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Pesquisa relaciona dor crônica da coluna e depressão

No mês em que se comemora o Dia Mundial da Coluna (16 de outubro) o Instituto de Patologia da Coluna de São Paulo divulga uma pesquisa inédita realizada no Brasil, relacionando dores crônicas da coluna e depressão.

O objetivo da pesquisa, que foi publicada em junho desse ano, foi descrever as condições psicológicas dos pacientes no momento da indicação cirúrgica. Para a avaliação foram escolhidos pacientes com faixa etária entre 23 e 65 anos, que sofriam com dor lombar crônica causada por discopatia degenerativa.

Segundo o neurocirurgião Dr. Luiz Pimenta, atual presidente da Sociedade Mundial de Coluna e coordenador da pesquisa, nas síndromes de dor crônica, incluindo as dores na coluna, existe alta prevalência de alterações emocionais, como quadros de depressão e ansiedade. A conclusão do estudo é que pessoas que sofrem de dor crônica na coluna podem acabar desenvolvendo sintomas depressivos.

Na pesquisa foi evidenciada uma alta prevalência de alterações psicológicas nos pacientes: foi constatado que 50% dos pacientes com dor estão em quadro depressivo, 54% em quadro de ansiedade e 22% em quadro de desesperança. Além disso, foi possível evidenciar altos índices de afastamento do trabalho por invalidez física e correlação da presença de ansiedade e/ou depressão com casos em que haviam expectativas deturpadas quanto ao resultado cirúrgico.

"O processo de desenvolvimento de depressão no contexto da dor não é totalmente esclarecido, mas a hipótese tem sido de que uma combinação de restrição física e consequências similares de se viver com dor resultam em um sentimento de perda, que impacta o humor e o estado mental."- explica a psicóloga Vivian Amaral que fez parte da pesquisa.

A psicóloga explica ainda que os pacientes se culpam e acreditam que se não melhorarem fisicamente, é porque de alguma forma são responsáveis, o que leva a um sofrimento ainda maior, criando um círculo vicioso.

As conclusões da pesquisa é que a dor lombar crônica é acompanhada de quadros de dor e de alterações psicológicas, como ansiedade, depressão e desesperança. Esses parâmetros evidenciam a necessidade de avaliação psicológica pré-cirúrgica e acompanhamento posterior, visando à reabilitação adequada do paciente.

Referências pesquisa: Amaral V, Marchi L, Oliveira L, et al. Prevalence and relationship of emotional and clinical factors in patients with degenerative disc disease. Coluna/Columna 2010;9:150-6.





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