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Tratamento eficaz para infecção urinária

Infecções do trato urinário estão entre os mais frequentes em mulheres. Um estudo coordenado pelo Prof. Kurt Naber, da Universidade Técnica de Munich, da Alemanha, desenvolvido em nove países, incluindo o Brasil, mostrou que a fosfomicina é o antibiótico que possui menor taxa de resistência bacteriana entre todos os testados. Foram avaliadas 4.264 mulheres, sendo mais de 500 brasileiras, com infecção urinária. As pacientes foram diagnosticadas clínica e laboratorialmente e o tratamento foi ministrado em dose única de 3 g de fosfomicina trometamol por via oral.

Com isso, obteve-se 96,4% de cura das pacientes, sendo que os sintomas desapareceram até o terceiro dia após a administração do antibiótico. O tratamento apresentou baixa incidência de efeitos colaterais, sempre de caráter leve. Além disso, a praticidade da dose única é foi um fator importante na adesão do paciente à posologia. As conclusões foram apresentadas pelo próprio Dr. Naber, acompanhado dos especialistas brasileiros Luis Seabra Rios e Ariel Scafuri, no XII Congresso Paulista de Urologia, o maior evento da área na América Latina em 2012, que foi no último dia 05 de setembro, em São Paulo.

O estudo avaliou quais eram as bactérias mais evidentes nas infecções urinárias e quais os antibióticos eram capazes de combatê-las. Em tempos atuais, em que as bactérias desenvolveram um elevado grau de resistência, os mais eficazes foram a fosfomicina trometamol (97%) e o menicilinam (95%), este último não disponível no Brasil. Os mais prescritos por aqui, como os da classe das quinolonas, apresentaram taxas de sensibilidade ao redor de apenas 90% e o mais popular, sulfametoxazol-trimetoprima, ao redor de apenas 55%.

Naber irá expor também os resultados da última reunião do Consenso Europeu sobre o tratamento das infecções urinárias que definiu as diretrizes de seu tratamento, que citou a fosfomicina trometamol no grupo de antibióticos com o mais alto nível de recomendação, sendo esta a única com tratamento da infecção urinária em dose única. A Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP) recomenda por meio de uma nova Diretriz Médica a utilização de Fosfomicina Tromental no tratamento de combate a cistite, nome dado à inflamação da bexiga, desencadeada por bactérias do trato gastrointestinal que se proliferam na região do períneo e atinge cerca de 35% da população feminina em idade fértil.

A cistite ou infecção do trato urinário baixo é a segunda causa de infecção no ser humano, sendo que a primeira causa é a do trato respiratório. Nos Estados Unidos, estima-se que ocorram sete milhões de casos ao ano. A doença ocorre em 30% das mulheres entre 20 e 40 anos de idade, podendo acontecer em um único episódio ou aparecer em infecções de repetição, e são geralmente causadas por enterobactérias aeróbicas. Nas cistites agudas sintomáticas existe uma nítida predominância do micróbio E. coli como agente etiopatogênico.

As pacientes que apresentaram uma taxa de mais de duas infecções por ano tem grande probabilidade a ter quadros recorrentes. As sociedades médicas definem cistite recorrente como sendo a apresentação de dois episódios em seis meses ou três episódios em um ano. Nestes casos é recomendável uma terapia preventiva de longa duração, por seis meses a um ano. Na última década, agentes antibióticos como sulfametoxazol-trimetoprim, nitrofurantoína e quinolonas provaram-se eficientes no tratamento profilático de longa duração das cistites recorrentes. Entretanto, a emergência de cepas de bactérias urinárias resistentes a estas drogas representa uma preocupação. Nos Estados Unidos, mais de 20% a 25% das cepas de E. coli responsáveis por casos de cistite mostraram oposição contra amoxicilina, cefalexina e sulfas. A resistência à combinação de sulfametoxazol-trimetoprim está se aproximando desse nível. Uma percentagem significativa de cepas uropatogênicas de E. coli resistentes às quinolonas já foi isolada em diversas regiões do mundo.

A fosfomicina também recebeu o grau máximo de recomendação na última diretriz europeia na qual participou (2011), sendo que dos antibióticos recomendados é o que oferece maior comodidade na posologia, ou seja, uma dose a cada 10 dias, por 6 meses. Até então, o antibiótico mais prescrito nesta condição era a nitrofurantoína, medicamento que possui conhecidos efeitos colaterais gastrintestinais e pulmonares, em que a posologia é de 1 comprimido por dia por seis meses.

Veja mais sobre o assunto em nossa coluna de Urologia e Saúde com Dr. Antonio Otero Gil




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