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Por que é difícil adotar hábitos saudáveis?

29/07/2013

O psiquiatra Flavio Gikovate fala sobre a dificuldade de se abandonar hábitos nocivos e apresenta mecanismos que auxiliam nessa transição, em busca de qualidade de vida e longevidade



Flávio Gikovate, médico psiquiatra, psicoterapeuta, conferencista e escritor, participou na quarta-feira (24/07/2013), do Seminário LIDE SAÚDE, em São Paulo, com palestra sobre Hábitos saudáveis e a dinâmica do comportamento para o prolongamento da vida. Na ocasião, o especialista apresentou para mais de 100 líderes empresariais suas teses sobre as dificuldades em se abandonar práticas consolidadas no comportamento com o objetivo de melhorar qualidade de vida e o que pode ser feito nesses casos.

Gikovate iniciou a apresentação explicando ser de conhecimento geral os hábitos saudáveis que colaboram para a longevidade. “Todos sabem que não devem fumar, beber, comer gordura e que precisam praticar esportes. No ponto de vista psicológico, devemos tomar cuidado com o descontrole agressivo e medidas autodestrutivas. Por que é tão difícil mudar? Por que tantas pessoas tentam adotar esses hábitos simples e não conseguem”, indagou o psiquiatra.

Estudos indicam que pessoas sozinhas, com menos relações interpessoais tendem a viver menos. Já as pessoas que convivem em sociedade, com vida afetiva estável, equilíbrio, delicadeza, disciplina, capacidade de tolerar os desgostos da vida, capacidade de amar, tendem a ter uma boa e longa vida. O psiquiatra destaca que “não apenas a quantidade de anos vividos é importante, mas a qualidade também deve ser observada”.

Sobre relacionamento, Gikovate afirmou que o casamento deveria unir duas pessoas inteiras, não duas metades tentando se completar. “O amor romântico, aquele que vemos nos filmes, está com os dias contados”, afirmou o médico, que acredita que relacionamentos precisam respeitar a individualidade do outro para darem certo. “Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva”, finalizou.

Segundo Gikovate, qualquer mudança é muito difícil e requer extrema atenção com as recaídas. “A capacidade de adaptação é grande, mas é no processo de transição é que encontramos resistência”, apontou. Existem muitas estratégias à disposição. No entanto, crenças herdadas de gerações anteriores dificultam que o indivíduo se acostume a novas ideias. A mudança faz com que as pessoas tenham de abandonar concepções às quais já estão condicionadas, e isso gera dúvida, desconforto, e por isso o abandono da adoção de novos padrões.

“É preciso mudar de postura, mas a tendência em repetir o condicionamento original é enorme. É fácil consolidar a mudança quando se percebe bons resultados, como escovar os dentes da forma correta e perceber melhora na gengiva, ou fazer um regime e perceber perda de peso logo no início. É impressionante como é muito mais fácil fazer novas associações do que conseguir dissociar, desfazer um condicionamento que se estabeleceu”, avaliou o psicoterapeuta.

Desfazer-se de hábitos exige disciplina, potência psíquica e força de vontade. “Deve-se levar à racionalidade e ter um empenho radical e sério. Assim, o indivíduo vence. O maior inimigo para fins de mudança é o medo”, enfatizou Gikovate, que considera que medidas radicais, como dietas restritivas, são ineficazes na troca de paradigmas em busca de mais qualidade de vida.

Ele frisou que a psiquiatria deve auxiliar os pacientes a realizarem os próprios sonhos e que a terapia ajuda as pessoas no autoconhecimento, para que se desfaçam de procedimentos nocivos e assim se tornem livres para se reinventar. Gikovate finalizou a apresentação indicando recursos como meditação, yoga e outras técnicas orientais como boas ferramentas para que o indivíduo consiga desconstruir perpetuação de comportamentos que desejam dissipar.




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