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UNIFESP desenvolve modelo tridimensional de dente humano

Os cirurgiões dentistas e professores da UNIFESP, Mônica e Silvio Dualib, dão o primeiro passo para a reprodução fidedigna do dente humano por meio do processo de fabricação aditiva, técnica que utiliza modelos computacionais. O estudo foi desenvolvido em parceria com o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer, órgão de pesquisa do Ministério da Ciência e Tecnologia.

A fabricação aditiva, também conhecida como prototipagem rápida, possibilita produzir protótipos diretamente do modelo virtual tridimencional a partir de dados obtidos em tomografias ou ressonâncias magnéticas. A pesquisa será publicada neste ano no periódico americano Artificial Organ.

De material biodegradável, as estruturas dos molares gerados pela técnica 3D já estão sendo testadas pelos pesquisadores na chamada fase pré-clínica, com o cultivo de células-tronco adultas humanas em ratos. “Anteriormente, conseguimos desenvolver coroas com todas as suas estruturas, como dentina, esmalte, polpa e ligamento periodontal na mandíbula e abdome dos animais, mas suas dimensões e formato não eram de um dente normal”, explica Silvio Dualib, que é professor adjunto de Engenharia Biomédica no Instituto de Ciência e Tecnologia da Unifesp, em São José dos Campos.

Para Mônica Dualib, professora da disciplina de Cirurgia Plástica da Escola Paulista de Medicina da UNIFESP, a reprodução dessas estruturas, fiéis ao tamanho e formato do dente humano, e a utilização de células também humanas, marca mais um passo rumo à terceira dentição.

Em 2004, o casal de pesquisadores, que também são pesquisadores do Centro de Terapia Celular e Molecular (CTCmol) da UNIFESP, conseguiu construir coroas dentais no abdome de ratos por meio da Engenharia Tecidual e, quatro anos depois, fazer com que as coroas se desenvolvessem nas mandíbulas dos animais a partir de células-tronco adultas extraídas de dentes da mesma espécie.

O estudo – que tem como co-autores Lydia Masako Ferreira, professora titular da disciplina de Cirurgia Plástica da Unifesp, Eduardo Felippe Dualib Neto, mestrando em Diagnóstico Bucal da FO-USP, Waldyr Antonio Jorge, professor titular da FO-USP, Renata Matalon Negreiros, da Fundecto – contou com a supervisão e colaboração dos pesquisadores americanos Pamela C. Yelick, da Tufts University, e Joseph P. Vacanti, do Massachusetts General Hospital e Harvard Medical School.

Busca pelo biomaterial ideal

Para que haja a regeneração das estruturas calcificadas do dente humano, Silvio Duailibi explica que é preciso encontrar o biomaterial ideal para a construção das estruturas que receberão as células-tronco. “Vários materiais biocompatíveis e que são degradados pelo organismo estão em análise”, afirma.

De acordo com o dr. Dualib, com a obtenção desse componente para a interação das células-tronco e a certeza de que essas células ficarão estáveis e não se transformarão em tumores, o próximo passo será iniciar os estudos em seres humanos. “Entretanto, ainda não temos um prazo para iniciar esses testes”.

A pesquisa, que foi financiada pelo Fundo de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e pelo National Institute of Health (NIH), dos EUA, conta com a parceria do Instituto Nacional de Biofabricação (Biofabris), da Rede Ibero Americana de Biofabricação Cyted e do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), responsável pelo desenvolvimento do sistema de prototipagem em Medicina.

Também colaboram com o estudo os pesquisadores Esper George Kallas (FMUSP), Mônica Vanucci Lipay (Unifesp), Jorge Vicente Lopes da Silva (CTI) e Israel Chilvarquer (FO – USP).




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