Casos de hepatite A aumentam no verão Adultos e crianças devem tomar a vacina para se prevenir e ter cuidado com água e alimentos contaminados Degustar frutos do mar na beira da praia parece uma combinação perfeita, mas é preciso tomar cuidado. “Eles são potenciais transmissores da hepatite A por concentrarem o vírus durante a filtragem de água contaminada”, alerta a médica Isabella Ballalai, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim). Como a doença apresenta maior incidência no verão, é importante se prevenir contra o vírus, para que as férias e o lazer não se transformem em uma grande dor de cabeça. A hepatite A é transmitida através do contato com água e alimentos contaminados por coliformes fecais. De acordo com os especialistas, a vacinação é o primeiro passo para não ter que abrir mão dos prazeres desta época. Os principais sintomas da doença são febre, perda de apetite, náuseas, vômitos, mal-estar e dor de cabeça. “Em casos mais graves, ela pode evoluir para a icterícia, processo em que o paciente fica com os olhos e a pele amarelados, e apresenta fezes claras e a urina escura”, explica Isabella Ballalai. Por isso, a melhor saída é tomar a vacina intramuscular contra a hepatite A, encontrada em clínicas particulares. Ela está disponível na rede pública somente em casos de surtos em comunidades fechadas, como escolas e hospitais. “Precauções quanto ao consumo de alimentos de origem duvidosa, vendidos por ambulantes, e lavar as embalagens de água e refrigerante são atitudes recomendadas. Para manter o vírus da doença bem longe, também são indicados comer frutas e legumes bem lavados e conhecer a qualidade da água antes de mergulhar em rios, lagoas e piscinas”, explica Ballalai. Incidência da doença é maior na fase adulta, quando a hepatite A é mais severa Por conta da melhoria das condições sanitárias, caiu consideravelmente o percentual de infecção pela doença antes dos 5 anos de idade. "Apenas de 17% a 30% dos brasileiros da região sudeste se imunizam naturalmente contra a hepatite A durante a infância. Isso significa que 70% a 83% da população permanece suscetível à infecção pelo vírus na fase adulta, quando a doença se manifesta de forma mais grave. É importante destacar que a hepatite A é uma das maiores causas de falência do fígado com indicação de transplante. A vacina é, sem dúvida, a melhor forma de prevenção”, ressalta Ballalai. São indicadas duas doses da vacina. Para adultos, a segunda dose deve ser aplicada seis meses após a primeira. As crianças a partir do primeiro ano de vida já podem ser protegidas e a segunda dose, assim como nos adultos, deve ser aplicada seis meses depois. “Quem ainda não se vacinou contra a hepatite B pode aproveitar e se imunizar contra as duas formas com a vacina combinada”, aconselha a diretora da Sbim. Nesse caso, são necessárias três doses: a segunda um mês depois da primeira, e a terceira dose cinco meses após a segunda. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) mobiliza a população para medidas mais imediatas - vacinação de bloqueio - apenas em casos de surtos. “As vacinas registradas no Brasil são eficazes e seguras”, diz a especialista Isabella Ballalai. INFORMAÇÕES ADICIONAIS: Principais sinais e sintomas da hepatite A em adolescentes e adultos (percentuais por ocorrência) Icterícia - de 40% a 80%* Cefaléia - de 19% a 73% Dor abdominal - de 26% a 54% Náuseas e vômitos - de 67% a 79% Febre - de 18% a 58% Urina escura - de 68% a 94% Mal-estar - de 76% a 80% Anorexia - de 71% a 85% * Em menores de 6 anos ocorre em menos de 10% dos casos Letalidade da hepatite A Enquanto em menores de 5 anos a doença apresenta um índice de letalidade de 3 em cada 1 mil ocorrências, em maiores de 49 anos esse índice sobe para 17,5 em cada 1 mil ocorrências. Prevenção é importante! 10 dicas importantes para evitar a doença 1. Vacine-se; 2. Lave sempre as mãos com água e sabão antes do preparado dos alimentos; 3. Consuma bebidas engarrafadas ou enlatadas industrialmente; 4. Não beba água mineral, refrigerantes ou cerveja diretamente de latas ou garrafas sem lavá-las adequadamente; 5. Utilize canudo plástico ou copo limpo; 6. Coma alimentos cozidos ou fervidos, preparados na hora do consumo; 7. Evite comer frutos do mar na beira da praia e em locais onde as condições de higiene sejam suspeitas; 8. Não consuma alimentos mal cozidos e preparados à base de ovos (como maionese caseira), molhos, sobremesas tipo mousse, sucos, sorvetes e gelo vendidos na rua; 9. Não consuma bebidas, sucos, sorvetes, gelo ou qualquer tipo de alimento adquirido de vendedores ambulantes; 10. Evite legumes e frutas cruas que não possam ser descascados ou desinfetados no momento do consumo. Os legumes são facilmente contaminados e difíceis de lavar. | |
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