Novidades
Curso inédito no Brasil, será ministrado com uso de homem virtual em 3D

Imagens de ficção científica saem das telas de cinema para se integrarem perfeitamente em salas de aula virtuais voltadas para a formação de profissionais e estudantes na interpretação dos eletrocardiogramas, este exame básico que, ainda hoje, é o campeão no diagnóstico inicial de problemas cardíacos como infarto e arritmia.

Como o impulso contínuo da rede elétrica que permeia o coração desencadeia a contração muscular do miocárdio, mantendo o fluxo de sangue para todo o organismo? De que forma essa cascata eletrofisiológica, que mantém o coração em movimento, é captada por eletrodos e fios e traduzida graficamente, em tempo real, de maneira a ser compreendida pelos especialistas que a leem? É possível ver tudo isso a olho nu, acontecendo ao mesmo tempo, como se o corpo humano não tivesse as barreiras da pele e dos músculos? Sim, todas essas questões podem ser agora melhor compreendidas. Isso porque, pela primeira vez no Brasil, um curso de formação em saúde utilizará a tecnologia 3D acoplada ao homem virtual, como recurso para otimizar o aprendizado de profissionais e de estudantes de medicina de qualquer especialidade, tanto à distância, pela internet, quanto na sala de aula.

O Curso Anual de Eletrocardiologia do Incor, que acontecerá de 2 de abril a 10 de dezembro de 2012, sempre às segundas-feiras, das 11h30 às 13h, é promovido pelo Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP há 16 anos.

Mas agora a parceria com a Escola de Educação Permanente do Complexo Hospital das Clínicas da Faculdade da Medicina (FMUSP) e com o Departamento de Telemedicina da mesma Faculdade está elevando o curso ao patamar dos efeitos especiais dignas das melhores produções holywoodianas.

“É um recurso revolucionário para professores e alunos”, diz o dr. Carlos Alberto Pastore, cardiologista do Incor e coordenador do curso. “O que antes demorava horas para ser explicado e assimilado, hoje pode ser entendido e retido em poucos minutos”. O homem virtual consiste na reprodução do corpo humano com computação gráfica, de maneira a gerar, em tempo real, uma imagem fidedigna da constituição e funcionamento do organismo humano.

Além do recurso 3D aplicado ao homem virtual, o Curso Anual de Eletrocardiologia do Incor traz outra novidade: a implementação de discussão de casos clínicos com traçados de eletrocardiograma em rede social educacional, restrita a professores e alunos.

EXAME CENTENÁRIO É BARATO, ACESSÍVEL E EFICAZ

A cada ano, cerca de 140 mil pessoas morrem de doenças do coração no Brasil, segundo dados da OMS – Organização Mundial da Saúde. Cerca de 90% dessas mortes, inclusive as decorrentes de mal súbito, poderiam ser evitadas com o diagnóstico básico de um simples eletrocardiograma, seguido de tratamento e acompanhamento médicos adequados.

“Uma boa consulta cardiológica e um eletrocardiograma bem interpretado podem diagnosticar mais de 90% dos problemas cardíacos, poupando milhares de vidas”, diz Pastore.

Entre 70% e 80% das arritmias cardíacas e dos infartos agudos do miocárdio podem ser facilmente diagnosticados com o eletrocardiograma, aparelho de fácil acesso a clínicas e hospitais primários em qualquer região do País, já que têm, comparados ao rol dos altos custos da medicina moderna, um preço extremamente baixo – entre R$ 10,00 e R$ 40,00 o exame.

Desenvolvimentos recentes na técnica detectam problemas congênitos no sistema elétrico do coração, passíveis de complicações futuras e até mesmo de morte súbita, cujo diagnóstico era impossível há alguns anos.

Apesar de seu potencial, o método ainda é pouco explorado pelos médicos que, muitas vezes, desconhecem tanto sua aplicação básica quanto as mais complexas. Embora não haja números oficiais sobre o assunto, não são raros os casos de infartos não diagnosticados nos serviços de emergência devido à leitura incorreta do exame, explica o especialista do Incor.

“Para aumentar a eficácia em sua aplicação no País, precisamos ter na ponta do sistema de saúde pública profissionais adequadamente treinados para seu uso nas mais diversas modalidades”, avalia o médico.

COMO FUNCIONA O ELETROCARDIOGRAMA

O eletrocardiograma é um exame capaz de detectar a atividade elétrica do coração. Doenças que lesam o músculo cardíaco, como o infarto e a insuficiência cardíaca de diferentes causas, alteram a complexa rede de impulsos elétricos responsáveis pelo movimento de contração e repouso do órgão e, consequentemente, pela eficiência de seus batimentos no esforço de bombear o sangue para o corpo. Surgem assim as arritmias cardíacas e as paradas cardiorrespiratórias.

Algumas doenças congênitas e assintomáticas – como o QT longo, a displasia do ventrículo direito e a síndrome de Wolff Parkinson White - relacionadas ao sistema elétrico do coração também podem ser diagnosticadas pelo eletrocardiograma.
Embora atinjam menos de 1% da população, essas doenças cardíacas podem ser altamente letais, levando à morte súbita por arritmia quando conjugadas ao uso de medicamentos comuns, como antibióticos, antialérgicos, antidepressivos e os próprios antiarrítmicos. Nos últimos anos, estudos eletrocardiográficos comprovaram essa associação perversa, levando à retirada de diversas drogas do mercado. “Além dessas medidas, é fundamental que os doentes de risco sejam detectados antes de se exporem a qualquer medicamento”, diz Pastore.

POTENCIAL INESGOTÁVEL

Nessa direção, ao longo de mais 100 anos, o eletrocardiograma vem se especializando em diversas técnicas apropriadas para o estudo da atividade elétrica do coração em situações específicas – holter para avaliação das arritmias durante 24 horas; teste ergométrico, monitorando o coração durante o exercício físico; looper, para captação de eventos esporádicos das arritmias; eletrocardiograma de alta resolução e mapeamento eletrocardiográfico de superfície. “A cada dia descobrimos uma nova leitura para detecção de problemas específicos da atividade elétrica do coração”, diz o doutor.


SERVIÇO

CURSO ANUAL DE ELETROCARDIOLOGIA DO INCOR


Realização: Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP

Apoio: Escola de Educação Permanente do Complexo Hospital das Clínicas da Faculdade da Medicina (FMUSP) e Departamento de Telemedicina da FMUSP

Modalidades: à distância, pela Internet, ou presencial, na Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 44 – Cerqueira César – São Paulo / SP

Inscrição: até 30 de abril de 2012.

Duração: 2 de abril a 10 de dezembro de 2012, sempre às segundas-feiras, das 11h30 às 13h

Investimento: R$ 750,00

Informações e inscrições: www.incor.usp.br , seção Telemedicina.









Veja mais

Conheça cinco motivos para não tirar cutículas

5 Fatos que todos devem saber sobre HEMORROIDAS

Dia Mundial do Coração em 29/09: a cada 40 segundos um brasileiro morre devido a doenças cardiovasculares

AACD celebra 66 anos e promove evento sobre empreendedorismo e superação. Veja aqui como comprar seu convite!

31/05: 5º FÓRUM DA SAÚDE E BEM-ESTAR



Clique aqui e veja todas as matérias

Encontre os melhores preços de medicamentos e leia bulas