usam os anti-inflamatórios.

“É importante estar atento a essa relação porque o anti-inflamatório é vendido livremente no Brasil, sem a necessidade de receita médica. Isso faz com que algumas pessoas abusem da medicação ou a utilizem sem estar realmente precisando”, alerta o cardiologista Dr. Enrique Pachón, coordenador do serviço de arritmias cardíacas do HCor.

Para realizar o estudo, os pesquisadores acompanharam por 13 anos 8.423 pacientes com idade média de 69 anos. Foram controlados fatores de risco como pressão arterial, colesterol e tabagismo, entre outros fatores de risco cardiovascular, e ainda assim o risco aumentado continuou sendo registrado em associação ao uso de analgésicos.

A causa precisa da relação entre arritmias e uso de analgésicos ainda permanece incerta, mas os pesquisadores supõem que efeitos como retenção de fluídos e aumento da pressão arterial possam ser os responsáveis. Ambas as reações adversas das medicações têm comprovada influência no funcionamento cardíaco.

Além disso, é importante considerar que, quando as pessoas utilizam esses medicamentos, elas o fazem por estar sentindo dor, e a dor é um importante fator de estresse orgânico. Esse estresse altera o perfil hormonal do paciente e o torna mais vulnerável às arritmias. Nessa condição, a arritmia está mais relacionada à dor do que ao próprio medicamento utilizado para controlá-la.

“Os analgésicos são medicações muito importantes e seguras, desde que ministradas de forma responsável e com indicação médica. Problemas ocorrem quando seu uso é indiscriminado e abusivo”, alerta o Dr. Pachón. O estudo foi realizado na Erasmus University Medical Center in Rotterdam, na Holanda, e publicado no BMJ Open, importante publicação científica internacional.


Morte súbita

O risco estimado de morte súbita entre pessoas com idade até 35 anos é de 0,75 a cada 100 mil homens e de apenas 0,13 a cada 100 mil mulheres, o que representa um risco reduzido. Acima dessa idade, o número se iguala entre homens e mulheres, com 6 mortes a cada 100 mil pessoas. Uma das principais causas da morte súbita é a arritmia cardíaca, que se caracteriza pelas alterações elétricas que provocam modificações no ritmo das batidas do coração. Elas são de vários tipos: taquicardia, quando o coração bate rápido demais; bradicardia, quando as batidas são muito lentas, e há casos em que o coração pulsa com bastante irregularidade, a chamada fibrilação atrial.

Palpitações, desmaios e tonturas são os sintomas mais frequentes. Pode haver também confusão mental, fraqueza, pressão baixa e dor no peito. Contudo, muitos casos de arritmia são assintomáticos e, como toda doença silenciosa, isso aumenta o seu risco. Nos casos graves, o primeiro sintoma da arritmia é a parada cardíaca, que pode ser fatal. É importante salientar que a arritmia mais frequente relatada nesse estudo foi a fibrilação atrial e que esta arritmia isoladamente tem baixo risco de mortalidade apesar de ser muito incômoda, mas o risco aumenta exponencialmente quando o paciente tem outras patologias associadas como a doença coronariana (infarto), a hipertensão, o diabetes, a insuficiência cardíaca e a presença de outras arritmias mais complexas.



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