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Aborto de repetição pode ser tratado com vacinas

O primeiro estudo brasileiro que mapeou as causas possíveis de aborto espontâneo recorrente, realizado no Ambulatório de Perdas Gestacionais CAISM/UNICAMP, foi publicado na última edição do ano do São Paulo Medical Journal, revista científica publicada pela Associação Paulista de Medicina. O estudo analisou 246 prontuários médicos de mulheres com três ou mais perdas espontâneas sucessivas atendidas pelo ambulatório entre 1994 e 2003. A maioria das mulheres tinha entre 30 e 34 anos. O abortamento freqüente está relacionado com alterações imunológicas, genéticas, anatômicas, hormonais, infecciosas e outras ainda não totalmente mapeadas.

No grupo de mulheres que evoluíram para o aborto no período estudado, a causa mais freqüente da perda foi o fator imunológico, principalmente o aloimune (93,9%), processo de rejeição do feto pelo sistema imunológico da mãe por falta ou baixa produção de anticorpos bloqueadores que protegem as células embrionárias. Outro fator que aumenta a chance de aborto é o autoimune. Mulheres com 40 anos ou mais apresentaram a mais alta taxa de aborto espontâneo e o pior prognóstico gestacional. “A idade da mulher, a presença de fatores imunológicos e a associação de dois ou mais fatores conferiram o pior prognóstico gestacional às mulheres avaliadas”, ressalta o médico e professor Ricardo Barini, coordenador do Ambulatório de Aborto Recorrente da Divisão de Reprodução Humana, Departamento de Tocoginecologia da UNICAMP.

Ele explica como o fator imunológico dificulta a chance de uma gravidez bem sucedida. “Há casais que formam um par inadequado do ponto de vista imunológico e produzem embriões que são interpretados pelo organismo da mulher com objetos estranhos ao seu corpo. Estes embriões são eliminados e, a cada nova tentativa de gravidez, estas alterações são agravadas. Isto ocorre mesmo quando belos embriões são produzidos nos tubos de ensaio em fertilizações in vitro”, diz o médico. O primeiro passo é ealizar um rastreamento diagnóstico para identificar possíveis causas do erro biológico. “É preciso também ajudá-las a compreender seu problema e oferecer o tratamento imunológico adequado”, afirma o professor livre docente da disciplina de Obstetrícia da UNICAMP.

O Dr. Barini foi pioneiro há 14 anos no Brasil – na Unicamp e na clínica privada – na introdução de vacinas que corrigem o fator imunológico, com índice de sucesso (gravidez) em 83% dos casais. Além da Clínica Barini, em Campinas, e do ambulatório na UNICAMP, ele inaugurou no ano passado, em São Paulo (na Vila Olímpia), uma clínica estruturada para o atendimento inicial do casal, coleta de material para averiguação das causas e tratamento das mulheres com aborto de repetição e dificuldade para engravidar por fator imunológico associado.




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