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29/07/2013
Acupuntura

A Acupuntura Cutânea consiste na estimulação da epiderme com agulha de acupuntura de pequeno calibre, sem que haja penetração da agulha no meridiano, apenas uma leve inserção no ponto de acupuntura.



A Acupuntura no tratamento do Estresse

Considerado uma "epidemia global” pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o estresse afeta adultos e crianças, em todo o mundo. Nas últimas décadas, as pressões externas vindas da família, do meio social, do trabalho, da escola e até mesmo do meio ambiente aumentaram muito. A isso, somam-se as pressões decorrentes do elevado senso de responsabilidade, da autocrítica, das dificuldades fisiológicas e psicológicas que cercam o ser humano.

Ansiedade ou depressão diante de uma mudança brusca no estilo de vida ou da exposição a um determinado ambiente são os principais gatilhos para o estresse. Suas causas geralmente estão ligadas a situações negativas. Mas situações positivas também podem desencadear o estresse. “O problema acontece quando esse estresse persiste por muito tempo”, alerta Tatiana Dumaresq, fisioterapeuta especialista em Acupuntura.

Ela destaca que o estresse aumenta a ocorrência de doenças, como distúrbio do sono, enxaqueca, gastrite, estomatite, prisão de ventre e até doenças cardiovasculares, em razão da contração de músculos e vasos sanguíneos, que desencadeiam o aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca. “O estresse também pode afetar o sistema imunológico, comprometendo as defesas do corpo e apresentando sintomas como a fraqueza das unhas e dos cabelos, o sistema nervoso, afetando o controle emocional, prov ocando irritação ou ansiedade, e o sistema endócrino, causando desequilíbrio hormonal”, acrescenta Tatiana.

Um recente estudo da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas confirmou a eficácia da Acupuntura ao tratar 20 adultos, 15 mulheres e cinco homens, de 27 a 65 anos, que apresentavam quadro de estresse. Após dez sessões individuais, semanais, de cerca de 50 minutos, constatou-se redução dos níveis de estresse em 75% dos casos. De acordo com Tatiana, a Acupuntura trata com sucesso uma série de doenças. O estímulo das agulhas, e de outros instrumentos que envolvem a Acupuntura, produz reações locais e sistêmicas.

“As agulhas agem pela via nervosa, provocando a liberação de substâncias como endorfina e serotonina, que têm poderes analgésicos, calmantes e antidepressivos que podem aliviar os sintomas de forma imediata ou progressiva, conforme as características de cada indivíduo”, destaca. Nesse sentido, o profissional de Acupuntura precisa fazer uma entrevista minuciosa para, então, poder identificar os eventuais desequilíbrios emocionais por meio da tradicional medicina chinesa.

Os instrumentos mais conhecidos para a aplicação de Acupuntura Cutânea,são o martelo de 7 pontas e o rolete, mas podem ser utilizados instrumentos caseiros como escovas de dentes ou de unhas.

Na visão oriental o cansaço surge quando os constituintes corporais que nutrem, que são o sangue e a energia, estão deficientes. A falta de energia e sangue deixa os órgãos e vísceras sem nutrição adequada, e eles não produzem suficiente energia e sangue, por sua vez causando um ciclo vicioso que vai se agravando progressivamente. Assim, não há energia e sangue para circular nos meridianos, e a pessoa não consegue fazer suas atividades físicas normais. Por outro lado, a energia e o sangue não sobem à cabeça causando cansaço mental e dificuldade de concentração. A deficiência de energia e de sangue podem acontecer em separado e possuem diferenças sutis.


O que a Acupuntura pode ou não tratar?

Além de ser um excelente método preventivo para praticamente todas as doenças, a Acupuntura é uma terapêutica bastante eficaz e pode auxiliar no tratamento de muitas doenças.

Mostramos a seguir uma pequena lista com algumas doenças que podem ser tratadas, auxiliadas pela acupuntura, e prevenidas pela acupuntura:

- Dores agudas e crônicas de origem reumática;

- Dores espasmódicas da musculatura lisa (cólicas renais e biliares, cólicas uterinas, espasmos de estômago e intestino,etc. );

- Dores Traumáticas (contusões, torsões, distensões, etc. );

- Espasmos de músculos estriados ( contraturas, cãimbras, torcicolo, cérvico-braquialgias, lombalgias, etc.);

- Nevralgias ( ciática, trigêmeo, intercostais, etc.);

- Cefaleias e enxaquecas.


A Acupuntura pode atuar como coadjuvante nos tratamentos de:

- Paralisias e parestesias;

- Alguns transtornos otorrinolaringológicos;

- Transtornos psiquiátricos e psicossomáticos ( neuroses, ansiedade, insônia, psicoses afetivas, impotência,frigidez, etc.);

- Quadros alérgicos ( rinite, asma, etc.);

- Transtornos de diversos sistemas.


A Acupuntura tem efeitos muito reduzidos ou nulos em:

- Transtornos que exigem tratamento cirúrgico (exceção se feita com finalidade analgésica ou anestésica );

- Neoplasias ( exceto com finalidade analgésica ) ;

- Quadros infecciosos específicos;

- Endocrinopatias


Acupuntura ajuda a diminuir a vontade de comer e os ponteiros da balança

Através de um diagnóstico minucioso sobre os hábitos e modo de vida do paciente, a acupuntura ajuda a emagrecer, reduzindo a vontade de comer, diminuindo o inchaço e controlando a ansiedade.

A Acupuntura (corporal e auricular) consiste em colocar agulhas em pontos específicos do corpo e da orelha para restabelecer o equilíbrio e o funcionamento adequado do organismo. “Com estímulos adequados em pontos do corpo e da orelha conseguimos regular o apetite, controlar a compulsão alimentar, reduzir a ansiedade, melhorar o sono e o funcionamento do intestino do paciente. Para o tratamento ser eficaz é importante trabalhar com os aspectos físicos e emocionais do paciente", explica a Dra. Daniele Veiga, Fisioterapeuta e Acupunturista, credenciada no Conselho de Fisioterapia e formada pela Associação Brasileira de Acupuntura (ABA).


Como os pontos de acupuntura ajudam no processo de emagrecimento:

* controle da ansiedade e da agitação que, geralmente, acaba com os impulsos de abrir a geladeira e devorar tudo;

* diminuição da vontade excessiva de comer;

* equilíbrio da energia corporal, reduzindo a retenção de líquidos e de fezes no organismo, colaborando para o corpo não ficar inchado;

* redução da ansiedade e da exaustão melhora a qualidade do sono (cerca de oito horas por noite).

A frequência das aplicações deve ser de uma a duas vezes por semana. A redução de peso é gradativa, podendo chegar a 4 quilos por mês, se for acompanhada de refeições equilibradas e ginástica. Há contra indicação apenas para as gestantes que devem evitar métodos de emagrecimento durante a gestação.



Implantação da Acupuntura no SUS faz 25 anos

Mais de 1,2 milhão de atendimentos médicos em Acupuntura já são realizados anualmente pelo Sistema Único de Saúde


Há 25 anos, em março de 1988, o Governo Federal implantou oficialmente a Acupuntura nos serviços públicos de saúde, através da Resolução 05/88/CIPLAN - Comissão Interministerial de Planejamento e Coordenação (composta, na época, pelos Ministérios da Saúde, Previdência e Assistência Social, Trabalho e Educação). A medida estabeleceu as diretrizes para o atendimento médico da especialidade, possibilitando implementar a Acupuntura nas Secretarias de Saúde estaduais, munici¬pais e nos serviços médicos universitários.

Segundo o Dr. Fernando Genschow, supervisor da residência médica em acupuntura do HBDF - Hospital de Base do Distrito Federal, diretor do CMBA - Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura, e na época da implantação, coordenador do grupo de trabalho da CIPLAN que realizou, por mais de dois anos, os estudos para embasar a citada resolução, esta foi uma resposta afirmativa do Estado ao importante desenvolvimento desta área da ciência médica no Brasil e à demanda crescente do método como modalidade de tratamento médico a ser oferecida à população em geral.

A iniciativa configurou-se em um marco na história do desenvolvimento da Acupuntura no país, atualmente já ultrapassando 1,2 milhão de atendimentos médicos em Acupuntura realizados anualmente pelo SUS. As perspectivas apontam para um crescimento ainda maior, uma vez que o pleno acesso ao tratamento médico por Acupuntura pela população brasileira é uma das metas tanto do SUS como do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura.


Panorama promissor

Desde 1979, quando a Organização Mundial da Saúde deu crédito à técnica chinesa, o interesse da medicina ocidental pela acupuntura só vem crescendo. O número de títulos de especialistas expedidos pela Associação Médica Brasileira já passou dos três mil e tratar pacientes com Acupuntura na rede pública está cada dia mais acessível. Segundo dados do CMBA, o atendimento em 2012, aumentou em 76,4% em relação ao ano anterior, passando de 680 mil para 1,2 milhão.

“Hoje, em torno de 500 médicos acupunturiatras prestam assistência na rede pública de saúde, atendendo pacientes encaminhados por outros especialistas, como tratamento principal ou auxiliar. Mas a tendência é de que este número seja ampliado, para que um dia, possa atender a demanda espontânea”, explica o Dr. Hildebrando Sábato, presidente do CMBA.



Título de Médico Especialista em Acupuntura

No Brasil, a Acupuntura é uma especialidade médica regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina, onde médicos especializados na área cumprem um extenso programa de Educação Médica em Acupuntura e são submetidos a uma validação de Título de Especialista em Acupuntura (TEAC), pela Associação Médica Brasileira (AMB) e Colégio Médico de Acupuntura (CMBA). A mesma tendência é seguida, hoje em dia, por países da Europa, como a Inglaterra, Alemanha, França e Itália, entre outros, assim como pelos EUA, Austrália e Canadá. Entre as maiores e mais ativas Associações de Acupuntura Médica fora do Brasil, estão a American Academy of Medical Acupuncture (AAMA), British Medical Acupuncture Society (BMAS), Internacional Council of Medical Acupuncture and Related Technics (ICMART) e Australian Medical Acupuncture College (AMAC).


Fonte * CMBA - Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (www.cmba.org.br), órgão oficial da acupuntura médica do país, reconhecido pelo Conselho Federal de Medicina, Associação Médica Brasileira, Federação Nacional dos Médicos e Comissão Nacional de Residência Médica/MEC





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