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Mais da metade da população brasileira sofre de lombalgia

Doença afeta pessoas de todas as idades, é responsável pelos maiores índices de afastamento do trabalho e atinge níveis epidêmicos na população em geral. Especialista alerta para que a lombalgia seja tratada como problema de saúde pública

A dor lombar crônica, popularmente conhecida como lombalgia, é uma das queixas mais comuns da população e a segunda doença de maior incidência mundial, perdendo apenas para o resfriado. A dor lombar é considerada crônica quando a mesma persiste por mais de 3 meses (ou 12 semanas). O impacto socioeconômico da doença é substancial, sendo considerada a causa mais frequente de incapacidade em pessoas de menos de 45 anos. Na maioria dos casos, a dor lombar crônica é de etiologia inespecífica, embora fatores funcionais e mecânicos possam contribuir para o desenvolvimento da doença. A prevenção, diagnóstico e tratamento adequado são fundamentais para garantir qualidade de vida e evitar o comprometimento funcional.

Só no Brasil, cerca de 10 milhões de pessoas apresentam incapacidade associada à dor lombar e pelo menos 70% da população terá algum episódio dessa condição ao longo da vida. “Quando estudamos as dores lombares crônicas, vemos que atingem níveis epidêmicos na população em geral e devem ser tratadas como um problema de saúde pública”, diz Patrick Stump, fisiatra do Instituto Lauro de Souza Lima e do Grupo de Dor da Neurologia do Hospital das Clínicas da FMUSP. O especialista explica que esta é uma das principais causas de absenteísmo nos locais de trabalho e afeta mais da metade da população em alguma época de sua vida produtiva.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), até 70% das pessoas com mais de 40 anos apresentam algum problema de coluna e esse número sobe para 80 a 90% na população acima de 50 anos. O número de pessoas com queixa de lombalgia vem acompanhando o aumento na longevidade da população e as pessoas estão chegando a idades mais altas com a mente e o coração saudáveis.

Diante deste cenário, torna-se crucial haver uma reeducação da população a respeito da doença. Apesar de não existir cura, é possível melhorar a qualidade de vida dos pacientes com ajuda de tratamentos e mudanças de hábitos.

Para o Dr. Stump, a dor crônica não pode ser avaliada apenas clinicamente, exige uma avaliação psicológica também. “Na lombalgia há uma relação direta entre fatores musculares e psicossociais que geram condutas de fuga, medo e atrofia muscular, provocando um círculo vicioso que favorece a cronificação e a incapacidade”, complementa.

Formas de prevenção

Existem várias formas de prevenir a lombalgia. São elas:

- Evitar o excesso de peso corporal;

- Praticar exercícios físicos regularmente e de uma forma moderada;

- Manter posição correta ao dormir: dormir em colchão adequado com travesseiro que posicione corretamente a cabeça;

- Manter posição correta ao transportar objetos pesados que estejam no chão: Agachar-se dobrando os joelhos, próximo ao objeto, e pegá-lo sem inclinar a coluna. Não carregar peso excessivo;

- Manter posição correta no trabalho em escritórios: utilizar cadeiras que não reclinem para trás, com apoio para os braços, sentar usando todo encosto e os pés totalmente encostados no chão. A tela do computador deve ficar na altura dos olhos para a coluna cervical (pescoço) ficar em posição confortável;

- Uso do salto alto: o salto pode acarretar dor na coluna lombar. Deve-se ter bom senso de usar eventualmente e, caso provoque dor, evitar o uso;

- Dirigir: sempre com as costas apoiadas no banco e os braços parcialmente flexionados (não esticados totalmente);

- Gestantes: manter atividade física supervisionada e permanecer dentro do peso. Lembrar que as dores lombares em gestantes são comuns e, na maioria das vezes, não representam nenhum problema sério de coluna. Deve-se procurar um especialista em coluna para fazer o diagnóstico correto, tratamento e prevenção de novas crises.

Tratamentos

Diversos guias de tratamento recomendam o tratamento multimodal ou multidisciplinar. Também são recomendados exercícios físicos, fisioterapia, psicoterapia, particularmente terapia cognitivo-comportamental, educação sobre doença para paciente e farmacoterapia.

A duloxetina (Cymbalta®), que possui aprovação para o tratamento da dor lombar crônica, é um medicamento que atua diretamente no sistema nervoso central, responsável pela resposta ao estímulo da dor no organismo. Quando o paciente apresenta uma dor crônica, a duloxetina ajuda a equilibrar os níveis dos neurotransmissores serotonina e noradrenalina no organismo, amenizando a dor.




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