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Radiologista explica o que são os contrastes usados nos exames e suas possíveis reações

02/10/2013

Para realizar uma série de exames radiológicos, muitas vezes é necessária a utilização de um meio de contraste. Ocorre que a maioria das pessoas desconhece o que é esta substância e como ela reage no organismo.



Segundo o médico radiologista Luiz Antonio Nunes de Oliveira, coordenador da Comissão Nacional de Contrastes do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), os contrastes são substâncias capazes de salientar as densidades naturais entre os tecidos por meio de energias absorvidas e refletidas. Essa característica facilita a visualização de determinadas estruturas, a detecção e a caracterização de lesões nos diversos sistemas.

O médico esclarece que há contrastes positivos (iodados e sulfato de bário) e há contrastes negativos (ar, O2, CO2). Os contrastes podem ser administrados por via endovenosa, especialmente os iodados em tomografia computadorizada (TC) e o gadolínio na ressonância magnética (RM); e por via oral ou retal, em geral, utilizando-se o sulfato de bário. Todavia, a administração dos contrastes deve ser supervisionada por médicos radiologistas e com critérios de segurança para os pacientes.

O radiologista informa ainda, que a substância é excretada preferencialmente pela urina (99%), mas há também a eliminação pelo fígado, glândulas salivares, lágrima, pele, entre outras (1%).

De acordo com o Dr. Luiz Antonio Nunes de Oliveira, há contrastes iodados, iônicos e não iônicos com diferentes propriedades físico-químicas que podem causar reações adversas, como todos os medicamentos. As reações adversas são, na sua maioria, leves e muito bem toleradas. Mas temos de informar que, como todas as substâncias e também medicamentos usados na pratica médica, em maior ou menor grau, apresentam reações adversas multifatoriais. Por isso é importante a utilização racional e segura dos meios de contraste. De acordo com pesquisas, a probabilidade de ocorrer um acidente fatal devido a uma reação alérgica a contraste radiológico é de uma em 180 mil injeções. Segue abaixo uma tabela com as reações adversas mais comuns:

Reação imediata é a que ocorre durante a primeira hora após a administração do meio de contraste. As reações imediatas podem ser anafilactoides ou que dependam da dose injetada. Todas são multifatoriais. A reação tardia ocorre num intervalo entre uma hora e sete dias, na sua maioria, não são significativas clinicamente.

Não idiossincrática(dose dependente)Idiossincrática(anafilactoide)Tardia
- Náusea- Vômito- Arritmia- Insuficiência renal- Edema pulmonar- Parada cardiovascular- Urticária- Prurido- Edema facial - laríngeo- Broncoespasmo- Colapso respiratório- Colapso circulatório- Eritema- Prurido- Febre / tremor / cefaleia- Dor articular / fadiga- Perda de apetite- Distúrbio do paladar


De acordo com declaração do Dr. Michael Forsting, presidente da Sociedade Alemã de Radiologia e especialista em tomografia computadorizada, em entrevista ao jornal Interação Diagnóstica, em agosto de 2013, a porcentagem de pessoas alérgicas a contrastes iônicos e que podem ter uma reação fatal é muito baixa. Há muito mais pessoas alérgicas a morangos ou a aspirina do que a contrastes não iônicos. O radiologista alemão destaca ainda, que é mais arriscado deixar de usar o contraste em casos em que é necessário. “A falta do contraste reduz demais a sensibilidade do exame. O risco de deixar passar algo relevante é muito maior do que o de desenvolver uma reação severa, especialmente para pessoas com doenças malignas”, afirmou.

Em relação à quantidade que pode ser administrada de meio de contraste, o Dr. Luiz Antonio Nunes de Oliveira afirma que, em geral, é utilizado 1 a 2 ml de contraste por kg/peso, quando aplicado endovenoso. “As indicações são clínicas e decididas pelo radiologista. É difícil estabelecer um valor máximo para a dose dos meios de contraste, mas há consenso de que se deva sempre utilizar a menor dose possível, considerando-se particularmente o contexto do exame, a condição clínica do paciente e a urgência do procedimento diagnóstico e/ou terapêutico. Outro aspecto importante é conhecer a função renal antes de administrar ambos os contrastes (iodado e gadolíneo) por via endovenosa”, ressalta o médico.

O coordenador da Comissão Nacional de Contrastes do CBR aponta que não há substituto ao contraste para realizar determinados exames de imagem e faz questão de ressaltar que esta substância, quando corretamente aplicada, é imprescindível à prática clínica.




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