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Dia 12/05, foi o Dia Nacional da Fibromialgia.

Dia 12/05, foi o Dia Nacional da Fibromialgia. Veja aqui sobre estas dores, aparentemente, sem causa!


Dores agudas e intensas pelo corpo podem indicar fibromialgia

Dores prolongadas pelo corpo por mais de três meses - especialmente no pescoço, ombros e costas-, acompanhadas de cansaço, rigidez, dor de cabeça e dificuldades para dormir, podem ser sintomas de fibromialgia. Segundo o reumatologista Milton Helfenstein Jr.1, de São Paulo, o que ocorre é que o sistema de comunicação da dor nesses indivíduos trabalha de forma excessiva ou interpreta erroneamente um estímulo pouco doloroso, como sendo muito doloroso.

A doença afeta 2% da população no Brasil, atingindo principalmente mulheres entre 30 e 50 anos.

De acordo com a reumatologista Renata Ferreira Rosa, do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), a fibromialgia aparece como dor musculoesquelética e, para cada homem, cerca de 10 a 15 mulheres são atingidas.

“O quadro caracteriza-se, ao exame físico, pela presença de pontos dolorosos à palpação em locais como nuca, pescoço, cotovelos, quadris e parte interna dos joelhos”, explica.

Para o diagnóstico mais preciso, a reumatologista destaca que há um padrão, estabelecido pelo Comitê Americano em 1990, no qual 18 pontos do corpo são avaliados, e quando o paciente refere dor em 11 desses pontos, a doença é identificada.

“É necessário que a dor seja acima, abaixo ou em ambos os lados da cintura, com ao menos três meses de duração e comprometimento de um segmento da coluna”, completa.

Renata salienta que o tratamento pode envolver outras especialidades, como psiquiatria e neurologia, porque os sintomas da fibromialgia se associam a outras doenças, como ansiedade, síndrome do cólon irritável e até depressão.

”O ideal é combinar tratamento farmacológico, como analgésico e antidepressivo, com exercício físico. Este proporciona resultados, os pacientes referem alívio e melhora do cansaço e, especialmente, da qualidade de vida”, completa.


Quando a dor pode prejudicar relacionamentos

“Pessoas que convivem com fibromiálgicos podem ter dificuldade de aceitar suas limitações, imaginando que a dor é apenas psicológica”, diz Dr. Milton, reumatologista. “Mas elas são verdadeiras e percebidas com moderada ou forte intensidade, fazendo com que um estímulo leve seja sentido como doloroso”, explica Helfenstein Jr. De fato, é difícil para o paciente lidar com as queixas de pessoas mais próximas, já que ele não consegue provar a doença por meio de exames, radiografias etc. O relacionamento tende a piorar ainda mais quando há dias em que o indivíduo se mostra funcional e, nos seguintes, sente dores e demais sintomas muito desconfortáveis.

Outro fator que deve ser levado em conta é o grau de desconhecimento da síndrome, inclusive por alguns médicos. De acordo com a pesquisa “Fibromialgia: além da dor”2, conduzida pelo Instituto Harris Interactive, a pedido da Pfizer, até o momento do diagnóstico a fibromialgia é uma condição desconhecida para 70% dos pacientes brasileiros. O levantamento também destaca que, no Brasil, 98% dos pacientes concordam que a fibromialgia é uma doença que não se conhece bem, enquanto que 77% dos clínicos gerais e 84% dos especialistas acreditam que a enfermidade não é muito conhecida, inclusive, entre os próprios médicos.

Milton Helfenstein Jr. ressalta a importância da atenção aos sintomas. “São sinais que prejudicam bastante a qualidade de vida do individuo, nos âmbitos profissionais, sociais e afetivos. É fundamental que sejam bem investigados pelo médico e, a partir do diagnóstico definitivo, o círculo social do paciente precisa compreender a condição do indivíduo e aprender a lidar com isso da melhor forma possível”, orienta. Para que cônjuges, amigos e familiares saibam da complexidade dessa amplificação da dor, os termos técnicos dos sintomas são:

• Alodínia – sensação dolorosa causada por estímulos que habitualmente não causam dor, como um leve toque;
• Hiperestesias – respostas exageradas aos estímulos tácteis, como aos lençóis de cama;
• Hiperalgesia – sensibilidade exagerada a estímulos dolorosos;
• Hiperpatia – persistência da dor mesmo após a remoção do estímulo doloroso;
• Parestesias e disestesias – sensações anormais e desagradáveis descritas como formigamento, dormência, picadas.

Além da dor, os sintomas da fibromialgia envolvem cansaço, sono não reparador (diversos distúrbios do sono que fazem o paciente sair da cama cansado), distúrbios de concentração e memória, e até cefaleia, tontura, sensação de inchaço, palpitação, dormências nos membros e transtornos do humor. Apesar da alta prevalência em mulheres da faixa etária de 30 a 60 anos, a doença também atinge homens e jovens. “Existem casos de filhos de mulheres fibromiálgicas apresentarem os sintomas da doença antes mesmo dos 18 anos”, relata o reumatologista. “O que se sabe é que a doença é oito vezes mais frequente em mulheres do que em homens e, em número de pessoas atingidas, a prevalência chega até 10% em alguns países e 2,5% da população brasileira”.

Clima úmido, tensão, sedentarismo, postura incorreta, depressão, ansiedade e problemas emocionais são alguns dos fatores que contribuem para o agravamento do quadro da fibromialgia. “Por conta de todos esses fatores, é essencial que aqueles que convivem com fibromiálgicos tenham uma postura positiva. Isso ajuda tanto os pacientes, que se sentem mais motivados a seguir as orientações médicas, quanto o próprio relacionamento, evitando desgastes que podem contribuir para a piora do quadro”, alerta Helfenstein Jr.

Para ajudar a lidar com a fibromialgia, o tratamento precisa ser multidisciplinar e acompanhado pelo médico. Entre as opções de terapias farmacológicas, existem medicamentos que ajudam no controle dos sintomas, como analgésicos e relaxantes musculares. Utilizam-se ainda antidepressivos e neuromoduladores – nesta classe, existe Lyrica (pregabalina), que atua diminuindo o excesso de mensagens de dor transmitidas dos nervos para o cérebro e, além de amenizar a dor, melhora a qualidade do sono do paciente e reduz a ansiedade. Vale ressaltar que o paciente deve sempre consultar um médico para fazer o diagnóstico correto e indicar o tratamento mais adequado para cada caso.

O reumatologista reforça ainda a necessidade da prática de atividades físicas como caminhada, hidroginástica, natação e alongamentos, tanto para obter um condicionamento físico quanto para perder ou manter o peso adequado. Atividades como essas podem ser feitas isoladamente ou em grupo. “A fibromialgia não é um motivo para o paciente se isolar socialmente. Tudo é uma questão de compreensão, mudança de estilo de vida, atitude positiva, além do acompanhamento médico e aderência ao tratamento recomendado”, conclui.



Referências:
1. Milton Helfenstein Jr. é reumatologista e assistente doutor da disciplina de reumatologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

2. Pesquisa “Fibromialgia: Além da Dor”, encomendada em 2011 pela Pfizer e realizada pelo Instituto Harris Interactive no Brasil, México e Venezuela, com 904 participantes: 604 clínicos gerais e especialistas (reumatologistas, neurologistas, psiquiatras, especialistas em dor) e 300 pacientes.




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