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Pesquisa analisa o risco de morte súbita em corredores de maratona

Pesquisa recente publicada no “New England Journal of Medicine” tranquiliza a respeito de riscos cardíacos em quem pratica maratonas ou meias maratonas. “Trata-se de um estudo muito sério, que confirma que a atividade competitiva pode trazer alterações nem sempre benéficas ao coração, mas o risco absoluto não é tão grande quanto parecia”, diz o cardiologista e ritmologista da SOBRAC (Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas) Leandro Zimerman. “O grande problema ainda é o excesso”, completa.

A pesquisa Cardiac Arrest during Long-Distance Running Races foi conduzida pelo cardiologista Aaron Baggish, diretor do Programa de Desempenho Cardiovascular do Massachusetts General Hospital, que avaliou quase 11 milhões de corredores inscritos nas maratonas dos Estados Unidos, entre 2000 a 2010.

Em uma análise da pesquisa, Zimerman aponta que se deve prestar atenção aos excessos. “Toda atividade física regular é amplamente positiva e recomendada. Mas o próprio artigo mostra que no esforço maior (correr maratonas) há mais risco do que no menor (correr meia maratona)”, argumenta o cardiologista e ritmologista da SOBRAC. Além disto, Zimerman explica que há um risco maior para pessoas com histórico de doença arterial coronariana.

Embora o artigo seja revelador do ponto de análise mais quantitativo do que qualitativo, a recomendação do cardiologista Leandro Zimerman é de que os maratonistas devem estar bem preparados e avaliados, pois o esforço é grande durante a atividade. “Exercícios de alta intensidade aumentam as chances de ocorrências de arritmias cardíacas e morte súbita, pois o treinamento intenso de longo prazo altera a estrutura do coração. A pesquisa diz que o risco de morte súbita não é tão grande quanto estava se supondo até então, mas mesmo assim, o risco existe”, revela. “O maior número de casos que aparece noticiado em todo o mundo parece se dever ao grande aumento do número de praticantes de corridas de longa distância, e não a um aumento do risco”.

Em todo mundo, há a exigência de atestado de liberação médica para a participação nas grandes maratonas. Para a prática esportiva comum, de fim de semana, Zimerman recomenda uma avaliação médica anual, enquanto que para corredores praticantes, a avaliação médica e um treinamento adequado são imprescindíveis.

A pesquisa
O artigo “Cardiac Arrest during Long-Distance Running Races” foi baseado em dados coletados após avaliação de maratonistas dos Estados Unidos, entre os anos de 2000 a 2010, com quase 11 milhões de corredores inscritos nas provas analisadas.

Houve 59 paradas cardíacas, 40 em maratonas e 19 em meias maratonas (risco de 0,54 por 100 mil corredores). Do total, mais de 85% das vítimas eram homens, e 71% dos casos foram fatais.


Mais informações sobre a pesquisa Cardiac Arrest during Long-Distance Running Races:
http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa1106468?query=featured_home&.




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