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Médicos suspendem atendimentos em setembro

Paralisação de atendimento em SP começou 1/9. No Brasil, categoria realiza suspensão de atendimento no dia 21

A partir desta quinta-feira, 1º de setembro, médicos de São Paulo começam a realizar paralisações por especialidade no atendimento aos seguintes planos e seguradoras de saúde: Ameplan, Assefaz, Cetesb, Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), Green Line, Intermédica, Mediservice, Notredame, Porto Seguro, Prosaude, Vale e Volkswagen. Somados, os 12 planos possuem por volta de 3 milhões de usuários no estado.

O presidente do Simesp, Cid Carvalhaes, explica que a paralisação faz parte das ações do Movimento Médico e tem como objetivo pressionar as operadoras a negociar os reajustes nos valores de consultas e procedimentos e também coibir a interferência da saúde suplementar nas decisões tomadas pelos médicos. “O Movimento Médico visa, principalmente, melhorar as condições no atendimento ao paciente, uma vez que, atualmente as operadoras têm interferido permanentemente nas decisões médicas. São uma série de exames, internações e cirurgias negadas diariamente pelos planos sem qualquer motivo ou explicação”, completa o presidente que também está à frente da Federação Nacional dos Médicos (FENAM).

A paralisação escalonada será apenas para atendimentos eletivos, para que em momento algum o paciente seja prejudicado. “Nosso objetivo não é lesar o usuário, e sim alertar para o fato de que ele já é prejudicado. Quando precisa marcar uma consulta e não consegue, quando seu médico solicita um exame e este lhe é negado. Inclusive o Movimento conta com o apoio de entidades defensoras do consumidor como o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC), a Associação dos Usuários de Planos de Saúde (Aussesp) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O usuário precisa saber que enquanto ele paga mil reais por mês por um plano de saúde, seu médico está recebendo 25 reais por consulta”, afirma Cid Carvalhaes.

Vale lembrar que o cronograma de suspensão de atendimento será escalonado por especialidades e está definido da seguinte forma:

1 a 3 de setembro - Ginecologia e Obstetrícia
8 a 10 de setembro - Otorrinolaringologia
14 a 16 de setembro – Pediatria
16 a 19 de setembro - Cardiologistas
19 e 20 de setembro - Ortopedia e traumatologia
21 a 23 de setembro - Pneumologia e tisiologia
28 a 30 de setembro - Cirurgia Plástica

Anestesiologistas paralisarão o atendimento concomitante às especialidades citadas acima.

O Movimento Médico é formado por Associação Paulista de Medicina (APM), Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP), Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), outros sindicatos do estado, sociedades de especialidades médicas.

Movimento Médico/NACIONAL

21 de setembro – Paralisação Nacional de Médicos

Já no dia 21 de setembro, médicos de todo o País irão suspender o atendimento de consultas dos planos e operadoras de saúde que não negociaram ou não apresentaram propostas satisfatórias quanto ao reajuste de honorários pagos por consulta e valor de procedimentos realizados. A lista de planos e operadoras que terão o atendimento eletivo suspenso no país, será repassada em breve.

Vale lembrar que esta é a segunda mobilização nacional de médicos realizada neste ano no Brasil. A primeira aconteceu em 7 de abril. “Começamos uma movimentação nacional que teve seu ápice em 7 de abril, com adesão de 80% da categoria e, agora, suspenderemos novamente os atendimentos, como forma de alerta aos planos”, explica Carvalhaes, presidente do Simesp e Fenam.

Pagamentos por consulta

No Brasil, a média por consulta é de R$ 27,00, enquanto o custo operacional (manutenção do consultório; aluguel etc.) está em R$ 19,00. Assim, em um panorama muito otimista, o médico tem uma remuneração final de até R$ 11,00 por consulta. E, da ótica realista, de 7 a 8 reais.

De 2000 a 2011, os planos de saúde foram reajustados em média 133%, sendo que a inflação acumulada no período medida pelo IPCA foi em torno de 106%. “É uma inflação que tem tentáculos. Teoricamente, são os mesmos índices de referenciais com resultados e números finais completamente diferentes. Convencionamos este fenômeno como ‘inflação de milagres, inflação matemática da saúde ou matemática fantástica’”, relata Carvalhaes.

Em uma década, o repasse foi de aproximadamente um terço do que se reajustou para os planos. Enquanto o valor pago aos especialistas subiu apenas 44%, as operadoras atingiram 129% de crescimento no faturamento. “É fato que o médico hoje financia a medicina suplementar e os números mostram, os médicos estão pagando para trabalhar. É intolerável”.

O presidente do Simesp aponta como valor desejável o valor de R$ 80,00 por consulta, tendo como referência o período citado e conforme preconiza a Classificação Brasileira Hierarquizada dos Procedimentos Médicos (CBHPM).




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