Gravidez após laqueadura, é possível? Desatando o nó Segundo casamento está entre as principais causas que fazem com que mulheres busquem a recanalização tubária, uma alternativa à inseminação artificial Mulheres que se submeteram à ligadura de trompa, ou laqueadura tubária, e que desejam engravidar podem recorrer à cirurgia para a recanalização tubária, cuja taxa de gravidez chega a atingir 80%. "Além de ser um procedimento relativamente simples, não requer o uso de hormônios para aumentar a produção de óvulos - como ocorre na fertilização in vitro (FIV) -, o que evita possíveis efeitos colaterais desagradáveis. Da mesma forma, diminui o risco de gravidez múltipla e suas possíveis complicações, como o aborto e o parto prematuro”, explica o ginecologista Marco Aurélio Pinho de Oliveira, responsável pelas microcirurgias tubárias videolaparoscópicas do Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e presidente da Sociedade Brasileira de Endoscopia Ginecológica e Endometriose. A notícia chega em boa hora. De acordo com a Sociedade Civil Bem-Estar Familiar no Brasil (Bemfam), 40,1% das brasileiras casadas, ou que vivem com parceiros em idade fértil, são submetidas à esterilização através da laqueadura tubária. Entretanto, mais tarde, pelo menos 15% delas repensam a decisão. Outro levantamento, desta vez realizado pelo IBGE (Síntese de Indicadores Sociais), mostra que entre 1991 e 2002 houve aumento de 30,7% (23.470) no número de separações e de 55,9% (45.375) no de divórcios. Os dados confirmam o que na prática já sabemos: os casamentos duram pouco, em média 10 anos, e o número de filhos por família é cada vez menor. Por outro lado, um segundo e até mesmo um terceiro casamento tornam-se cada vez mais comuns. É na reestruturação de novos relacionamentos que geralmente se manifesta o desejo de uma nova gravidez. O caso de Marta Leonora, 38 anos, é um exemplo. Após o nascimento de seus dois filhos, resolveu realizar a ligadura de trompas. Casou-se novamente e seu segundo marido não tinha filhos. “Uma amiga me falou que existia a cirurgia de recanalização e resolvi fazer, pois meu marido queria muito ser pai”, explica Marta. Ela engravidou 5 meses após a cirurgia. “Hoje tenho um filho lindo chamado Cauã, com 1 ano e 8 meses”, conta. Marta agora está grávida do seu quarto filho, o segundo após a recanalização. Segundo o médico, a recanalização tubária pode ser feita de duas formas. Primeiro realiza-se uma videolaparoscopia, que permite verificar a situação das trompas. Caso estejam em boas condições, o médico faz um corte maior, como o da cesariana, e realiza a microcirurgia para reverter a ligadura. Atualmente, há um método mais moderno em que não é necessário o corte tipo cesariana para corrigir a ligadura tubária. A microcirurgia pode ser feita pelo próprio aparelho da videolaparoscopia e apresenta vantagens óbvias como: menor chance de infecção, melhor resultado estético e retorno mais rápido para as atividades do dia-a-dia. O maior problema é a dificuldade de encontrar profissionais com treinamento e equipamento para a realização da microcirurgia tubária por videolaparoscopia. "Os fatores que mais influenciam no sucesso desta cirurgia são a idade, quanto mais jovem melhor; tempo de ligadura, quanto mais recente melhor; e o tamanho da trompa, quanto maior melhor", orienta Marco Aurélio de Oliveira. O médico lembra que antes de realizar a recanalização é necessário saber se o parceiro tem um espermograma normal. | |
Encontre os melhores preços de medicamentos e leia bulas
Conheça cinco motivos para não tirar cutículas
5 Fatos que todos devem saber sobre HEMORROIDAS
O novo avanço das próteses e órteses
Cuidados com o enxaguante bucal