Por dentro dos alimentos
Assuntos Relacionados
Tabela de Alimentos      IMC      Receitas
Por dentro do seu alimento      Calorias das Cervejas
Fitoterapia
Conheça aqui tudo sobre seu alimento preferido - elaborado pela Nutricionista Nicole Cihlar Valente - como as propriedades, safra, indicações, contra-indicações e melhores combinações. Veja logo abaixo, você vai adorar

Queijo e Vinhos

Existem alguns alimentos que tem a função social de agrupar amigos, simbolizar o prazer e alegria, não é? Pois bem, uma das combinações mais bem sucedidas sob o ponto de vista do paladar é a dupla queijo e vinho! Quem não se rende aos aromas, cores e deliciosos sabores possíveis desta dobradinha? O queijo denota prazer, remete a alegria do convívio e o vinho é símbolo de festa, alegria e pode criar uma atmosfera sensual... Tudo depende da ocasião... Ambos possuem uma infinidade de sabores e aromas. As possibilidades são tantas, que na França existe um tipo de queijo para cada dia do ano e vinhos especiais para cada um destes queijos. Um verdadeiro Paraíso na Terra!

Falemos dos queijos...

Segundo a lenda, o queijo teria sido descoberto por um dos filhos de Apolo, Aristeu, Rei de Arcádia.

Se bem que se ignorem muitos pormenores sobre as origens exatas deste alimento, a História confirma a sua antiguidade.

Com efeito, admite-se que tenha sido inventado antes da manteiga. Os Assírios, os Caldeus e os Egípcios e, posteriormente, os Gregos e os

Romanos apreciavam o queijo, do qual fabricavam inúmeras variedades e cujas virtudes conheciam, pois utilizavam-no na alimentação dos soldados e atletas.

Em Roma nasceu o comércio do queijo, Llegaban a capital de todas as províncias italianas, mas também outras mais distantes como Nimes, Saboya e regiões atualmente da Suíça, importava-se o "caseus alpino" para Roma.

A elaboração deste alimento tão apreciado por nós baseia-se em três descobertas fundamentais, que permaneceram para sempre.

A primeira é a obtenção do leite, há mais de 10.000 anos. Este é utilizado pelo homem como componente da sua alimentação, desde que surgiu a idéia de ordenhar os animais para beber o seu leite.

Não lhes passava despercebida a influência da temperatura. Nas caves, devido ao fogo e ao calor, o leite coalhava rapidamente. Foi assim que nasceu a segunda descoberta, o conhecimento técnico de queijaria, que rapidamente conduziu a outro: quando o leite coalhava e solidificava, escorria um líquido e a coalhada ficava mais consistente.
Mais tarde acelerou-se este processo, colocando o leite coalhado numa cesta de vime ou outro recipiente provido de furos, para deixar correr o "soro".

Deste modo se produz uma pasta branca e consistente (o requeijão, que ainda hoje é produzido pelo mesmo processo).

A terceira descoberta em matéria de queijos é o coalho, enzima digestiva que se extrai do estômago dos cabritos.

No fim da refeição, e antes dos doces ou frutos, deve servir-se um prato de queijo, composto de queijos variados, escolhidos conforme a época e acompanhados de nozinhos de manteiga, cominho, um moinho de pimenta e pratos com fatias de pão escuro, pão branco e de centeio.

O queijo é um dos alimentos mais versáteis e populares, podendo ser utilizado como petisco e entrada ou em pratos principais e sobremesas.

É um alimento muito antigo que pode ser produzido a partir de quase todos os tipos de leite - de vaca, de ovelha, de cabra, de égua, de búfula e até de camela.

Para aproveitar todo o sabor do queijo é importante alguns cuidados na compra, a manipulação e no armazenamento, mas o principal é conhecer cada um deles. E para conhecer é preciso experimentar.

Qualquer que seja o tipo de queijo, a matéria-prima é uma só: o leite (que pode ser de vaca, de ovelha, de cabra e de búfala). Como acontece com os vinhos, as condições climáticas e geológicas têm influência no sabor e no estilo do queijo, já que determinam a forma como o animal é criado e alimentado. Assim, seu leite terá características específicas e irá determinar o sabor final do queijo.
A quantidade de gordura do leite, integral, semidesnatado, desnatado ou enriquecido com nata, resulta em diferentes tipos de queijo. Em alguns casos se usa o leite cru, não-pasteurizado (cada vez menos comum), como no caso do queijo Taleggio do norte da Itália, e a mistura de diferentes tipos de leite (de cabra, vaca e ovelha). A quantidade de água que se elimina no processo de produção do queijo determina a maciez, o tipo de casca e o mofo que irá se desenvolver no queijo. A casca é um dos primeiros aspectos a se avaliar em um queijo.

Como comprar

Em algumas lojas especializadas se pode contar com a ajuda de funcionários com conhecimento, que dão boas sugestões. Mas quando você entra no supermercado e se depara com uma grande quantidade de queijos, a escolha pode ser mais complicada. Em caso de dúvida, procure experimentar o queijo antes de comprá-lo. Como acontece com outros produtos, verifique a data de validade, o aspecto e os cuidados com a temperatura à qual o queijo se encontra (o que pode alterar o processo de maturação).

Como conservar

Preste atenção na temperatura e verifique sempre se o queijo mantém suas características durante o armazenamento. Os queijos de massa dura devem ser envolvidos individualmente em filme plástico ou papel-alumínio (neste caso, faça alguns furos com um garfo para que o queijo possa respirar) para que não ressequem. Os queijos de massa macia (brie e camembert) devem ser mantidos no próprio papel da embalagem, que já é especial para sua conservação, e guardados na geladeira (assim como os frescos e fundidos). Os que apresentam mofo interno (os azuis) devem ser envolvidos em papel-alumínio. Para conservar queijos duros por pouco tempo, deixe-os em uma queijeira (com base de madeira e tampa de vidro), que não feche hermeticamente, permitindo que os queijos respirem.

Houve uma época em que os queijos eram servidos no lugar da sobremesa nos países europeus. Até hoje, os queijos costumam ser servidos para finalizar a refeição (antes ou depois da sobremesa) em países como França, Grã-Bretanha e Itália. Saiba como escolher os queijos e acompanhamentos para compor uma tábua de queijos, seja para terminar uma refeição ou para servir como aperitivo.

Como escolher os queijos

O primeiro passo é escolher as categorias de queijo de sua preferência. Não é necessário ter queijos de todas as categorias, mas é interessante incluir queijos de diferentes texturas e sabores, dos suaves aos mais fortes (inclua pelo menos um de leite de cabra ou de ovelha). É importante também ter uma variedade de cores e formatos (evite servir todos no mesmo formato). Se possível, use facas próprias para queijos e jamais espete-os com um garfo no momento de cortar.

Para acompanhar

Os bons queijos deveriam ser degustados ao natural, sem nenhum acompanhamento. Portanto, ao escolher itens para acompanhar uma tábua de queijos tenha em mente que o sabor deve ser sutil e não pode mascarar o ingrediente principal. Veja algumas sugestões:

 Pães frescos, de casca crocante e sabor neutro, para não "brigar" com o queijo. Nada de pães com frutas secas, nozes, tomate ou azeitona.

 Frutas da época também podem ser incluídas. Mas evite as de sabor mais ácido (limão, abacaxi, kiwi) e as muito doces. As mais indicadas são maçã, pêra, uva e figo.

 Frutas secas, como uva passa, damasco, ameixa e figo, combinam muito bem com queijo, principalmente os duros, como o parmesão e o pecorino.

 As frutas oleaginosas, como noz, castanha de caju, castanha-do-pará, amêndoa e avelã, também são bons acompanhamentos.

Alimento vivo: o vinho

Para comemorar, para conquistar ou simplesmente para degustar com um bom prato. Foi-se o tempo em que o ritual de beber vinhos era necessariamente cheio de pompa. Hoje, um leigo no assunto pode experimentá-lo sem precisar seguir a extensa cartilha dos experts, cheia de regras e convencionalismos.

"É caipira e atrasada a idéia de que para beber vinho é necessário excesso de requinte e sofisticação. O vinho é uma bebida popular desde a sua origem", explica o enólogo Pedro França, palestrante responsável pelo curso básico de vinhos do Senac de São Paulo.

Não existem documentos que comprovem, mas a história oferece elementos que nos faz acreditar que o vinho foi uma daquelas invenções do homem que se deram por acaso. Não seria de se estranhar se se confirmasse que um homem, provavelmente há 7.000 ou 8.000 anos no Oriente Médio, tivesse esquecido um punhado de uvas amassadas que, fermentadas, viraram vinho.

A descoberta provavelmente deve ter empolgado os homens da época - não exatamente por causa do sabor, mas pela idéia de conseguir uma bebida alcóolica de forma fácil. Os gregos, por exemplo, adicionavam água do mar, ervas e mel à bebida - provavelmente para disfarçar o sabor.

O aparecimento da videira se perde na antiguidade. No velho testamento: o capitulo 9 de Gênesis diz que Noé, depois de desembarcar os animais, plantou um vinhedo do qual fez o vinho, bebeu e se embriagou.

Os Hititas, que ocuparam por volta de 2.000 a.C., a região da Anatólia (Turquia), parecem ter sido entusiastas do vinho, julgando-se pela exuberância dos frascos criados para servir e tomar o vinho (cálice e frascos em forma de cabeça de animal feitos em ouro).

Os egípcios não foram os primeiros a fabricar o vinho, mas certamente foram os primeiros a registrar e celebrar os detalhes da vinificação em suas pinturas datadas de 3.000 a 1.000 a.C. Os egípcios descobriram, por acaso, que o suco da uva, depois de um certo período, desenvolvia um certo teor alcoólico transformando-se em vinho.

Na Europa foram os Semitas a difundir o uso do fermento da uva. Os Romanos, alguns séculos mais tarde, chegaram a ser os primeiros mestres da arte da enologia.

Em algum caso era previsto, também, o uso de mel ao vinho, e assim o vinho obtido era considerado bebida de luxo para servir, sobretudo, em festas e banquetes. A indústria vinícola floresceu na Grécia entre o VI e o II século a.C.

O vinho chegou ao Sul da Itália pela Grécia a partir de 800 a.C. No entanto, os Etruscos já viviam ao norte, na região da atual Toscana, e elaboravam o vinho e o comercializavam na Gallia, provavelmente em Borgogna.

Depois do esplendor da época romana, bem poucos passos aconteceram na via do progresso enológico.

A prática agrícola tornou-se, principalmente, tradição dos monges. Exatamente pela atenção dos frades beneditinos, se deve, sobretudo, os famosos vinhedos e a notoriedade do vinho de Champagne.

Fala-se que num dia um monge que vivera em um destes conventos, descobriu, por acaso, que um vinho (um chardonnay), portanto, um produto de suco de uva e que já tinha feito uma fermentação, em determinadas condições fazia uma segunda fermentação desenvolvendo gás e ficando frisante.O nosso monge havia, então, descoberto o Champagne e o nome deste inventor era Dom Perignon, um nome que ainda hoje é sinônimo de grande champagne.

A passagem do empirismo aos métodos científicos pode coincidir com o início da investigação do biólogo francês Louis Pasteur.

A partir de 1860, se pode dizer que o empirismo findou-se definitivamente e a exploração racional de alguns fenômenos naturais utilizados corretamente melhorou, sensivelmente, a qualidade do vinho.

Foi nos países do Mediterrâneo que o vinho ganharia força como bebida divina. Assim como os gregos, os romanos também teriam personagens enófilos em sua mitologia: Dionísio e Baco. Com o Cristianismo, Jesus Cristo utilizaria-se da bebida para simbolizar seu sangue e representar um milagre. Mais tarde, na Idade Média, a Igreja Católica, que já pregava o consumo litúrgico da bebida, adotou a produção.
Nestes últimos 50 anos, a uva e o vinho têm sofrido uma profunda evolução, não só no velho continente, mas também nos novos paises. Graças a um grande trabalho feito no setor da viticultura, desenvolve-se sistemas de crescimento, dedicados a cada ambiente, da videira e dos vinhedos. Isso tudo acompanhado de grande investimento na tecnologia de vinificação e de engarrafamento.

Seguramente, hoje se faz vinhos melhores do que a 50 anos atrás. Resta esperar que os vinhos do século futuro melhorem ou, pelo menos, mantenha o nível de qualidade sem perder o charme dos grandes vinhos do século XX.

Uma taça contendo cerca de 120ml de vinho tinto contém aproximadamente 80 calorias , em comparação às 75 calorias de vinho branco e às 175 calorias de vinho doce. Embora em pequenas quantidades, muitos vinhos contêm minerais; o vinho tinto, por exemplo, contém traços de ferro.

Benefícios do vinho

Na década de 90, descobriu-se que os franceses apresentavam um menor risco de morte do que os norte-americanos, apesar de ambos os povos terem o mesmo nível de colesterol e, ainda pior, os franceses ingerirem muito mais gordura saturada.

Como pode? Essa questão foi denominada o "paradoxo francês" e deu origem a inúmeros estudos. A cada dia surgem novas pesquisas tentando desvendar os mistérios daquele que foi identificado como o salvador da saúde dos franceses: o vinho.

Ao contrário do que alguns comentários preliminares indicavam, também o branco, e não só o tinto, pode ser responsável por:

 Prevenir de resfriados ao câncer;

 Controlar a hipertensão;

 Reduzir o risco de problemas cardíacos e, nos casos de pessoas já doentes, ajudar a evitar um segundo enfarte;

 Em idosos, diminuir o risco de desenvolver problemas mentais.
É claro: os benefícios se resumem ao consumo moderado de vinho - no máximo 250 ml diários. O abuso do álcool, como se sabe, acarreta inúmeros problemas de saúde.

Os tipos de uva utilizados, o processo de fabricação e a região onde são produzidos estabelecem os diferentes tipos de vinhos. Veja abaixo quais são eles quais as suas características:
Tintos

São produzidos com enorme variedade de uvas, com resultados que variam de acordo com a região e as técnicas de produção empregadas. Podem ir dos mais leves e refrescantes, que devem ser bebidos imediatamente, a vinhos extremamente densos e encorpados.

Os mais leves são os Valpolicella e os Bardolino, na Itália, e o Beaujolais Nouveau, da Bourgogne francesa. Ainda entre os mais leves, porém mais sutis, estão os Bourgogne, Côtes-du-Rhône, a maioria dos Bordeaux (na França), Rioja (Espanha), Chianti (Itália), Dão, Douro e Bairrada (Portugal) e os Cabernet Sauvignon do Chile, Austrália e Nova Zelândia.

Outros são fortes, com grande concentração e cor profunda, e têm longa guarda, como o como os Cabernet Sauvignon da Califórnia (EUA), o Hermitage (francês), os Barolo e Brunello di Montalcino (italianos) e o Vega Sicília (espanhol).

Brancos secos

Feitos com uvas brancas, são jovens e frescos e mais simples - sem profundidade de aromas e sabores. É o caso dos Bordeaux brancos, dos Chablis mais simples, Aligoté e Mâcon (os três da Bourgogne francesa) e dos italianos Frascati, Verdicchio, Orvieto e Soave, entre outros. Podem também ser frutados e aromáticos. Como exemplos, os alemães do Reno e Mosela (Riesling), os franceses da Alsace (uvas Riesling e Gewürztraminer) e os da Nova Zelândia. Há ainda os encorpados e aromáticos: são os Bourgogne brancos - feitos de Chardonnay e maturados em barris de carvalho. Há também os melhores vinhos da Alsace (de Riesling e Gewürztraminer), do vale do Loire (Sancerre, Pouilly) e da Rioja espanhola.

Brancos doces

São os chamados vinhos de sobremesa. O doce característico vem da própria uva, sem a adição de açúcar. O mais famoso é o francês Sauternes, da região de Bordeaux (uvas Sémillon e Sauvignon).

Rosés

Produzidos com uvas tintas. Durante a vinificação, a casca é retirada no meio do processo, de forma que tinja apenas levemente o vinho. São produzidos na França, no vale do Rhône do Loire.

Espumantes

Feitos de uvas brancas ou tintas, na maioria das vezes dão origem a vinho branco ou rosé, com gás. O melhor exemplo é o feito na região de Champagne (na França). No resto do país, são chamados de musseux ou crémant; na Itália, spumante; na Espanha, cava; na Alemanha, sekt.

Fortificados

Produzidos como vinhos de mesa, têm adição de álcool (chega a quase 20% de teor alcóolico), são mais doces e têm maior durabilidade. É o caso do vinho do Porto e do Madeira (Portugal), do Jerez (Espanha) e de vinhos utilizados em sobremesas, como os franceses Muscat de Beaunes-de-Venise, Rivesaltes e Banyuls e o português Moscatel de Setúbal. São normalmente mais acastanhados.

Não é tarefas das mais fáceis decifrar as informações que vêm no rótulos dos vinhos. Como não há regras para a a apresentação dos dados que os classificam, até os iniciados encontram dificuldades para interpretá-las.

Para facilitar a compreensão e padronização, o modelo francês de rótulo serve como referência para os demais países produtores. Em geral, porém, os rótulos trazem os seguintes dados:

 Nome do vinho
 País de origem
 Nome do produtor
 Conteúdo da garrafa em unidade de medida
 Graduação alcoólica
 Região de origem
 Nome do engarrafador
 Termos de qualidade aprovados

Calor, mudanças bruscas de temperatura, luz, trepidação, baixa umidade e odores estranhos são os maiores inimigos dos vinhos. Para não prejudicar o desenvolvimento de suas potencialidades - processo decorrente do envelhecimento - é necessário armazená-los em condições adequadas. A melhor opção é acondicionar as garrafas de vinhos em adegas.

Para quem não tem muito espaço em casa, a aposta é investir em adegas portáteis, espécies de armários refrigerados que respeitam as condições de temperatura e umidade ideais para a conservação dos vinhos (entre 11ºC e 17ºC, e 70% de umidade relativa do ar). Para quem tem espaço, construir uma adega climatizada em casa é mais vantajoso. No espaço escolhido, coloca-se um equipamento de refrigeração para manter a temperatura ideal.

Se você não tiver dinheiro para investir em uma adega, a sugestão é manter os vinhos em lugar fresco, ao abrigo da luz e do calor - sempre em posição horizontal. Um espacinho debaixo da escada seria o lugar mais apropriado. Nesse caso, porém, não vale a pena guardar vinhos caros e preciosos, que precisem de muitos anos para envelhecimento.
Existem diversas taças, adequadas para os mais variados tipos de vinhos. Mas você precisa, basicamente, de apenas quatro: para os tintos, brancos, espumantes e fortificados (como o do Porto). Confira algumas delas:

Taça porto

Ideal para o vinho do Porto, que é extremamente alcoólico (20%) e possui muitos aromas. A taça é pequena, com bojo pequeno em relação à altura.

Borgonha - tinto

O bojo é mais largo e a altura é baixa. Há maior espaço para a respiração vinho. Serve para vinhos mais ácidos e que pedem maior oxigenação.

Bordeaux - tinto

A taça é mais alta e o bojo é pequeno. Serve para vinhos mais suaves e propicia a volatização dos aromas.

Chardonnay - branco

O bojo é maior e a altura é baixa devido ao alto grau de acidez da uva, que precisa oxigenar e volatizar aromas.

Sauvignon Blanc - branco

O bojo é menor e a altura é maior para proporcionar menor contato com o ar. A uva é delicada, com grandes aromas

Atenção: Se você não tiver copos de cristal, você pode servir em copo de vidro comum. O vinho não vai deixar de perder a importância se ele for de boa qualidade. Vinho ruim é imperdoável e inesquecível, uma vez que a dor de cabeça pode quase se perpetuar. Veja quais são as quantidades que você deve servir por pessoa.

 1 taça de vinho ou espumante no aperitivo
 1/2 garrafa durante a refeição
 1 taça de vinho com os queijos
 1 taça depois do jantar

A maior regra na arte de apreciar um bom vinho é que toda a regra - principalmente as conservadoras e não justificadas - podem (e às vezes devem) ser quebradas. Mas, claro, há regras que têm razão de existir.

Veja dez dicas para não fazer feio na hora de degustar um vinho:

1. Não existem regras rígidas
Antes de se tornar um expert em vinhos, é preciso saber que não existem regras rígidas para consumi-los. As normas convencionais, citadas em manuais de connaisseur, devem ser consideradas apenas como recomendação - e não como uma imposição. Transgredi-las é possível, sem que isso seja um sacrilégio. Você já deve ter ouvido que, ao contrário dos vinhos brancos, os tintos só podem ser servidos em temperatura ambiente. Esqueça essa. Como no Brasil a temperatura ambiente é normalmente mais alta do que a dos países europeus - mesmo nas estações frias -, vale refrescar o vinho no refrigerador por alguns minutos (mas nunca no freezer ou no congelador).

2. Não escolha vinho no "uni-duni-tê"
Quantas vezes você quis impressionar alguém com um vinho e quebrou a cara? Para não passar por desentendido, o leigo prefere escolher vinhos "no escuro" a pedir uma sugestão ao sommelier. Lembre-se que não há nada mais deselegante que servir vinho sem conhecê-lo. Ninguém tem obrigação de ser uma enciclopédia de enologia - perguntar, porém, não custa nada!

3. Idade não significa qualidade
Quanto mais velho, melhor o vinho. Certo? Não necessariamente. Um vinho ruim pode ficar décadas oxigenando em barris de carvalho e continuará ruim. Quanto aos vinhos reconhecidamente bons, o que vale é ficar atento à safra - é mais importante saber se o ano em que o vinho foi fabricado teve uma boa safra do que sua idade.

4. Preço (também) não significa qualidade
Nunca escolha um vinho só pelo valor estampado na etiqueta. Para vinhos, a relação qualidade e preço nem sempre é válida. Para os leigos, é mais razoável pedir um vinho mais barato - um argentino, um chileno ou um bom nacional - do que tentar impressionar os outros pelo desfalque em sua conta bancária.

5. No restaurante, prove antes de servir
Quando você vai ao restaurante, o garçom sempre serve um pouco de vinho na taça para degustação. Esse não é um ritual injustificado, ao contrário do que possa parecer. Um vinho mal conservado torna-se ácido ou acre - ao prová-lo antes, portanto, estará se salvando de comprar gato por lebre. Ou melhor, vinagre por vinho.

6. Mexer o vinho não é frescura
Você já deve ter visto as pessoas mexerem a taça com o vinho antes de bebê-la - esse, também, não é um ritual injustificado. Ao sacudi-la em movimentos circulares, você está ajudando a oxigenar a bebida, deixando-a com o aroma mais apurado. O macete, porém, deve ser usado de forma criteriosa. Se a garrafa do vinho já estiver aberta em cima da mesa, ele torna-se desnecessário.

7. Vinho deve ser servido em taça para vinhos
Pode acreditar: os connaisseur são terminantemente contras os rituais injustificáveis ao degustar vinhos. Usar uma taça adequada, porém, não se enquadra nessa categoria. Copos para vinho devem necessariamente ter haste e bojo, para que o calor das mãos não altere o sabor da bebida. Outro detalhe: a taça deve ser necessariamente incolor, para que se possa apreciar a tonalidade da bebida. Pela cor, inclusive, você pode até ter noção da idade do vinho: se sua cor é um vermelho rubi, bem vivo, pode ter certeza de que é um vinho jovem. E se for mais escura, quase acastanhada, trata-se de um vinho mais envelhecido.

8. Vinhos jovens precisam respirar
Lembre-se de que os vinhos jovens (engarrafados recentemente) devem ser abertos uma ou duas horas antes de serem servidos, para que oxigenem, o que melhorará sensivelmente o seu sabor. Já um vinho mais antigo deve ser aberto na hora de servir, pois ele já foi suficientemente oxigenado durante os anos de envelhecimento.

9. Adega não é coleção de vinhos!
Conservação é (quase) tudo quando se trata de vinhos. Por isso, se você não tem uma adega em casa, de nada adianta comprar bons rótulos para deixar de "reserva".

10. O vinho deve valorizar o prato
Vinhos brancos são ótimos acompanhamentos para carnes brancas (aves, peixes, crustáceos). Na verdade, o vinho branco pode acompanhar qualquer prato, até mesmo as massas. Ao contrário dos vinhos brancos, os tintos já exigem alguns cuidados. Eles são especialmente recomendáveis para acompanhar queijos, carnes de vaca e de porco, caças, presuntos etc. Mas não devem acompanhar saladas temperadas com vinagre, crustáceos ou pratos com molho branco. Os tintos também não combinam com sobremesas de doces ou chocolate.
Os vinhos devem fazer uma parceria perfeita com os pratos para que ambos tenham as qualidades ressaltadas. Combinar vinhos com comida é um dos grandes temores de quem está se iniciando na arte da degustação. Mas não existem grandes mistérios.
Segundo o enófilo e diretor da Academia do Vinho, Carlos Arruda, o bom senso é fundamental. Uma comida gordurosa cai melhor com um vinho mais ácido, já uma refeição leve e de sabor suave pede um vinho de mesma intensidade para que um não prevaleça sobre o outro. "O acompanhamento ou o molho são mais determinantes na escolha do vinho do que o tipo de alimento. Uma massa, teoricamente, pede vinho tinto, mas se o molho for branco, a combinação fica melhor com vinho branco", diz o especialista.

Com o tempo, a harmonização entre bebida e alimento fica mais evidente. Até isso acontecer, vale usar as "regrinhas" pré-fabricadas para evitar gafes. Confira as sugestões do enófilo:

Aperitivo
 Vinho branco seco ou vinho fortificado seco. Exemplos: Porto White ou Dry White, Jerez Fino, Manzanilla ou Amontillado, Madeira Sercial, Marsala seco etc.
 Espumante Brut. Exemplos: Champagne, Sekt, Cava, Blanquete de Limoux, Champanha etc.
 Vermute seco

Sobremesa
 Vinho branco doce de qualidade. Exemplos: Sauternes, Alsace, Vendange Tardive, Séletion de Grains Nobles, Tokay e os alemães com os predicados "mit Predikat": Auslese, Beerenauslese, rockenbeerenauslese e Eiswein.
 Vinho fortificado Demi-sec ou doce
Exemplos: Porto, Ruby, Tawny, LBV, Vintage, Jerez (Amoroso, Oloroso ou Cream); Madeira (Verdelho, Boal ou Malmsey), Moscatel de Setúbal, Banyuls, Moscato d'Asti, Banyuls, Marsala, Málaga (Lagrima Christi) etc.
 Espumante Demi-sec ou doce Exemplos: Asti (italiano), Cava (espanhol), Champagne Doux (francês), Sekt Suß (alemão), Blanquete de Limoux (francês) e outros espumantes.

Digestivo
 Repete os ideais para aperitivos e sobremesas. Destilados de uva, Cognac, Armagnac e Marc (franceses), Bagaceira (portuguesa), Grapa (italiana) etc.

Refeições
 Peixes e frutos do mar grelhados ou em molho leve: Espumante brut ou demi-sec ou branco seco frutado jovem ou levemente maduro
 Em molho forte: Branco maduro de boa estrutura ou rosé seco de qualidade ou tinto jovem de médio corpo
 Bacalhau: Tinto jovem ou de médio corpo ou branco maduro;
 Anchova, atum, salmão e sardinha: Tinto jovem ou de médio corpo ou branco maduro ou rosado
 Carnes brancas grelhadas ou em molho leve: Espumante brut ou branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou tinto jovem ou de médio corpo
 Grelhadas em molho forte: Tinto maduro de médio corpo a robusto
 Caças de penas, pato e coq au vin: Tinto maduro de médio corpo a robusto
 Peru: Tinto leve ou médio ou branco seco
 Foie gras: Branco doce de alto nível (Sauternes, Tokay etc.) ou fortificado doce (Porto Vintage etc.) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimé etc.)
 Carnes vermelhas grelhadas ou em molho leve: Espumante brut ou tinto jovem leve ou de médio corpo
 Em molho forte: Tinto maduro de médio corpo a robusto
 Caças de pêlo: Tinto maduro robusto
 Massas em molho leve ou branco: Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de médio corpo
 Em molho condimentado ou vermelho: Espumante brut ou tinto maduro de médio corpo a robusto
 Queijos
- Fresco de massa mole (Frescal, Ricota, Requeijão): Branco ou tinto jovem e leve
- Fresco de massa filada (Mozzarela): Branco ou tinto jovem e leve
- Maturado de massa mole (Brie, Camambert e Coulommiers): Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado
- Maturado de massa filada (Provolone): Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido
- Maturado de massa semidura (Emmental, Gouda, Reino, Prato, Saint-Paulin, Tilsit, Port-Salut): Tinto maduro de bom corpo
- Maturado de massa cozida (Roquefort, Gorgonzola, Stilton, Danablue): Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce
- Maturado de massa semidura (Emmental, Gouda, Reino, Prato, Saint-Paulin, Tilsit, Port-Salut): Tinto jovem ou pouco velho
- Maduro de massa dura (Parmesão, Pecorino): Tinto maduro robusto ou fortificado

* Observação:
Os espumantes de qualidade, em especial os Champagnes, combinam com todos os tipos de queijo.






Veja todos

Abacate (safra de fevereiro a junho, melhores preços entre março e maio)

Berinjela (safra de março a maio, melhores preços em abril)

Páscoa

Queijo e Vinhos

CAQUI: delícia chinesa (safra de março a junho, melhores preços em abril e maio)

Grécia: berço da comida mediterrânea

O que é que o azeite tem?

A herança árabe

Ervas: Aroma, sabor e muita saúde!

Você conhece a sálvia?

Salsão

Alho porró: minerais, fibras e baixas calorias!

Raiz forte: ingrediente de personaIidade!

Não há nada que um bom chá não resolva!

Estão chegando os morangos!!!!

Está aberta a temporada de fondue!!!!

Pinhão: gostoso, versátil e nutritivo!

Sopas quentinhas para noites de inverno

Os segredos de um bom risoto

Surpreenda seu pai: faça você o churrasco!!!

Acompanhamentos para o churrasco do Dia dos Pais

É tempo de alcachofra

Azeite: história de saúde!

Iogurte: alimento saudável e refrescante

Óleos vegetais: aliados do sabor, quando usados com moderação

Vinagre, sabor e personalidade

Tomate: poucas calorias, muitos nutrientes

Tradição passada através dos tempos: conservas e compotas

Símbolos do Natal

Panetone: o gostinho do Natal

Você sabe congelar e descongelar alimentos?

Como usar a geladeira: limpeza e armazenamento de alimentos

Cranberry: usada há séculos pelos índios americanos nas infecções urinárias

Alimento vivo: o vinho

Quinua: herança andina de saúde!

Atenção! Carambola pode matar doente renal crônico

Mel, 100% saudável

GENGIBRE

Por dentro do seu alimento: Dia 29, Nhoque da Sorte!

Alho-poró, mil e uma utilidades em sua cozinha!

RISOTO, bom no verão e no inverno!

Romã: prosperidade e muita saúde

Encontre os melhores preços de medicamentos e leia bulas