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Conheça aqui tudo sobre seu alimento preferido - elaborado pela Nutricionista Nicole Cihlar Valente - como as propriedades, safra, indicações, contra-indicações e melhores combinações. Veja logo abaixo, você vai adorar

Atenção! Carambola pode matar doente renal crônico

Com o verão a variedade de frutas disponíveis no mercado é enorme! Já falamos sobre diversas, não é? Pois bem, se você for ao mercado, sacolão ou feira certamente encontra-rá uma fruta em destaque: a carambola. Isso ocorre em razão da grande procura por novos sabores e formas para saladas que os restaurante e hotéis buscaram no ano anterior...Agora chega ao consumidor essa nova “moda”!

Fruta saborosa, aromática e muito decorativa, a carambola é fresca e apresenta poucas calorias!

Nativa do Ceilão, a carambola (Averrhoa carambola.) é cultivada há séculos na Ásia. Planta de clima tropical e subtropical, chegou ao Brasil somente em 1817, em Pernambuco, de onde se expandiu para todo o litoral brasileiro.

A carambola é uma fruta de apresentação exótica, com gomos achatados. Cortada no sentido transversal, apresenta um belo formato de uma estrela, fazendo dela uma fruta muito decorativa. A polpa é bem suculenta, aromática e de sabor agridoce. A cor varia do verde ao amarelado, mas pode ser encontrada também na cor avermelhada. Possui uma bela floração e, por isso, é muita usada em jardins.

A carambola é ideal para as pessoas que querem perder ou controlar o peso, porque tem poucas calorias (uma fruta média fornece 35 calorias). É, ainda, uma boa fonte de fibras, que ajudam a melhorar o funcionamento do intestino e vitamina C.

Como comprar e armazenar?
Quando for comprar carambola, escolha as mais firmes, de casca brilhante e uniforme. Evite as de aspecto murcho e com cor amarelo acentuado. Apesar de sua aparência frágil, esta fruta conserva-se bem e pode ser mantida em temperatura ambiente por três a quatro dias, e sob refrigeração, por mais de 15 dias. Neste caso, quando for usá-la, retire com uma faca os cantos dos gomos, que são mais frágeis e escurecem com mais facilidade.

Como usar?
A carambola pode ser consumida ao natural ou usada no preparo de sucos, geléias, caldas, compotas, recheio para bolo, salada de frutas ou salada de folhas, sorvetes, mousses, molhos para carnes e peixes, picles e, ainda, na preparação de vinhos, licores ou doces. As flores da carambola também são comestíveis. Experimente preparar uma salada de folhas verdes,tomate cereja e rodelas de carambola, temperadas com sal e folhas de hortelã, regada com azeite de oliva misturado com vinagre balsâmico. Outra sugestão é assar a carambola inteira em forno médio até dourar levemente e servir com carne assada. O tradicional vinagrete de tomate e cebola para churrasco pode ser preparado com carambola no lugar do tomate.

Valor nutricional de 1 unidade média (100 g)
Energia - 35 kcalorias
Carboidratos - 8 g
Proteínas - 0,5 g
Gorduras - 0,5 g
Fibras - 2,5 g
Potássio - 165 mg
Vitamina C - 20 mg
Vitamina A - 495 UI

Atenção! Carambola pode matar doente renal crônico, segundo pesquisa

Uma pesquisa iniciada em 1996 na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (USP), descobriu que a carambola possui uma neurotoxina (só atua no sistema nervoso) que pode levar os doentes renais crônicos à morte. Em 35 casos documentados com doentes nessa situação, o médico-assistente da Divisão de Nefrologia do Hospital das Clínicas, Miguel Moysés Neto, constatou sete óbitos, dois anteriores ao início do estudo.

A pesquisa começou quando Moysés recebeu um paciente que fazia diálise, de cerca de 54 anos, em agosto de 1996. Ele tinha sintomas estranhos, como confusão mental e soluços incoercíveis (intratáveis). Após 36 horas, ele morreu. Os exames clínicos nada constataram. A única diferença era que o paciente tomou antes um suco de carambola.

Moysés sabia que pesquisadores de Botucatu, em 1992, haviam citado que vários pacientes renais tiveram soluços quando um deles distribuiu carambolas aos colegas, antes de uma sessão. Os parentes nada apresentaram. Suspeitava-se que os frutos tinham agrotóxicos, mas não pesquisou-se e ficou uma lacuna na literatura médica até o surgimento do paciente de Ribeirão Preto, que tinha um pé da fruta no fundo do quintal, descartando a possibilidade do uso de agrotóxico.

Uma semana após a morte do paciente, Moysés atendeu outro que tinha tomado meio litro de suco de carambola. A hemodiálise curou-o e o médico avisou os demais que a carambola poderia ter uma toxina. Para confirmar isso, telefonou para Coutinho e pediu uma análise da fruta. Coutinho injetou sucos no sistema nervoso em cerca de 20 camundongos, verificando que todos tiveram convulsões - alguns morreram e outros tiveram um mal epiléptico. Porém, injetado no estômago, nada apresentaram.

Em seguida, o pesquisador tratou ratos com cloreto de mercúrio, provocando lesões renais crônicas nos animais, para simular um humano nessa situação. Aí, com o suco injetado no estômago, os ratos apresentaram soluços e convulsões.

A neurotoxina da carambola, ingerida por uma pessoa normal que come a fruta, é absorvida pela digestão, filtrada pelo rim e excretada, sem sintomas, no entanto se o rim não funciona, essa toxina é absorvida, concentra-se no sangue, atinge os neurônios em concentração maior e provoca soluços e convulsões.

O primeiro trabalho publicado no mundo sobre esse assunto ocorreu em 1998, pela revista européia Nephrogy Dialysis Transplantation, quando Moysés e Coutinho descreveram os seis primeiros casos.

A carambola tem dez variedades, com diferenças de uma para outra. As mais ácidas têm mais toxina e não bicham, enquanto as maiores e mais coloridas têm menos toxina.

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