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Descoberta ajuda no tratamento de esclerose múltipla

27/06/2013



O choque é grande quando se descobre que algum familiar ou conhecido é portador de esclerose múltipla. Logo vem a cabeça a imagem de uma doença degenerativa e grave com intenso comprometimento das funções físicas e mentais. Mas será que essa imagem condiz com a realidade da doença? Vamos aprender um pouco sobre essa ainda misteriosa patologia.

A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença incurável que acomete o sistema nervoso central (SNC) e provoca dificuldades motoras e sensitivas que comprometem a qualidade de vida de seus portadores. A manifestação ocorre, em geral, em jovens de 20 a 35 anos na proporção de três mulheres para cada homem. Segundo informações do MINISTÉRIO DA SAÚDE, em 2010 a taxa de prevalência no Brasil foi de aproximadamente 15 casos para cada 100.000 habitantes


A esclerose múltipla não tem nenhuma relação com o envelhecimento. Trata-se de um problema comum em adultos jovens, na faixa de 20 a 40 anos. O maior pico é por volta dos 30 anos. Raramente pessoas na terceira idade desenvolvem a doença.


Conheça algumas manifestações clínicas comuns na esclerose múltipla:

1) Sintomas motores: perda de equilíbrio, fraqueza muscular, tremor, etc...

2) Olhos: diminuição de capacidade de enxergar com um dos olhos de evolução aguda e com dor à movimentação ocular (chamada de neurite óptica).

3) Dormência ou formigamento: dificuldade de sensibilidade em alguma região do corpo como a face, uma metade do corpo os mesmo as pernas.

4) Bexiga e intestino: dificuldade para urinar ou mesmo urgência urinária ou incontinência. Obstipação intestinal ou perda.

5) Fala e deglutição: Dificuldade de fala, mastigação ou deglutição.


A evolução da doença é variável. Existem formas mais graves e rápidas e formas mais lentas e benignas. Cada caso evolui de um jeito e o tratamento de ser, portanto, individualizado. De modo geral o paciente é intelectualmente normal e do ponto de vista motor pode, em muitos casos, manter-se independente por anos a décadas. A imagem de Esclerose Múltipla como uma doença fulminante ou rapidamente progressiva não condiz com a enorme maioria dos casos.



Pode se manifestar de 4 formas:
• Remitente-recorrente: é a manifestação clínica mais comum, são surtos que podem durar dias ou semanas e, em seguida, desaparecem.

• Progressiva-primária: apresenta uma progressão de sintomas e (sequelas) desde o seu aparecimento.

• Progressiva-secundária: pacientes que evoluíram da forma remitente-recorrente e vão piorando lenta e progressivamente.

• Progressiva-recorrente: do tipo progressiva com surtos. Desde o início da doença, mostra a progressão clara das incapacidades geradas a cada crise.



Esclerose múltipla tem cura?
Ainda não existe cura. Mas existe tratamento!! A evolução não é inexorável, a medicina detém um arsenal importante para combater e minimizar o impacto desta doença. Segundo o Dr. Leandro Teles, o tratamento tem basicamente 3 objetivos:

1- Tratar o surto = durante um surto o tratamento visa encurtar o tempo dos sintomas e reduzir a inflamação. Isso para minimizar o risco de sequelas. São utilizados principalmente os anti-inflamatórios em doses altas e dados na veia do paciente.

2- Reduzir a taxa anual de surtos = aqui entra a profilaxia ou prevenção de surtos. O paciente fora do surto agudo recebe medicamentos continuamente para evitar o aparecimento da inflamação e mudar o curso natural da doença. São geralmente usados imunomoduladores de uso subcutâneo ou intramuscular.

3- Reabilitar o paciente = uma vez ocorrido disfunções neurológicas permanentes o paciente deve entrar em um processo de reabilitação de modo a ter o melhor grau de independência e a melhor qualidade de vida. Para tal é fundamental uma rede personalizada e integrada de profissionais com fisioterapeuta, fonoaudiólogo, fisiatra, etc... .

Ainda segundo o especialista: “O tratamento medicamentoso está disponível gratuitamente na rede pública e deve ser aliado a mudanças no estilo de vida tais como: atividade física regular, evitar o tabagismo e álcool, dieta balanceada e medidas anti-stress” e conclui: “...a esclerose múltipla é uma doença neurológica tratável e compatível com uma vida plenamente produtiva e feliz. A informação é a melhor arma contra o preconceito e em prol da integração entre a sociedade e os portadores da doença”.

Novidades

Pesquisadores da Universidade de Tel Aviv encontraram conexão entre habilidades cognitivas e a massa branca no cérebro, o que pode melhorar o tratamento de esclerose múltipla, paralisia cerebral e algumas doenças psiquiátricas. A descoberta pode ajudar a corresponder terapias com as áreas afetadas do cérebro.

A massa branca, que liga as várias áreas do cérebro, é constituída por componentes que transmitem sinais elétricos entre as células nervosas. Os pesquisadores da Universidade de Tel Aviv mostraram que existe uma conexão entre os vários tipos de habilidades cognitivas e o grau de densidade de fibras na massa branca.

“Ao contrário de ressonância magnética funcional, que escaneia o cérebro enquanto o indivíduo é solicitado a executar uma tarefa, o novo método nos permite mapear a massa branca do cérebro e ver as suas várias características de acordo com as habilidades cognitivas do sujeito”, explicou Efrat Sasson, que dirigiu o estudo sob a orientação do professor Yaniv Assaf da Escola Sagol de Neurociências da Universidade de Tel Aviv.

O estudo será apresentado durante a anual "Conferência Internacional de Biotecnologia" (Biomed), que acontecerá em Tel Aviv.




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Neurologia e Saúde com Prof. Dr. Paulo Caramelli




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