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Balão Intragástrico é alternativa para o problema do aumento contínuo de obesos no Brasil?


08/01/2014

Com o aumento dos obesos no Brasil e a resolução publicada pela ANVISA que exige novos critérios para a prescrição de medicamentos voltados ao emagrecimento, incluindo termos de responsabilidade e declarações a serem assinadas por farmacêuticos, o Balão Intragástrico passou a ser a solução mais eficiente, rápida e segura para perda de peso. Pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde, (clique aqui) ascende à luz vermelha contra a obesidade no Brasil. De acordo com os dados divulgados na primeira quinzena de abril, 51% da população local, com idade igual ou superior a 18 anos, encontra-se acima do peso e possui massa corporal igual ou superior a 25, sendo que o indicado, conforme a própria tabela do IMC é no máximo 24,9. Com mais da metade da população nesse cenário, a busca dos brasileiros por métodos que contribuam com a melhoria de qualidade de vida e diminuição de peso tem aumentado. E o método do balão intragástrico é uma das maiores apostas para a diminuição desses obesos.

O índice assustou até mesmo Alexandre Padilha, (clique aqui), Ministro da Saúde, que teme que os números continuem crescendo e atinjam números semelhantes aos EUA, um dos lugares com maior concentração de obesos no Mundo.

O Balão Intragástrico é uma das alternativas que está sendo mais difundida e utilizada nesses últimos anos por conta dos baixos índices de problemas pós-procedimento e retirada e por não causar nenhum dano à saúde. Para este método, não há necessidade de procedimento cirúrgico como é o caso da Cirurgia bariátrica (Cirurgia de redução de estomago). Além de ser uma técnica reversível, ou seja, se não houver adaptação do paciente com o produto, o mesmo pode ser retirado, e a vida do paciente volta ao normal, o que não ocorre com a Cirurgia Bariátrica. No procedimento, é introduzido um balão vazio no estomago do paciente, via endoscopia. Logo após, é inserido soro fisiológico juntamente com azul de metileno, no interior do balão. A quantidade inserida pode variar entre 400 e 700 ml, dependendo da necessidade do paciente. O corante azul de metileno é utilizado como procedimento de segurança, pois caso exista algum vazamento, o paciente poderá perceber em sua urina, que acaba saindo azul.

O estômago é um órgão secretor de hormônios. O contato do balão com as paredes do estômago estimula o aumento da secreção de alguns hormônios e a diminuição de outros que são diretamente ligados à saciedade. Além do componente hormonal, a distensão gástrica por ação nervosa faz com que a saída do alimento, que se encontram no estômago, seja diminuída, proporcionando a sensação de plenitude abdominal. O Balão Intragástrico não é um sistema que por si só irá solucionar o problema da obesidade. Trata-se de uma ferramenta muito eficiente para que o paciente possa se reeducar mental e fisicamente. Esse ponto é destacado pelo Dr. Sérgio Barrichello, especialista em emagrecimento e que atende na HealthMe – Gerenciamento de perda de peso. Para ele, o paciente deve ter consciência que o Balão Intragástrico é uma excelente ferramenta, desde que siga as orientações passadas pela equipe multidisciplinar.

“O Balão Intragástrico pode ser indicado por diversas especialidades médicas, porém deve ser realizado um trabalho em parceria com nutricionistas, educadores físicos e, se for o caso, psicólogos”. Segundo Barrichello, o reganho de peso pode acontecer após a retirada do balão se o paciente não tiver disciplina e mudar seus hábitos de vida, entretanto, quando o objetivo da reeducação alimentar é alcançado, a maioria dos pacientes mantém o peso desejado após a retirada do Balão e em alguns casos continuam o processo de emagrecimento. O produto é indicado para pacientes com índice de massa corporal (IMC) acima de 27 e maiores de 21 anos.



Médico aborda técnicas para tratamento da obesidade

Primeira causa de morte evitável no mundo e uma das maiores epidemias do século, a obesidade é fruto constante de debate. Após a audiência a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2011, esta retirou do mercado todos os medicamentos a base sibutramina, anfepramona, femproporex e mazindol; médicos e população leiga questionam sobre quais as medidas cabíveis para os milhões de obesos que dependem deste tipo de medicação.


O gastroenterologista, cirurgião do aparelho digestivo e endoscopista, Dr. Martinho Rolfsen, destaca que o cerco aos medicamentos interfere de maneira importante nas opções para o emagrecimento, mas que é possível encontrar soluções, sempre dentro de um leque de ações, para atender às necessidades de diferentes graus de sobrepeso ou obesidade. "Mais do que abordar a técnica dos procedimentos invasivos, vamos mostrar a importância do acompanhamento de um grupo de profissionais, como psicólogo, nutricionista e preparador físico para que o paciente consiga atingir seus objetivos de emagrecimento de forma equilibrada, definitiva e sem traumas", relata o médico.


Técnicas

A técnica cirúrgica minimamente invasiva é empregada com sucesso nos procedimentos bariátricos (redução do volume estomacal), que dispensam as grandes incisões convencionais. O método utiliza a extrema habilidade dos médicos e instrumentos especiais, como microcâmeras acopladas a lentes com iluminação por fibra ótica e monitores de alta definição.

Existe diferentes tipos de procedimentos, sendo o mais popular o bypass simplificado, que consiste no grampeamento da parte superior do estômago, com pequeno desvio do intestino.

Outras técnicas consistem na banda gástrica, que é a realizada com a fixação de um anel de silicone na parte superior do estômago; balão intragástrico, em que um balão de silicone é inflado no estômago para reduzir o espaço para o alimento; e derivação bíleo-pancreática, que grampeia o estômago e faz um desvio do intestino para diminuir a absorção de nutrientes.



Veja mais sobre Cirurgia Digestiva em:

Aparelho Digestivo e Saúde com Dr. Sidney Klajner







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