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Medicamento aprovado para tratamento do TDHA em adolescentes e adultos!

03/12/2013



Mas o que é o TDHA?

Cerca de 10 milhões de brasileiros sofrem de TDAH, um problema neurobiológico que surge na infância e que pode acompanhar o indivíduo pela vida toda. Cinco a oito por cento das crianças sofrem deste transtorno.

Inquietude, dificuldade de concentração, notas baixas na escola, esquecimento. Esses são alguns sintomas do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), uma doença que acomete mais de 330 milhões de pessoas do mundo, mas que ainda é pouco conhecida.

Ainda muito se estuda a respeito das possíveis causas do TDAH. Alguns estudos sugerem que a doença está relacionada a alterações na região frontal do cérebro - responsável pelo controle do comportamento, capacidade de prestar atenção, memória, autocontrole, organização e planejamento - e suas conexões com o resto do cérebro. Essas possíveis alterações estão diretamente relacionadas aos neurotransmissores dopamina e noradrenalina, que passam informações entre células nervosas (neurônios).

Alguns fatores são considerados predisponentes, tais como certas substâncias ingeridas na gravidez, principalmente tabaco, baixo peso ao nascimento, sofrimento fetal e exposição ao chumbo na infância. Hoje em dia, de fato, já foram identificados genes relacionados ao TDAH, o que reforça a teoria da causa neurobiológica e não sócio cultural como alguns ainda acreditam.


Diretrizes apontam necessidade de diagnóstico precoce de TDHA

De acordo com a Academia Americana de Pediatra, distúrbio pode ser identificado a partir dos 4 anos, e não mais aos 6 anos. Para neuropediatra, resolução beneficia saúde mental e emocional de jovens e famílias

Todas as crianças funcionam em 220 Volts, são inquietas, têm o bicho-carpinteiro e por isso não conseguem se concentrar, certo? Errado. As crianças e os adolescentes possuem mais energia que os adultos, mas esse tipo de comportamento pode significar algo mais: o Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH).

De nome assustador, o distúrbio não deve ser encarado como o bicho-papão pelos pais. Recentemente a Academia Brasileira de Pediatria lançou novas diretrizes que auxiliam ainda mais na saúde e qualidade de vida desses jovens e de seus responsáveis. A faixa de idade para diagnóstico da TDAH passou de 6 a 12 anos para 4 a 18 anos.

Apesar de saber das dificuldades em reconhecer a doença que exclusivamente requer um diagnóstico clínico, o neuropediatra Paulo Breinis, do Hospital Infantil Sabará, afirma que ainda há muito sofrimento envolvendo esses jovens e suas famílias porque o distúrbio é subdiagnosticado no Brasil.

De acordo com o médico, ao antecipar o diagnóstico como propõe a entidade norte-americana, diminui-se angustia, medo e estresse. “Não significa rotular a criança pequena, mas lhe dar condições por meio dos tratamentos para que ela possa ter uma integração melhor quando ingressar na vida escolar, no processo de alfabetização”, argumenta.

Hoje, segundo o neuropediatra, como as crianças ficam quase 80% do seu tempo disponível nas escolas, essa descoberta mais tardia fica sob a responsabilidade dos professores. “Com essa nova diretriz norte-americana, os pais poderão fazer essa avaliação antes, procurar ajuda e adequar o caso ao tratamento mais adequado. Além de uma vida acadêmica mais fácil, há menos prejuízos na vida social desses jovens”, esclarece.

Distúrbio neurológico/comportamental mais comum na infância, a TDAH afeta entre 8% e 10% da população em geral. Confundido com molecagem e/ou preguiça, é responsável por mau desempenho acadêmico – sem diagnóstico correto e tratamento, 30% das crianças com o distúrbio repetem o ano escolar, segundo pesquisas.

Também afeta a autoestima desses jovens, que podem apresentar sintomas de depressão e acabam por isolar-se dos colegas.


Crianças e adolescentes com TDHA costumam apresentar os seguintes sintomas:
- são inquietas, têm dificuldade na hora de assistir à TV ou às aulas;
- prestam pouca atenção aos detalhes, cometem erros por não reparar nas atividades escolares ou em casa;
- têm dificuldade em se concentrar na aula, ouvirem o professor ou participar de atividades lúdicas, são dispersas;
- parecem não escutar quando alguém fala, se desinteressam facilmente;
- nem sempre conseguem seguir as instruções passadas pelos adultos, completar os deveres em classe ou em casa;
- têm dificuldade para se organizar;
- se distraem com facilidade com o mundo ao redor;
- não conseguem ficar sentadas na sala de aula ou na hora das refeições em família;
- não conseguem brincar de forma silenciosa, logo ficam agitadas;
- irritam-se facilmente com atividade que exija concentração;
- respondem a perguntas sem prestar atenção;
- costumam interromper os outros em suas brincadeiras;

É possível que a criança apresente apenas o déficit de atenção ou apenas a hiperatividade, mas, segundo Paulo Breinis, é comum os dois distúrbios aconteceram simultaneamente. Há níveis diferentes do mal, ou seja, alguns pacientes desenvolvem alguns sintomas, outro, não.

As causas do TDHA ainda não são exatas, de acordo com o neuropediatra, envolve fatores genéticos, biológicos, sociais e vivenciais. Os tratamentos se resumem à terapia comportamental, uso de remédios (em crianças com mais de cinco anos), acompanhamento pedagógico e fonoaudiológico.


Único pró-fármaco para o tratamento do TDAH4 poderá beneficiar milhares de pessoas que enfrentam o problema

A Shire, empresa anglo-americana de presença global, acaba de obter a autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para comercializar no Brasil o único pró-farmaco (medicamento que é ativado após conversão dentro do próprio corpo) para o tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)4 para adolescentes e adultos. Venvanse, dimesilato de lisdexanfetamina, cuja substância ativa é a d-anfetamina, tem comprovada eficácia ao longo do dia, mesmo 14 horas após a dose, em adultos7. A ação prolongada sobre os sintomas do transtorno ao longo do dia1,2 ajuda a melhorar o dia a dia dos pacientes, ao permitir que desempenhem melhor suas atividades e funções diárias.

Até a década de 1980, acreditava-se que o TDAH, por ser um transtorno de desenvolvimento, era um problema estritamente infantil que desaparecia na vida adolescente e adulta. Hoje, estudos apontam que a incidência de TDAH em adultos é de aproximadamente 2,5%, ou seja, metade do índice apresentado entre crianças, que é de 5%.10 Porém, muitos pacientes que não foram diagnosticados na infância acham que seu comportamento e dificuldades provocados pelo TDAH não têm solução ou seus sintomas são creditados a outras doenças.

Segundo estudos científicos, adultos com TDAH apresentam significativo comprometimento em múltiplos domínios da vida diária, incluindo local de trabalho, ambiente doméstico e vários contextos sociais12. Além disso, em 70% dos casos o transtorno é associado a outras doenças, como depressão, transtorno bipolar e transtornos de ansiedade. "O uso e a dependência de drogas também são muito frequentes entre os adolescentes e os adultos portadores de TDAH. Aspectos neurobiológicos comuns a ambas as doenças parecem contribuir para essa comorbidade", afirma o psiquiatra Mario Rodrigues Louzã Neto, Coordenador do PRODATH - Projeto Déficit de Atenção e Hiperatividade no Adulto do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IPq-HC-FMUSP).



Benefícios do Medicamento

"A ação de Venvanse ocorre de forma gradativa, fazendo com que o paciente não tenha picos de "humor" por conta de oscilações na liberação do medicamento no organismo8. Este mecanismo proporciona mais equilíbrio e bem-estar aos pacientes", explica Claudia Gasparian, diretora médica da Shire para a Neurosciências.

Venvanse possui outros benefícios e diferenciais por ter longa duração. "O tratamento é administrado apenas em uma dose diária3 para que o paciente possa cumprir suas atividades ao longo dia: profissionais, sociais, escolares, esportivas. Além disso, oferece comodidade extra aos pacientes, pois o conteúdo das cápsulas pode ser diluído em água, sem comprometimento da eficácia, desde que seja ingerido o conteúdo total da cápsula e consumido imediatamente", completa Claudia Gasparian.

Venvanse tem eficácia comprovada em estudos científicos feitos em longo prazo no tratamento do TDAH em adolescentes e adultos1,2. Todos os pacientes que participaram desses estudos atendiam os critérios para TDAH do Manual Diagnóstico e

Estatístico de Transtornos Mentais, 4ª edição revisada (DSM-IV-TR). Nos estudos clínicos, controlados por placebo, quando os pacientes fizeram uso de Venvanse uma vez ao dia pela manhã, os efeitos foram observados a partir de 2 horas por até 14 horas em adultos. Venvanse demonstrou eficácia significativamente maior que o placebo. Com relação aos resultados funcionais, 78,0% dos pacientes adultos tomando Venvanse mostraram melhora ("melhora muito significativa" ou "melhora significativa").

O dimesilato de lisdexanfetamina também mostrou seu perfil de segurança4,5,6 por meio da análise dos eventos adversos nos estudos clínicos que se mostraram de intensidade leve a moderada. Sua boa tolerabilidade8,9 pode ser observada ainda por meio da diminuição na incidência dos efeitos colaterais esperados nessa classe de medicamento, dentro do primeiro mês de tratamento.

Este aspecto é importante para uma medicação de uso prolongado que precisa ser ingerida diariamente para controlar os sintomas.
Comercializado nos Estados Unidos, desde 2007, e no Canadá, desde 2009, Venvanse está disponível no Brasil nas apresentações de 30 mg, 50 mg e 70 mg5, permitindo o melhor ajuste da dose, conforme a necessidade do paciente.


* Venvanse = marca depositada


Referências:

1. Wigal SB et at. A 13-hour laboratory school study of lisdexamfetamine dimesylate in school-aged children with attention-defi cit/hyperactivity disorder. Child and Adolescent Psychiatry and Mental Health 2009;3(17):1-15. Acesssado em: 23/fev/11. Em: http://www.capmh.com/content/3/1 /17.

2. López FA et at. Effect of lisdexamfetamine dimesylate on parent-rated measures in children aged 6 to 12 years with attention deficit/hyperactivity disorder: a secondary analysis. Postgraduate Medicine 2008;120(3):89-102.
3. Venvanse (dimesilato de lisdexanfetamina) - Bula do Produto.

4. Mattingly G. Lisdexamfetamine Dimesylate: A Prodrug Stimulant for the Treatment of ADHD in Children and Adults. CNS Spectr 2010;15(5):315-25.

5. Pennick M. Absorption of lisdexamfetamine dimesylate and its enzymatic conversion to damphetamine. Neuropsychiatric Disease and Treatment 2010;6:317-27.

6. Wigal SB et al. Efficacy and tolerability of lisdexamfetamine dimesylate in children with attentiondeficit/ hyperactivity disorder: sex and age effects and effect size across the day. Child and Adolescent Psychiatry and Mental Health 2010;4:32.

7. Wigal T, Brams M, Gasior M, et al. Randomized, double-blind, placebo-controlled, crossover study of the efficacy and safety of lisdexamfetamine dimesylate in adults with attention-deficit/hyperactivity disorder: novel findings using a simulated adult workplace environment design. Behavioral and Brain Functions. 2010;6(34)1-14.

8. Boellner SW et at. Pharmacokinetics of lisdexamfetamine dimesylate and its active metabolite, damfetamine with increasing oral doses of lisdexamfetamine dimesylate in children with attentiondeficit/ hyperactivity disorder: a single dose randomized, open- label, crossover study. Clin Ther 2010;32:252-64.

9. Biederman J et al. Efficacy and Tolerability of Lisdexamfetamine Dimesylate (NRP-104) in Children with Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder: A Phase lll, Multicenter, Randomized, Double- Blind, Forced-Dose, Parallel-Group Study Clinical Therapeutics 2007; 29(3): 450-63.

10. Simon V, Czobor P, Bálint S, Mészáros A, Bitter I. Prevalence and correlates of adult attention-deficit hyperactivity disorder: meta-analysis. Br J Psychiatry. 2009;194(3):204-11.

11. Biederman J, Faraone SV, Spencer TJ, Mick E, Monuteaux MC, Aleardi M: Functional impairments in adults with self-reports of diagnosed ADHD: a controlled study of 1001 adults in the community. J Clin Psychiatry 2006, 67:524-540.

12. Shire Annual Report 2011. Disponível em: http://www.shire.com/shireplc/en/investors. Acessado em: 17/10/2013.




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