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Substância presente em gomas de mascar sem açúcar pode ajudar a prevenir cáries, diz especialista dos EUA

Edulcorantes presentes em gomas de mascar sem açúcar, como o sorbitol, podem auxiliar na prevenção de cáries, afirma o estudo realizado pela pesquisadora e professora associada da Harvard School of Dental Medicine, Catherine Hayes. A pesquisa foi publicada no último dia 12, no site do Instituto Nacional de Pesquisa Dentária e Crânio-facial dos Estados Unidos (NIDCR).

No relatório, Hayes fez uma revisão de 14 estudos clínicos que avaliaram os efeitos do sorbitol quanto à incidência de cáries, realizados entre 1966 e 2001. Esses estudos demonstraram uma consistente diminuição de cáries dentais, que varia entre 30% e 60% entre os participantes da pesquisa que utilizaram gomas de mascar ou cremes dentais com edulcorantes em sua fórmula.

Há vários estudos clínicos que investigam a relação da diminuição das cáries com o uso de gomas de mascar sem açúcar. Ainda de acordo com a pesquisadora americana, esses confeitos podem auxiliar na manutenção da higiene bucal por dois fatores principais: diminuição na produção de ácido lático e aumento da salivação, o que faz com que o ácido se acumule na placa bacteriana; e aumento da salivação, o que facilitaria na remoção das partículas de açúcar da boca.

Uma das pesquisas clínicas citadas por Hayes foi realizada em Belize, entre os anos de 1989 e 1993. No experimento, 1.277 crianças, com idade média de 10 anos, foram escolhidas aleatoriamente e divididas grupos. Os grupos recebiam dois tipos diferentes de gomas de mascar para consumo: um tipo com edulcorantes, e outro, com açúcar. As marcas das gomas utilizadas não foram identificadas e, durante 200 dias letivos, as crianças eram estimuladas a mascar, durante cinco minutos, as gomas que recebiam. Além disso, também foram instruídas a utilizar os produtos no período de férias escolares.

Após o fim da pesquisa, as crianças foram avaliadas por quatro dentistas que fizeram o diagnóstico da existência de cáries bucais, baseados nas definições propostas pela ONU (Organização Mundial da Saúde), em três períodos diferentes: 12 meses, 28 meses e 40 meses após o início do consumo da goma. Houve significativas reduções nos índices da existência de cáries em grupos que consumiram gomas de mascar com sorbitol e outros edulcorantes, e um pequeno aumento do índice de cáries entre as crianças que utilizaram os confeitos com açúcar.

De acordo com Hayes, todas as pesquisas analisadas demonstram que edulcorantes, como o sorbitol, auxiliam na redução dos índices de aparecimento de cáries.

GLOSSÁRIO

Edulcorantes – substâncias orgânicas naturais ou artificiais, que têm como função conferir sabor doce aos alimentos.

Sorbitol – edulcorante natural muito utilizado como agente de corpo em produtos alimentícios dietéticos. Em escala industrial é extraído a partir da dextrose do milho. Seu poder adoçante é de 50% em relação ao açúcar de mesa (sacarose). Não provoca cáries e fornece 2,4 kcal por grama. Pertence ao grupo dos polióis.

Sobre a goma de mascar

Os primeiros registros do uso da goma de mascar aparecem ainda na Antiguidade. Nessa época, os gregos utilizavam uma espécie de resina como “goma”, retirada do maxixe. O médico e botânico grego Discórides (séc. 1 d.C), foi o primeiro a mencionar as propriedades “curativas” em se mascar a resina. O costume também foi registrado entre os maias, que usavam a resina extraída da árvore do sapoti para mascar, no século 2.

A difusão do hábito de se mascar gomas no mundo ocidental aconteceu a partir de 1850, quando o jovem fotógrafo Thomas Adams fez uma parceria com Antonio Lopez de Santa Anna –ex-presidente mexicano exilado dos Estados Unidos– que mudaria para sempre os rumos da indústria de confeitos do mundo. Adams era inventor nas horas vagas. Isso incentivou Santa Anna a sugerir para o jovem fotógrafo a tentativa de criar um pneu feito da resina retirada da árvore do sapoti. O projeto de fabricar pneus, entretanto, deu totalmente errado, já que a goma usada era muito mole.

Um dia, ao entrar em uma farmácia, Adams observou que uma criança havia comprado goma de parafina para mascar. Imediatamente, pensou em usar a resina que tinha em casa para fabricar algo que pudesse ser mascado, e que fosse mais macio que a parafina. Preparou a massa, cortou em pequenos pedaços, e vendeu na mesma farmácia, onde vira a garotinha que havia lhe inspirado. Rapidamente, as 200 primeiras unidades –comercializadas a 1 centavo de dólar cada– foram vendidas. Logo as gomas ganharam um rótulo que dizia “Goma Adams de Nova Iorque –estala e estica”. Assim começava a comercialização de um dos produtos alimentícios mais consumidos e adorados do século 20: a goma de mascar.




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