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Negativa de novos medicamentos dificulta tratamento do Mieloma Múltiplo. Veja aqui!

28/08/2013


Com o registro negado pela Anvisa, a falta de acesso à lenalidomida prejudica 30 mil pacientes que poderiam ter sobrevida maior e com mais qualidade



A negativa de novos medicamentos para o tratamento do Mieloma Múltiplo, tipo raro de câncer do sangue que ainda não tem cura e que atinge principalmente pessoas acima de 60 anos, foi discutida durante o 6° Workshop sobre Mieloma Múltiplo e Outras Doenças Hematológicas Malignas, nos dias 16 e 17 de agosto, em Salvador (BA). A restrição do uso da lenalidomida no país pela Anvisa impede a possibilidade de aumento da expectativa de vida desses pacientes, de três para 10 anos ou mais.

Entre os assuntos discutidos no evento estão: as novidades de tratamento, os desafios, a importância do transplante de medula óssea e também a terapia ideal para a Síndrome Mielodisplásica, outro tipo de câncer raro. Ao todo, 90 especialistas estiveram presentes.

A participação internacional do evento foi representada por Sundar Jagannath, médico oncologista do Centro Médico Monte Sinai de Nova York, cuja apresentação abordou a investigação molecular do Mieloma Múltiplo com suporte para o desenvolvimento de novos fármacos. Segundo o Dr Jagannath, a “era genômica” promete descobrir novos alvos e desvendar novos mecanismos para erradicar o tumor, porém, mudanças de mutação durante o curso da doença e a heterogeneidade intraclonal ainda representam o grande desafio para chegar-se à cura.

Para Ângelo Maiolino, hematologista, presidente da Associação Ítalo Brasileira de Hematologia (AIBE) e palestrante do Workshop, o transplante de medula óssea é um elemento importante para o tratamento da doença, principalmente quando associado aos novos medicamentos que são utilizados tanto na fase pré, bem como após a intervenção. “Hoje, temos um trio, o bortezomibe, a talidomida e a lenalidomida, que juntos com o transplante triplicam a sobrevida do paciente com qualidade”.
Entre 30 e 35% dos portadores do Mieloma Múltiplo são candidatos ao procedimento de transplante, que geralmente são da faixa etária até 70 anos. Acima dessa idade, o transplante não é recomendado, e o mais indicado é a utilização de diferentes combinações dos medicamentos disponíveis.

Porém, o problema enfrentado hoje é a disponibilidade desses novos medicamentos no país, que já estão aprovados em países desenvolvidos e vêm sendo amplamente utilizados com bons resultados e comprovação científica, como a lenalidomida. “A restrição de uso é enorme e com isso, médico e paciente ficam sem uma resposta eficaz, por isso é necessária a incorporação desses novos medicamentos, inclusive, não só da lenalidomida, mas também de outras três ou quatro que fazem parte dos novíssimos medicamentos que estão em fase avançada de aplicação em outros países”, explica Maiolino.

Silvia Magalhães, médica e professora de Medicina Clínica da Universidade Federal do Ceará e palestrante do evento, abordou o tema “SMD, Síndrome Mielodisplásica”, doença para qual novos conhecimentos moleculares são acessados a cada dia para esclarecer mais sobre sua patogênese, que é heterogênea, e dar esperança de novos tratamentos mais específicos e eficazes. “Ao mesmo tempo, procuramos abordar a aplicabilidade dos atuais algoritmos de tratamento na vida real, com os recursos disponíveis para nós no Brasil. Terminamos com a discussão de um caso clínico muito ilustrativo, que nos permitiu interagir e trocar ideias com a audiência”, descreve Silvia.



Mais sobre o MM:

Neoplasia onco-hematológica, o mieloma múltiplo representa 1% de todos os tipos de câncer, sendo o segundo mais comum entre os hematológicos, atrás apenas dos linfomas não-Hodgkin. A doença surge em uma célula do sistema de defesa do organismo, chamado plasmócito, responsável pela produção dos anticorpos, as imunoglobulinas. Por alguma alteração se torna um plasmócito neoplásico e começa a proliferar, o que ocasiona o mieloma.
O arsenal terapêutico para tratamento da doença no Brasil está defasado e conta apenas com dois medicamentos, sendo que apenas um é fornecido pelo SUS (Sistema Único de Saúde), enquanto em 80 países, a doença é tratada com no mínimo cinco opções de terapias diferentes, entre elas, a lenalidomida, medicamento que proporciona melhor qualidade de vida e maior sobrevida aos pacientes.



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3) Dicas de Atividade Física, com José Carlos Altieri

4) Corrida, com Emerson Vilela

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6) Cuide da Saúde com Exercícios, com Prof. Dr. Marco Uchida

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11) Atividade Física e Musculação com Prof. Amauri Altieri




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