Beleza
Melasmas, as manchas que incomodam!

O melasma é um tipo de mancha amarronzada que surge em áreas expostas ao sol, principalmente na face. Mas pescoço, colo e braços também podem ser acometidos. As mulheres são as principais vítimas do problema, em especial, aquelas que têm a pele mais morena. “Sua causa exata não é conhecida, mas os principais fatores que podem aumentar o risco de se desenvolverem essas manchas são predisposição genética, exposição solar e estímulo hormonal”, diz o dermatologista Fernando Passos de Freitas.

O melasma é uma condição crônica da pele não afeta a saúde do indivíduo, mas traz muito desconforto pelo seu aspecto inestético.

Afeta mais comumente as bochechas, testa e queixo, mas podem ocorrer em outros locais, como os braços e o ‘V’ do decote. De acordo com o dermatologista Dr. Luis Torezan (CRM-SP 72624), “a causa exata do melasma ainda é indefinida, porém é comprovado por estudos clínicos que ele se desenvolve a partir de um aumento da produção de melanina pelos melanócitos “afetados” por vários estímulos, tais como herança genética, gravidez, terapia hormonal, exposição solar, cosméticos e medicamentos fotossensibilizantes (certos antibióticos, antidepressivos, anti-inflamatórios, etc.). “No entanto, as mulheres não estão sozinhas no combate a estas manchas. Homens também podem apresentar tal mácula na pele, embora isso seja menos comum”, relata.


O melasma também pode ser classificado de acordo com a região atingida:

Centrofacial:
testa, bochechas, nariz, lábio superior e queixo
Malar: bochechas e nariz
Mandibular: áreas ao redor da mandibular


Quando aparecem os primeiros sinais de melasma no rosto, é preciso começar o tratamento o mais rápido possível. Dra. Adriana Caldas, dermatologista explica que “os procedimentos para amenizar as manchas são mais eficazes quando a paciente segue com disciplina as orientações e o tratamento.”


Tratamentos

O tratamento consiste em clarear as manchas gradativamente com cremes, aplicações de peeling no consultório e o uso de ácidos, que deve ser feito em casa pela paciente e, de preferência, à noite antes de dormir. “Além dos procedimentos padrões realizados em consultório, é indispensável o uso continuo de filtro solar, todos os dias, seja no verão ou no inverno”, orienta Dra. Adriana.

No tratamento a exposição ao sol deve ser minimizada. Deve-se utilizar diariamente filtros solares de amplo espectro que bloqueiem raios ultra violeta A e B.

O uso de cremes clareadores podem apresentar bons resultados especialmente os contendo ácidos glicólico, retinoico, kójico e hidroquinona. A hidroquinona pode ser associada ao ácido retinoico. O ácido retinoico pode ser utilizado como monoterapia. O ácido azelaico também se mostra eficaz. Peelings superficiais também podem ser realizados.

Peelings de ácido retinoico, ácido salicílico e tricloroacético apresentam bons resultados, por produzirem esfoliação da pele (descamação) expulsando pigmento das camadas mais superficiais da pele. A principal contraindicação são pacientes de pele morena e com exposição solar logo após ao tratamento.

As manchas mais profundas são de mais difícil tratamento. As vezes pode ser tentado o uso de ácido retinoico via oral (isotretinoína). Porém, nunca se automedique!

Durante o verão, quando a exposição ao sol é maior, é comum que as manchas voltem a aparecer ou fiquem mais fortes. Isso por causa dos efeitos dos raios ultravioletas, que pioram o estado das manchas e pode retardar o tratamento.

Adriana explica ainda que o tratamento reduz significativamente as manchas no rosto, melhorando o aspecto estético, mas deve ser feita a manutenção por toda a vida da paciente.

Dicas para quem sofre com o problema:
-faça do uso do filtro solar um hábito diário;
-procure um dermatologista para determinar o grau de intensidade do melasma para definir o melhor tratamento;
-siga corretamente as orientações de uso de cremes e ácidos durante o tratamento;
-evite da forma que for possível a exposição ao sol;
-não deixe que as manchas afetem a sua autoestima.


Melasma em Gestantes

Durante a gestação não há uma parte sequer do corpo da mulher que não sofra alterações em função das mudanças hormonais. Com o rosto não é diferente: o aumento da produção de hormônios femininos tende a tornar a pele facial mais oleosa, acarretando o surgimento de acnes e também das indesejáveis manchas.
Segundo Sylvia Monteiro, esteticista facial da Life Clínica de Campinas, SP, é fácil identificar as manchas desse tipo. “As manchas gravídicas (ou melasmas) caracterizam-se pelo tamanho e cor escura, comuns na maçã do rosto, testa, nariz, lábio superior e têmporas. O surgimento está relacionado à gravidez e suas alterações hormonais, além do uso de anticoncepcionais, e tem fator desencadeante com a exposição solar”, conta.

O ideal é evitar as manchas. A esteticista ressalta a importância do uso do filtro solar. “É imprescindível que as mulheres grávidas utilizem protetor com fator de proteção 15, diariamente, duas aplicações quando em permanência em lugares fechados; várias aplicações quando necessárias em atividades sob exposição mais direta aos raios solares. Além disto, tomar banho de sol antes das 10h e após as 16h, sempre com chapéu para reforçar a proteção. Os protetores solares com proteção maior que 30 na gravidez, representam exposição desnecessária e imprudente a substâncias químicas, por possuírem maior quantidade destas sem aumento proporcional de proteção”, alerta.

Sobre os tratamentos após a gravidez, a profissional afirma que as manchas gravídicas são as mais difíceis de serem tratadas, mas a associação de alguns procedimentos traz um resultado satisfatório. “Mesmo com a dificuldade, muitas delas desaparecem ou regridem espontaneamente após o término da gravidez, não exigindo, às vezes, nenhum tipo de tratamento. No entanto, alguns procedimentos podem acelerar o seu desaparecimento, deixando a pele com uma cor mais uniforme. Peelings, dermoabrasão, despigmentante, laser e luz intensa pulsada são os tratamentos mais indicados.”

O peeling químico promove a esfoliação da pele, enquanto os peelings de cristal e de diamante promovem o lixamento da pele para correção de alterações da superfície. A luz intensa pulsada consiste na aplicação de disparos de luz em intensidade controlada para a remoção ou clareamento das manchas. Já a ação do laser envolve fototermólise (quebra de moléculas através da luz) de forma seletiva, enquanto o despigmentante são princípios ativos centrados na interrupção da cadeia de produção da melanina, disponível no mercado em forma de pomadas, cremes e loções.

A esteticista afirma que o ideal é evitar a automedicação e procurar especialistas para tratar essas mudanças na pele, de acordo com o perfil de cada mulher.

“Não se automedique, procure uma dermatologista!”




Matérias que você vai gostar de ler mais:

1) Gestantes podem usar cosméticos?

2) Como recuperar a pele pós sol?




Quer saber mais sobre BELEZA? Veja em nossas colunas abaixo

1) Dermatologia e Saúde com Dra. Érica Monteiro

2) Pele Saudável com Dra. Katia Volpi Fogolin

3) Beleza e Estética com Orlando Sanches

4) Cirurgia Plástica e Saúde com Dr. Alan Landecker


Compartilhar




Mais Matérias

Veja mais

25/09/2016 - Estrias e celulite: excesso de açúcar, sal, gordura saturada, exercícios de musculação com muito pes


16/05/2016 - Plus Fitness: o novo perfil de mulher brasileira


28/03/2016 - O que uma boa maquiagem pode fazer por você, além de embelezar o seu rosto?


11/02/2016 - Cera X Depilação Duradoura


11/02/2016 - O que é a abdominoplastia?




Clique aqui e veja todas as matérias

Encontre os melhores preços de medicamentos e leia bulas