Beleza
Cabelos sofrem com seu estresse!

Quem já não sentiu o cabelo perder o brilho e começar a cair em período de estresse? Pois é, o organismo solta “farpa” para tudo que é lado.

Em períodos de grande tensão a pele fica com aspecto cansado, os cabelos tornam-se fracos e até as unhas tendem a lascar com facilidade. Não se trata de simples coincidência: o esforço exigido do organismo deixa-o mais debilitado, suscetível a problemas de fundo emocional, como a sudorese exagerada e as dermatites. O mecanismo gerador de todos esses inconvenientes é bastante complexo. Diante de uma situação estressante - como a ameaça de demissão ou ansiedade no trabalho, por exemplo, nosso organismo reage da mesma forma como quando nossos ancestrais se deparavam com um mamute, em plena selva: desencadeia uma série de reações, comandadas a partir do cérebro.

É o hipotálamo que recebe em primeira mão a notícia de que há perigo à vista. A informação é transmitida à glândula pituitária, que a retransmite às glândulas suprarrenais. Elas injetam na corrente sanguínea doses extras de adrenalina, de poderosa ação estimulante. A partir deste momento, todo o esforço do organismo se concentra nos músculos, que devem estar prontos a agir. O consumo de glicose e oxigênio torna-se maior, as frequências cardíaca e respiratória se aceleram, para que mais sangue chegue à musculatura. Enquanto o perigo não for afastado, as demais funções orgânicas, como a digestão, ficam paralisadas. Até mesmo o sistema imunológico é afetado, tornando-se mais lento.

Caso esse processo se prolongue, para não entrar em colapso por superaquecimento, o corpo começa a transpirar, uma forma natural de baixar a temperatura. Há um resfriamento periférico geral, em especial nas extremidades. Por isso é comum ficarmos com as mãos frias quando enfrentamos um momento difícil. A esta primeira fase, chamada de "luta ou fuga", sucede-se uma outra, denominada "resistência", que permite ao corpo aguentar a pressão por um período maior. Quem domina a cena são os hormônios corticosteróides, secretados pelas suprarenais. Eles estimulam a produção de energia. Ainda para prolongar nossa resistência, promovem pequenos reparos no organismo, como, por exemplo, o rebaixamento do circuito do sono, que nos mantém alerta.


O corpo sente como se fosse uma só unidade

Experimentar essa overdose de emoções uma vez ou outra não causa dano. Mas ninguém resiste ao estresse por períodos prolongados. Logo aparecem os primeiros sintomas de que o organismo está sendo exigido demais: queda de cabelo, olheiras, retenção de líquidos e envelhecimento precoce da pele são alguns deles. Os músculos faciais, permanecem em estado de contração, o que facilita a formação de rugas de expressão.
O distress, como é chamada a exposição prolongada a situações de alta tensão, é bastante prejudicial. Quem está muito tenso costuma sofrer de insônia. Uma das consequências mais imediatas é a diminuição na produção do zinco, mineral importante, que participa, por exemplo, da formação do colágeno, essencial para manter a pele firme e hidratada. Ele auxilia também na atividade da vitamina A, outro componente fundamental para uma pele saudável. Níveis baixos de zinco podem provocar ainda queda de cabelo.

Mas os prejuízos não param por aí: aumenta bastante a geração de radicais livres, um dos maiores responsáveis pelo envelhecimento celular. Eles prejudicam também a permeabilidade dos pequenos vasos capilares, promovendo edemas e contribuindo para a retenção de líquidos, que é um dos sintomas da celulite. Para neutralizar o excesso de radicais livres, o organismo gasta mais elementos antioxidantes, como a vitamina C, nutriente importante para uma pele saudável, porque também participa da formação do colágeno.

Sinal vermelho

Como é um órgão extremamente sensível, a pele costuma ser a primeira a indicar que algo não vai bem em nosso organismo. O desequilíbrio metabólico provocado por situações estressantes manifesta-se na pele de diversas maneiras: Além das marcas de expressão, mais acentuadas, ela perde o brilho, torna-se mais flácida e envelhecida, efeito direto da ação dos radicais livres. Algumas doenças, como a dermatite seborreica - descamação na testa, nariz, orelhas ou couro cabeludo (caspa) -, são desencadeadas em períodos de estresse intenso.

Os cabelos têm o seu ciclo normal de crescimento acelerado. A fase catágena, que costuma durar de uma a duas semanas, é encurtada. Os fios passam rapidamente para a telógena, quando são empurrados para fora do folículo piloso, até caírem. A alopecia areata (perda de cabelo localizada) é outra manifestação com importante componente emocional.

O estado de alerta experimentado pelo organismo também pode fazer com que as glândulas sudoríparas trabalhem mais intensamente, causando sudorese e consequente perda de elementos como sódio e potássio, que normalmente ajudam a manter o equilíbrio hídrico do corpo.

Para todos os problemas existem medicações específicas. Mas é considerado fundamental procurar interromper o ciclo do estresse, seja com psicoterapia, seja com práticas relaxantes, e, sobretudo, procurando encarar a vida com mais tranquilidade. Uma alimentação bem balanceada também ajuda a reequilibrar o organismo. A maioria das pessoas come mal, varia pouco o cardápio ou tem o hábito de comer fora de hora, sobretudo frituras e fast food.

Procure uma nutricionista, ela é a melhor pessoa a cuidar da sua alimentação e saúde, juntamente com seu médico e seu professor de Ed. Física.






Veja mais sobre o assunto em nossas colunas de Nutrição com Dra. Rosana Farah e Por Dentro do Alimento com a Nutricionista Nicole Valente


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