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Esperança para pessoas acima de 50 anos, que sofrem com a dificuldade para enxergar!

A Doença Macular Relacionada com a Idade (DMRI) é uma doença associada ao envelhecimento. Nossa expectativa de vida que em 1950 era de 45 anos, passou em 1999 para 68.4 anos e, agora em 2012 estamos em 73 anos. Ou seja, as doenças relacionadas à longevidade estão aparecendo e sendo mais estudadas.

A DMRI reduz gradativamente a visão central, que é justamente aquela que confere nitidez e fixação das imagens. Apesar da falta de conhecimento da DMRI, esta doença é a primeira causa de cegueira em pacientes de 50 anos ou mais em países industrializados e afeta entre 25 e 30 milhões de pessoas em todo mundo.



A prevalência de DMRI é de 1, 4 milhão de pessoas (em torno de 10% da nossa população e, destes, temos dois tipos, a úmida (incidente em 10% deste 1,4 milhão de pessoas) e a seca (incidente nos 90% dos casos. Mesmo em menor número, a DMRI úmida é a forma mais séria e grave. Se caracteriza pelo crescimento anormal de vasos sanguíneos, os quais produzem extravasamento de sangue e fluído na mácula (parte da retina responsável pelo foco na visão). A DMRI úmida é associada a uma deterioração na qualidade de vida, isolamento social, depressão clínica, aumento do risco de acidentes como quedas e fraturas de quadril e a uma entrada prematura nos centros médicos.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que a DMRI úmida afete 3 milhões de pessoas em todo o mundo, representando 8,7% de todos os casos de cegueira e 50% do casos de cegueira em países industrializados. A DMRI é a 3ª causa de cegueira, após catarata e glaucoma e até 2050: estima-se que a população com DMRI seja de 46,9 milhões no mundo.

O novo medicamento, o Eylia, é o primeiro medicamento da Bayer na área de oftalmologia e combate a DMRI úmida. Foi aprovado pela ANVISA em Outubro/2012. Conhecido como anti-VEGF, Eylia impede a ligação da proteína VEGF (do inglês: Vascular Endothelial Growth Factor – Fator de Crescimento Vascular Endotelial), aumentada na DMRI, com seu receptor específico, impedindo assim a continuidade da sinalização que promove o crescimento dos novos vasos sanguíneos, provocando a diminuição de fluído e sangramentos. É desta forma que a terapia melhora a visão de pacientes com DMRI úmida. O Eylia minimiza o receptor natural do VEGF, bloqueando a sinalização do fator de crescimento e inibindo estímulo à angiogênese. Penetra em todas as camadas da retina.



Sr. Theo van der Loo
Presidente da Bayer Brasil


De acordo com Dr. Marcos Ávila, professor titular da Universidade Federal de Goiás e chefe do Departamento de Retina e Vitreo do Centro Brasileiro de Cirurgia de Olhos (CBCO) diz que “na verdade o tratamento da DMRI é um dos capítulos mais fantásticos da moderna oftalmologia. Há alguns anos, a cegueira batia à porta dos pacientes que sofriam da doença da forma úmida. Com as drogas antiogênicas, abriram-se novas perspectivas na prevenção da cegueira.”



Mesa debatedora com médicos renomados


A DMRI tem como principais fatores de risco:
1. Idade (prevalência em pessoas acima de 50 anos têm maior risco)
2. Histórico familiar
3. Sexo feminino
4. Pele clara
5. Colesterol alto
6. Hipertensão
7. Doenças cardiovasculares
8. Tabagismo (2 vezes mais chance de desenvolver a doença)
9. Obesidade
10. Álcool
11. Baixo consumo de frutas e vegetais

Um dado interessante de uma pesquisa realizada no Brasil mostrou que 54% dos entrevistados não relacionam o fumo à perda de visão! No entanto, o tabagismo aumenta em 2 vezes a chance de se desenvolver a DMRI.

Segundo Dr. Walter Takahashi (CRM 18051), Professor Associado da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Chefe do Serviço de Retina e Vítreo do Depto. de Oftalmologia da USP e Presidente da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo, são necessárias campanhas de informação para a existência dessa doença que pode ceifar a visão das pessoas. “O conhecimento prévio da doença é fundamental para que o paciente procure o oftalmologista o mais rápido possível. Na fase inicial, e possível controlar a perda de visão com medicações aplicadas ao olho”, diz o especialista.



Dr. Walter Takahashi, Médico Oftalmologista


A detecção precoce é a chave para salvar a visão. Fazer exames oculares é uma importante medida a ser tomada. Além do exame clínico, existem outros exames que ajudam a detectar a DMRI:

- Acuidade visual pela Tela de Amsler: tabela formada por linhas horizontais e verticais com um ponto central preto, sendo realizado pelo paciente semanalmente e que permite avaliar distorções visuais, como presença de áreas turvas, manchas escuras, linhas tortas, etc.



Tela de Amsler


- Angiografia Fluorescente
- Tomografia de Coerência Óptica (OCT)
- Câmera Fundus e Autofluorescência (AF)


“BATE-BOLA” com Dr. Claudio Lottenberg, Doutor em Oftalmologia, proprietário das Clínicas Lotten Eyes, Oftalmologia Clínica e Cirúrgica, Professor co-orientador do curso de Pós-Graduação em Oftalmologia da Universidade Federal de São Paulo, Professor Titular do curso do MBA em Saúde do IBMEC, em São Paulo e também Colunista de Oftalmologia do Portal Sentir Bem!



Dr. Claudio Lottenberg, Médico Oftalmologista


DEGENERAÇÃO MACULAR: “Como conhecer, como combater”

- O que é a degeneração macular e o que a doença provoca na visão do paciente?
Dr. Claudio Lottenberg:
Degeneração Macular é a lesão da mácula do olho. A mácula é a região central da retina responsável pela melhor qualidade de visão, nítida, detalhada e em cores. Sempre que queremos olhar para alguma coisa, nós utilizamos a mácula. Ela nos confere a visão central, nos dá a capacidade de leitura, ver detalhes. É a mais grave causa de perda visual central em pessoas com mais de 60 anos de idade.
Quando a mácula perde sua função há um borramento da visão ou uma distorção da imagem, das letras na região central. Isso torna impossibilitada a leitura ou a execução de qualquer trabalho minucioso (como passar linha pela agulha).

- O check-up completo pode antecipar o diagnóstico da degeneração?
Dr. Claudio Lottenberg:
Sim, através do check-up oftalmológico. O exame periódico dos olhos por um oftalmologista deve fazer parte dos cuidados gerais da saúde para a detecção de problemas antes que se tornem sérios. Isso é especialmente importante em quem tem história familiar de problemas retinianos. Quanto mais precoce o diagnóstico, mais eficiente pode ser o tratamento da degeneração.


- Existem tipos diferentes da doença?
Dr. Claudio Lottenberg:
Sim, há 2 tipos de degeneração macular mais frequentes : seca (atrófica) e úmida (exsudativa ou cistoide).
A seca é o tipo mais comum, sendo mais de 90% causada pelo envelhecimento (senil). O tecido retiniano sofre um afinamento com perda gradativa e, muitas vezes parcial, da visão A exsudativa que pode ser hemorrágica, ocorre em 10% dos casos. Vasos anômalos se formam na região macular, vazando líquido e sangue. Esse extravasamento leva à distorção da imagem, embasamento da visão e alteração das cores. A perda visual pode ocorrer de maneira bastante rápida e severa.
Às vezes a forma seca se transforma em úmida conforme vasos anormais são formados sob a mácula.

- Quais são as causas da doença?
Dr. Claudio Lottenberg:
Muitas pessoas desenvolvem a degeneração macular como parte de um processo de envelhecimento do organismo. Traumas, infecções, inflamações e altas miopias podem também lesar o tecido retiniano.
A exposição à luz solar pode danificar a mácula quando os raios ultravioletas interagem com o oxigênio, radicais livres (moléculas com pares desequilibrados de elétrons) são gerados. Estes radicais livres podem danificar as células da mácula causando a formação de toxinas (drusas) e algumas vezes o crescimento de finos vasos sanguíneos sob a mácula.

- Como se dá a evolução desta doença?
Dr. Claudio Lottenberg:
A degeneração macular pode afetar um ou os dois olhos. Na forma seca a perda de visão central é gradual; sua extensão está relacionada com a localização e quantidade de afinamento macular causado pelos depósitos amarelados. As pessoas com a forma úmida têm uma perda de visão mais rápida (semanas ou meses) por causa do rompimento de vasos ou sangramento sob a mácula.

- Quais os sintomas da degeneração macular?
Dr. Claudio Lottenberg:
A degeneração macular pode causar diferentes sintomas em diferentes pessoas. Algumas vezes, um olho é afetado, enquanto o outro permanece com boa visão durante muitos anos.
Nas fases iniciais, os sintomas podem ser bastante discretos a ponto de a pessoa ter dificuldade em perceber o problema. Quando os dois olhos são afetados, a leitura e o trabalho próximo tornam-se difíceis.

Os sintomas mais comumente encontrados são:
* as cores tornam-se pálidas,
* as palavras de um texto tornam-se borradas,
* as linhas retas tornam-se distorcidas, parecem onduladas ou trêmulas,
* percebe-se uma mancha escura ou embaçada no centro da visão,
* podemos encontrar associados a sensação de visão dupla e a visão de flashes de luz ou pontos escuros.


- Existe cura para a degeneração macular?
Dr. Claudio Lottenberg:
Existe prevenção, controle e tratamento.


- Há algum tipo de alimentação que pode ser recomendada para pacientes que desenvolvem esta doença?
Dr. Claudio Lottenberg
: Recomendações atuais relacionadas à prevenção da doença macular incluem a ingestão de uma dieta balanceada e pobre em gorduras (evitando elevados níveis de colesterol), rica em vegetais e folhas verdes tais como espinafre e couve.

- Há alguma recomendação sobre o que o paciente pode fazer para não piorar o estado da visão, como evitar raios solares, por exemplo?
Dr. Claudio Lottenberg
: Existem recomendações importantes para a prevenção e tentativa de não evolução da doença como a proteção dos olhos contra os raios ultravioletas usando lentes claras e/ou óculos escuros de sol com proteção ultravioleta (do tipo UVA/UVB ) maior que 97%.
Fazer exercícios regularmente e parar ou nunca começar a fumar também são importantes.

- Qual a importância do exame oftalmológico de rotina para a prevenção desta doença?
Dr. Claudio Lottenberg:
Os danos à visão central são irreversíveis, mas a detecção precoce da degeneração macular e os cuidados mediante supervisão de um especialista podem ajudar a controlar alguns dos efeitos e evolução da doença.




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