Hipertensão e diabetes potencializam riscos cardiovasculares Pacientes hipertensos, que já têm risco elevado de apresentar eventos cardiovasculares, podem ter o risco potencializado se associado ao diabetes. Um grande estudo populacional denominado Estudo ARIC demonstrou que a partir dos 55 anos de idade, em média, as pessoas hipertensas têm os níveis de açúcar e de insulina mais elevados no sangue e o dobro de chance de se tornar diabéticas nos próximos anos do que pessoas com a pressão arterial normal. Além disso, apresentam maior incidência de doença aterosclerótica coronária, cerebrovascular e periférica. Dia 26 de abril é o Dia Nacional de Combate à Hipertensão, que tem o objetivo de chamar a atenção da população sobre essa doença que atinge aproximadamente 35% da população acima dos 40 anos no Brasil, representando cerca de 12 milhões de pessoas. E cerca de 7% dos hipertensos têm diabetes. O Dr. Jairo Lins Borges, cardiologista do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, afirma que essa situação é bastante comum, pois pacientes hipertensos são mais propensos a se tornar diabéticos. “Tanto a hipertensão, como o diabetes, estão relacionados ao processo de envelhecimento e a marcadores genéticos que conferem tendência para essas condições se manifestarem ao mesmo tempo. Desse modo, o paciente diabético é considerado o de mais alto risco cardiovascular na população como um todo e o fato de ter pressão alta ao mesmo tempo é uma das maiores razões para isso”, afirma. O controle de ambos os marcadores clínicos (pressão arterial e níveis de açúcar no sangue), é fundamental para a redução do risco cardiovascular. Além disso, os níveis de gordura, chamado perfil de dislipidemia mista, representado pela elevação dos triglicérides e a diminuição do HDL colesterol no sangue, também devem ser controlados. “Em um importante estudo recente, desenvolvido na Escandinávia, denominado STENO 2, somente o controle intensivo e simultâneo dos fatores de risco cardiovasculares presentes reduziu o risco de complicações como morte, infarto do miocárdio e derrame cerebral de pacientes diabéticos”, acrescenta o Dr. Jairo. O tratamento destes pacientes deve ser muito cuidadoso. A associação de medicamentos deve ser bem planejada e a utilização dos inibidores da enzima conversora da angiotensina, como por exemplo, o ramipril, pode ser uma opção. O estudo HOPE TOO mostrou que o uso do medicamento ramipril em pacientes diabéticos provocou efeito protetor do sistema cardiovascular e do metabolismo da glicose para pacientes que prolongaram o tratamento por sete anos. O ramipril também previne o surgimento de novos casos de diabetes em pacientes hipertensos, quando se dá continuidade ao tratamento. Recomendações que ajudam a controlar a hipertensão:
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