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Inverno: inimigo da DPOC

É na estação mais gelada do ano que o número de crises aumenta e os portadores da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ficam mais vulneráveis

Durante o inverno, a incidência de doenças respiratórias aumenta, não só pelas baixas temperaturas, mas principalmente pela falta de chuva. O ar seco irrita o aparelho respiratório, fazendo da estação o período mais crítico para quem sofre de doenças como asma, rinite, bronquite e DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica.

Durante o inverno, os portadores de DPOC, por exemplo, apresentam maior número de crises, chamadas de exacerbações. Elas são definidas por aumento ou nova manifestação de mais de um sintoma da doença, como tosse, produção de catarro e crises fortes de falta de ar. Geralmente as exacerbações são indicadores-chave da progressão da doença e do declínio da função pulmonar. São desencadeadas por quadros infecciosos que exigem consultas médicas adicionais ou idas ao pronto-socorro e, eventualmente, internação. Além disso, as exacerbações aceleram o coração e demandam grande esforço do paciente, aumentando a ocorrência de eventos cardíacos e concomitante mortalidade.

“O tratamento da DPOC deve ser contínuo, mas, como a qualidade de vida do paciente pode ser severamente afetada nesta época do ano, é preciso redobrar os cuidados”, alerta o Dr. Roberto Stirbulov, Presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).

Atualmente a DPOC é a quarta causa de morte no mundo, atingindo 210 milhões de pessoas, sete milhões só no Brasil. Todos os anos, a DPOC leva ao óbito cerca de 40 mil brasileiros, o equivalente a quatro pacientes por hora, segundo dados do Ministério da Saúde. A doença custa aos cofres públicos aproximadamente R$ 100 milhões por ano.

Caracterizada pela manifestação conjunta da bronquite crônica e do enfisema pulmonar, a DPOC é causada pela inalação de substâncias tóxicas, principalmente as do cigarro, e geralmente afeta pessoas acima de 40 anos, sendo que 90% delas são fumantes ou ex-fumantes. Dependendo da progressão, a doença limita o paciente, impedindo-o de fazer atividades simples do dia a dia, como andar em ritmo acelerado, praticar exercícios e até trocar de roupa ou tomar banho sozinho.

Tratamento

A DPOC pode demorar até 17 anos para ser diagnosticada, segundo dados da Pesquisa Revelar, realizada pelos laboratórios Boehringer Ingelheim e Pfizer, que mapeou o comportamento de 229 pessoas com DPOC, em quatro capitais brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Porto Alegre).

Ainda assim, quanto antes for feito o diagnóstico, melhor será a resposta ao tratamento. Dentre os medicamentos recomendados pelo Consenso Brasileiro de DPOC, estão os broncodilatadores inaláveis de longa duração, como o brometo de tiotrópio, comercializado no Brasil com o nome Spiriva. O medicamento aumenta o diâmetro das vias aéreas, proporciona a melhora dos sintomas e da qualidade de vida, amplia a tolerância às atividades diárias e aos exercícios, além de reduzir as crises que o paciente com DPOC tem constantemente.

O tratamento com brometo de tiotrópio reduz em 28% o risco de exacerbações graves e em 14% o risco de exacerbações moderadas, contribuindo para a diminuição do número de internações no período de um ano. Os dados são do estudo POET (Prevention Of Exacerbations with Tiotropium), análise publicada em abril deste ano, que envolveu 7.376 pacientes de DPOC moderada a muito grave. O estudo comprova também que o tiotrópio atrasa significativamente a ocorrência da primeira crise de DPOC, com uma redução de risco de 17% em relação ao salmeterol, além de diminuir em 11% a taxa anual das crises vividas pelos pacientes e em 23%, 15% e 24% os riscos de exacerbações tratadas com corticoides sistêmicos, antibióticos ou ambos, respectivamente.




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