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Imunoterapia para controle da infecção urinária

Com mais de 35 mil atendimentos realizados, o Projeto Social Brasil Sem Alergia é um centro de atendimentos gratuitos para o diagnóstico, prevenção e combate de todos os tipos de alergias e doenças relacionadas ao sistema imunológico. A Ação Social conta com médicos que realizam gratuitamente o atendimento para a identificação de diversas doenças, dentre elas a Infecção Urinária, oferecem orientação clínica para a prevenção deste mal, além da prescrição da Imunoterapia, importante método de tratamento da doença.

O Projeto Social está à disposição de toda população para a realização de consultas gratuitas na Rua Conde de Porto Alegre nª167 casa 01, no bairro 25 de Agosto em Duque de Caxias. Os interessados devem agendar seus horários de segunda à sexta de 9h às 18h através do 2652 - 2175. Coordenada pelo Imunologista e Alergista, Dr. Marcello Bossois, a iniciativa assume um papel importante no diagnóstico da Infecção Urinária com a análise de exames e histórico de vida de seus pacientes, além de orientá-los sobre uma forma de tratamento pouco conhecida, porém com ótimos resultados.

A Imunoterapia consiste na aplicação de vacinas com antígenos bacterianos e representa uma forte barreira à progressão da Infecção Urinária, ou Infecção do Trato Urinário ( ITU ). Ela é uma modalidade de tratamento eficaz na ação contra à doença, pois é feita a introdução de micro organismos que fortalecem o sistema imune. Eles são denominados Germes Urinários ( bactérias ), que podem ser Escherichia Coli, Staphylococcus Aureus, Streptococcus Faecallis, Streptococcus Pyogenes e Neisseria Gonorrhoeae.

As vacinas compostas destes antígenos bacterianos podem ser usadas para fornecer proteção de longa duração contra a ITU e são consideradas imunoestimulantes. Elas vão incitar a criação de anticorpos e fortalecer o sistema celular para combater a infecção, o que poderá evitar sua reincidência, além de diminuir o risco de multi-resistência antibiótica.

A Imunoterapia preenche uma significativa lacuna no combate à doença, uma vez que o tratamento convencional da mesma seja a base de antibióticos, não raro com a arriscada utilização do medicamento por um tempo prolongado. É comum que em seguida ao primeiro episódio de ITU, muitos pacientes apresentem recorrência nos próximos 6 a 12 meses, sendo aproximadamente 30% dos casos. A administração de antibióticos para cada recorrência pode levar ao surgimento de focos de resistência, prejudicando significativamente a saúde do paciente.

Segundo o Imunologista e Alergista, Coordenador Técnico do Brasil Sem Alergia, Dr. Marcello Bossois, a prescrição de antibióticos é fundamental para o combate às infecções urinárias e não deve ser descartada, no entanto o seu uso prolongado pode gerar sérios riscos à saúde da população. A Imunoterapia surgiu como uma alternativa a ser levada em consideração, sobre tudo após a recente proibição por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( ANVISA ) aos antibióticos sem receita médica, que passaram a figurar na lista de medicamentos especiais.

"No caso da Infecção do Trato Urinário, a Imunoterapia atua de maneira eficaz na hipossensibilização às bactérias presentes na fórmula das vacinas, que podem variar de acordo com a indicação médica para cada paciente, de modo a auxiliar o organismo a criar mecanismos de defesa contra tais agentes infecciosos. Ela varia em seu grau de intensidade e tempo de tratamento de acordo com o quadro de cada paciente, podendo ser necessário de poucas semanas até alguns anos", comenta o médico.

As doses das vacinas e a concentração nos extratos utilizados deverão ser progressivas, sendo, inicialmente em pequenas quantidades, com um aumento gradativo do número de aplicações, de acordo com as respostas do sistema imunológico dos afetados. A técnica pode ser realizada em pessoas de todas as idades e em algumas semanas os pacientes já apresentam melhoras dos sintomas da ITU, bem como importantes evoluções em seus quadros clínicos.

Segundo Dr. Bossois, a Imunoterapia é uma "arma" muito importante no controle das diferentes manifestações da Infecção Urinária, entretanto outros fatores também são fundamentais no combate à doença. Associado a aplicação das vacinas, e dos antibióticos, quando necessários, os pacientes devem ter a preocupação de manter algumas medidas comportamentais como: lavar bem a região genital, principalmente após o coito, evitar calças apertadas, trocar as roupas íntimas com freqüência, além de higienizar-se corretamente após a evacuação.

Tais mudanças de hábitos garantem uma distância da doença, ou ao menos a diminuição de sua incidência, uma vez que seu surgimento está muito ligado aos maus costumes de higiene. A Infecção Urinária é, na maioria das vezes, causada pela migração de microorganismos através da uretra, principalmente oriundos da flora intestinal. As bactérias são as maiores provocadoras das diferentes infecções do trato urinário, sendo a Escherichia coli a principal delas, bactéria presente na flora intestinal, podendo afetar a uretra, bexiga, rins e próstata.

A Uretrite é caracterizada por ardência ao urinar, aumento da frequência urinária e dor após urinar. Na infecção da bexiga, a Cistite, o paciente manifesta cólica no local do órgão, aumento da frequência urinária e urgência ao urinar, podendo levar a febre, prostração, calafrios e dores. A Pielo Nefrite, infecção dos rins, é muito perigosa e Caracteriza-se por dor intensa no dorso, muita febre e calafrios, náuseas e vômitos. Na próstata, cujo nome é Prostatite, a doença pode causar dor ao urinar, dificuldade para urinar, ejaculação precoce e ou espontânea, febre e calafrios.

"Eventualmente, a infecção pode ser tão importante, podendo levar a todas essas manifestações em conjunto. Deve levar-se em consideração, principalmente, as bactérias que desenvolvem uma forma de defesa que, seria, criar "braços" que se aderem a parede da bexiga, as chamadas Fímbrias ou Pilis. Essas estruturas tornam as bactérias de difícil controle, pois mecanismos naturais, como a lavagem da bexiga pela urina, tornam-se pouco eficazes", alerta o Médico do Projeto Social.

A presença de qualquer um desses sintomas deve levar à procura de um médico, já que um diagnóstico precoce pode evitar maiores riscos à saúde, como a migração dos agentes infecciosos à instalação nos rins. O principal exame a ser solicitado é o exame de urina, pois ele é capaz de mostrar a presença de bactérias, além de outros sinais que ajudam a fazer o diagnóstico. Juntamente com o exame de urina, é importante a solicitação de uma cultura (urocultura), que pode mostrar proliferação de bactérias e permite identificar a real causadora da doença.

Em alguns casos, principalmente em pacientes com história de recorrência da ITU, é necessária a realização de exames de imagem, como o ultra-som, o raio X com contraste das vias urinárias ( urografia excretora ) dentre outros. Eles ajudam a diagnosticar defeitos congênitos das vias urinárias que podem favorecer o desenvolvimento da doença.

Um fator de extrema importância no desenvolvimento da ITU é a estase urinária, dificuldade de esvaziamento da bexiga, o que facilita o surgimento da infecção devido ao longo tempo em que a urina fica acumulada. Isso favorece a proliferação de bactérias na urina, levando ao desenvolvimento da doença. Além dela, a Diabetes facilita seu aparecimento, e o climatério nas mulheres está relacionado às infecções, uma vez que as alterações no organismo das mesmas favorecem seu surgimento.

Outros fatores como doenças sexualmente transmissíveis podem ocasionar a ITU, além da obstrução urinária, pois qualquer fator que impeça o fluxo constante da urina como aumento da próstata, defeitos congênitos e cálculos renais podem propiciar seu aparecimento. Mas a gravidez pode ser uma grande provocadora deste tipo de doença, o que, devido a alguns fatores, pode se tornar um risco às vidas da mãe e do feto.

Segundo o Ginecologista Dr. Paulo Sérgio Viana, durante a gravidez as mulheres devem estar atentas aos sinais da Infecção Urinária, já que existe o risco de uma infecção dos rins, a Pielo Nefrite, que poderá provocar graves problemas à gestação. Alterações anatômicas e fisiológicas ocorrem, de maneira natural, nas gestantes, fatores que poderão repercutir com intensidade no sistema urinário, possibilitando o desenvolvimento de quadros infecciosos.

"Há um aumento da perfusão renal, acarretando um aumento do resíduo urinário, o que é retido na bexiga após cada micção ( ação de urinar ), com consequente distensão da mesma. Conforme o útero gravídico vai aumentando ao longo da gestação, ele comprime as vias urinárias, levando à dilatação do sistema coletor e refluxo vésico-ureteral. Este refluxo provoca estase urinária, resultando na incidência de infecções, entre elas a Pielo Nefrite, que é a mais grave, pois, pode levar ao choque séptico durante a gravidez, ou a um parto prematuro", diz o Ginecologista.

Embora todos possam ser afetados pela ITU, as mulheres representam 80% dos pacientes e estima-se que aproximadamente 15% da população do sexo feminino desenvolva a infecção em algum momento da vida. Isso se deve a fatores anatômicos, como o órgão genital, incluindo a uretra, ser muito próximo do ânus, sendo a proximidade das bactérias intestinais um grande causador de infecção urinária. Além disso, a uretra da mulher é mais larga e de menor comprimento em comparação a dos homens, o que facilita, uma vez mais, a migração das bactérias para o trato urinário.

"Existem ainda alguns fatores fisiológicos que se manifestam nas mulheres e facilitam o aparecimento da infecção do trato urinário. Os principais dentre eles são o desequilíbrio hormonal, que favorece a proliferação de germes oportunistas, baixa no sistema imunológico, além da menopausa e climatério, momentos em que há grandes distúrbios hormonais no organismo das mulheres", comenta Dr. Paulo Sérgio Viana.




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