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Como reconhecer um AVC

24 de junho é o Dia Internacional de Combate ao AVC

Especialistas explicam como se prevenir da doença que é a principal causa de morte no Brasil

O Dia Internacional de Combate ao Acidente Vascular Cerebral (AVC) é comemorado no mundo inteiro no dia 24 de junho. Conhecido popularmente como "derrame cerebral", o AVC é hoje a principal causa de incapacitação funcional e morte no Brasil, superando inclusive a taxa de mortalidade do infarto agudo do miocárdio. Segundo o Dr. Eli Faria Evaristo, neurologista do Serviço de Neurologia de Emergência do Hospital das Clínicas, em São Paulo, isso ocorre devido à maior letalidade do AVC (15%) em comparação à do infarto do miocárdio (7%). “O AVC tem um alto risco de morte, relacionado diretamente à lesão cerebral e às complicações que podem ocorrer posteriormente, como infecções, embolia pulmonar e arritmias cardíacas”, explicou. Segundo ele, cerca de 70% dos sobreviventes de AVC apresentam algum prejuízo funcional em relação à sua vida; geralmente, a doença traz graves seqüelas físicas e mentais (cognitivas), gerando impacto econômico, pois compromete a vida produtiva dos pacientes, e um impacto social, na medida em que interfere profundamente na dinâmica da família e da sociedade em que o paciente vive.

Segundo estimativas internacionais e nacionais, cerca de 80% dos acidentes vasculares cerebrais são isquêmicos e 20% hemorrágicos. O AVC isquêmico ocorre quando há um entupimento de vasos (artérias) que levam sangue ao cérebro, causando lesão e prejuízo no funcionamento da região cerebral que ficou sem circulação sanguínea adequada. O entupimento da artéria cerebral é geralmente causado por coágulos sanguíneos, formados na parede de artérias doentes, ou por pedaços de coágulos (êmbolos) desprendidos dessas artérias ou do interior das cavidades cardíacas. Dependendo da região cerebral atingida, o paciente sofrerá seqüelas maiores ou menores, podendo até mesmo falecer. Quando há ruptura de um vaso sanguíneo cerebral, o AVC é caracterizado como hemorrágico. Nesse caso, a lesão cerebral ocorre por um derrame de sangue no interior do cérebro ou no espaço que o rodeia. Em qualquer dos tipos de AVC ocorre morte de células nervosas.

“Na região próxima ao centro da lesão isquêmica podem existir células ainda vivas, embora não funcionantes, ao que chamamos “zona de penumbra”. O início rápido do tratamento pode impedir a morte dessas células e evitar seqüelas maiores”, explicou o Dr. Evaristo.

Os especialistas alertam que a única maneira de prevenir a ocorrência de um AVC é controlar os fatores de risco. Esses incluem a hipertensão arterial sistêmica, o diabetes mellitus, o aumento do colesterol ruim, o aumento dos triglicérides e o tabagismo, os quais aceleram o processo de endurecimento e entupimento das artérias, conhecido como aterosclerose. Também as doenças cardíacas, como o infarto agudo do miocárdio, os problemas das válvulas cardíacas e as arritmias, aumentam o risco da formação e desprendimento de coágulos que podem entupir vasos cerebrais (embolia cerebral). O alcoolismo e doenças mais raras que comprometem os vasos e a coagulação também fazem parte dos fatores de risco.

Quem já sofreu um derrame deve tomar uma série de medidas para prevenir a recorrência do AVC. Segundo o Dr. Jairo Lins Borges, cardiologista do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, em São Paulo, o risco de uma pessoa voltar a ter um AVC é de 15 a 30% em 5 anos. “O grande problema da recorrência é que ela freqüentemente traz repercussões funcionais maiores, pois estas se adicionam às seqüelas já existentes. Assim, as limitações motoras podem ser mais graves, bem como os déficits cognitivos (demência). A mortalidade também aumenta em caso de recorrência. Entretanto, existem tratamentos rigorosos que seguramente diminuirão o risco de recorrência”, explicou. Segundo o especialista, os fatores de risco para a recorrência do AVC são os mesmos que para um primeiro AVC.

Os medicamentos escolhidos para o tratamento e prevenção de um novo AVC dependem do mecanismo causador da doença. “Na maioria das vezes é recomendado um medicamento da classe dos antiagregantes plaquetários, que regride as placas de aterosclerose das artérias que levam o sangue ao cérebro”, explicou o Dr. Borges. O ácido acetilsalisílico tem essa função e é muito recomendado na prevenção de um novo AVC. Um estudo publicado na revista norte-americana Stroke demonstrou que outro medicamento, o cilostazol, é eficaz para inibir a progressão e induzir a regressão de placas de aterosclerose em artérias cerebrais de pacientes com doença cerebrovascular sintomática (após ameaça ou ocorrência de AVC). Outro grande estudo mostrou que o cilostazol reduz em 42% o risco de AVC recorrente. As diretrizes japonesas sobre prevenção de AVC consideram o cilostazol como alternativa à aspirina na prevenção da recorrência do AVC. “O medicamento também apresenta outros efeitos importantes, como redução de 15% nos níveis de triglicérides, aumento de 10% nos níveis do bom colesterol (HDL) e proteção das células cerebrais”, completou o médico. A Libbs Farmacêutica comercializa no Brasil o cilostazol com o nome de Cebralat.

Em outros estudos, o dipiridamol e o clopidogrel também demonstraram reduzir o risco de recorrência de AVC.

Como reconhecer um AVC

Às vezes os sintomas de um AVC são difíceis de ser identificados, mas reconhecê-los pode salvar uma vida. A pessoa que está tendo um derrame pode apresentar os seguintes sinais:

Diminuição ou perda súbita da força na face, braço ou perna de um lado do corpo;

Alteração súbita da sensibilidade com sensação de formigamento na face, braço ou perna de um lado do corpo;

Perda súbita de visão num olho ou nos dois olhos;

Alteração aguda da fala, incluindo dificuldade para articular e expressar ou para compreender a linguagem;

Dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente;

Instabilidade, vertigem súbita intensa e desequilíbrio associado a náuseas ou vômitos.

Veja mais sobre o assunto em nossas colunas de Cardiologia e Saúde com Dr. Ricardo Tavares de Carvalho




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