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Os perigos da automedicação

Quem nunca indicou remédios para conhecidos ou até mesmo desconhecidos ou se automedicou?


A prática é muito comum e segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas (Abifarma), todo ano cerca de 20 mil pessoas morrem no país, vítimas da automedicação. A maior incidência de problemas relacionados à prática está ligada à intoxicação e às reações de hipersensibilidade ou alergia.

Segundo a equipe médica da Toesa (twitter.com/OSalvaVidas), os sintomas mais comuns que levam a automedicação são dores de cabeça, dor muscular, cólicas, febre, inflamações, acne, congestão nasal, gripes e viroses. Os medicamentos mais comprados sem prescrição são analgésicos, antiinflamatórios, descongestionantes nasais e antialérgicos.

A mania nacional da automedicação parece simples, eficaz e de rápido alivio, mas pode ser bastante perigosa e levar a consequências graves como diagnóstico incorreto e mascaramento do distúrbio e consequentemente atraso na identificação do problema. Agravam-se ainda aspectos como dosagem incorreta do medicamento, tempo de uso insuficiente ou exagerado, risco de dependência e reações adversas.

O acompanhamento médico é fundamental para a prescrição de um medicamento, mesmo os que não têm obrigatoriedade de prescrição. O médico é o único profissional apto a avaliar as necessidades de cada paciente, considerando seu histórico de saúde, possibilidades de alergias e fatores genéticos.

Esta prática é comum também em outros países, mas é característico no Brasil um comportamento imediatista e quase cultural que implica na busca de soluções rápidas para os incômodos. Muitas vezes os sintomas podem ser apenas sinal de uma alimentação inadequada ou estresse.

Outro erro comum é basear-se em prescrição médica antiga que já resolveu o problema anteriormente, imaginando que a mesma medicação pode ter efeito similar. Agrava-se o fato de dificuldade de acesso a assistência médica, demora nas marcações de consultas, além da publicidade de medicamentos que estimulem seu consumo. As campanhas chegam a usar a frase “ao persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado”, ou seja, nas entrelinhas a campanha diz “ automedique-se e se não der certo, procure um medico.


DADOS SOBRE O USO NÃO RACIONAL DE MEDICAMENTOS

· 15% da população brasileira consome mais de 48% da produção farmacêutica.
· 25 a 70% do gasto em saúde nos países em desenvolvimento correspondem a medicamentos, em comparação a menos de 15% nos países desenvolvidos.
· 50 a-70% das consultas médicas geram prescrição medicamentosa.
· 50% de todos os medicamentos são prescritos, dispensados ou usados inadequadamente.
· 75% das prescrições com antibióticos são errôneas.
· Somente 50% dos pacientes, em média, tomam corretamente seus medicamentos.
· Cresce constantemente a resistência da maioria dos microrganismos causadores de enfermidades infecciosas prevalentes.
· Aos dois anos de idade, algumas crianças receberam aproximadamente 20 aplicações medicamentosas injetáveis.
· A metade dos consumidores compra medicamentos para tratamento de um só dia.
· 53% de todas as prescrições de antibióticos nos Estados Unidos são feitas para crianças de 0 a 4 anos.
Global partnerships for health. WHO Drug Information 1999; 13 (2): 61-64.

Alerta sobre a automedicação

· A automedicação pode levar a erros de diagnósticos. A escolha de uma terapia inadequada pode retardar o reconhecimento de uma doença, com a possibilidade de agravá-la.
· Os medicamentos que já foram anteriormente prescritos podem não ser mais efetivos para uma reincidência da doença. A não ser que o médico já tenha orientado desta forma.
· Sintomas iguais podem ter causas diferentes. Os sintomas são apenas um dos indicativos de problemas de saúde. Antes da prescrição, a consulta médica, o exame clínico e a realização de exames complementares são fundamentais.
· Interações medicamentosas podem ter consequências graves para a saúde. O médico tem competência para avaliar que tipos de medicamentos podem ser tomados em conjunto.
· Os médicos devem ser cautelosos ao fazer suas prescrições, usando letras legíveis ou prescrições impressas, além de orientar sobre o uso correto e os cuidados quanto à substituição dos medicamentos prescritos.




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