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Programa da Unifesp insere portadores de esquizofrenia no mercado de trabalho

Emprego formal pode melhorar o convívio social e o quadro clínico dos pacientes

A principal expectativa dos portadores de esquizofrenia, assim como de qualquer paciente psiquiátrico, está relacionada a uma melhor qualidade de vida. Manter os sintomas do transtorno sob controle, utilizar medicamentos com os menores efeitos colaterais possíveis e possuir um emprego formal, estão entre os principais anseios. No entanto, apesar de, quando estabilizado, o portador de esquizofrenia ser capaz de exercer diversas atividades, é pequeno o número de pacientes empregados.

Por isso, o Programa de Esquizofrenia - PROESQ, do Departamento de Psiquiatria da Unifesp, criou o Programa de Inserção Profissional em saúde mental – PIPsm. Por meio de parcerias com empresas, a iniciativa insere portadores de esquizofrenia no mercado de trabalho. Inaugurado em 2010, o projeto conta, atualmente, com 10 pacientes aptos a serem empregados.

“Para participar, o candidato precisa ser paciente do PROESQ e estar estabilizado por 6 meses, ou seja, sem crises, não fazer uso de drogas, não possuir benefício previdenciário ou aposentadoria por invalidez e desejar trabalhar no mercado formal”, explica a coordenadora do projeto Maria Beatriz Petreche.

Além da indicação ao emprego, a psicóloga explica que o paciente recebe também acompanhamento e orientação do programa. “Temos o acompanhamento interno, que é feito com o paciente nos primeiros dias de trabalho, sempre que necessário. E o externo, com encontros semanais no PROESQ, nos quais os candidatos e profissionais trabalham na resolução de possíveis conflitos, estigmas e no suporte emocional”, acrescenta.

Ainda de acordo com a especialista, os pacientes com transtorno mental grave apresentam grande dificuldade em conseguir emprego e, muitas vezes, são excluídos não só do mercado de trabalho, mas da vida social em geral. “Alguns apresentam inatividade, problemas financeiros e enfrentam o estigma social, fatores que podem contribuir para o agravamento da doença”.

De acordo com o coordenador do PROESQ, Rodrigo Bressan, o programa contribui para a melhora clínica e social do paciente. “Esse projeto é fundamental no desenvolvimento do tratamento e da vida dos portadores da esquizofrenia”, afirma.

O psiquiatra comenta também que o programa possui um diferencial em relação aos demais grupos de colocação profissional da diversidade no mercado formal, pois oferece suporte ao paciente e às empresas por tempo indeterminado. “Nesta primeira etapa, o programa atende portadores de esquizofrenia, mas a ideia é ampliar o atendimento a outros transtornos mentais”, finaliza Rodrigo Bressan.




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