Novidades
Congresso Latino-Americano debate os três pilares da sustentabilidade

"Saúde e os Desafios Econômicos, Humanos e Ambientais". Esse é o tema central do ClasSaúde 2011, portfolio de congressos promovidos pela Confederação Nacional de Saúde (CNS), Federação Nacional dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde (Fenaess), SINDHOSP e Hospitalar Feira + Fórum, e que acontecem de 24 a 27 de maio, no Centro de Convenções do Expo Center Norte, em São Paulo, durante a Feira Hospitalar.

Em sua 16ª edição, o Congresso Latino-Americano de Serviços de Saúde, evento internacional do ClasSaúde, está dividido em três módulos: Sistema de Saúde Público-Privado (25 de maio), Saúde Suplementar (26/06) e Capacitação Profissional em Saúde (27/05). O coordenador da comissão científica do primeiro módulo, Marcos Bosi Ferraz, destaca a relevância do tema central. "A questão do meio ambiente é muito séria. Quando o homem agride demais a natureza, em determinado momento ela dá o troco. A catástrofe que aconteceu na região serrana do Rio de Janeiro recentemente é um exemplo. Imagine o número de pessoas que ainda vivem em áreas de risco. Após os desmoronamentos, como isso está afetando a saúde emocional desses indivíduos? Isso certamente se refletirá na procura por serviços de saúde e também na produtividade de cada um deles", lembra Bosi Ferraz, que também é professor e diretor do Centro Paulista de Economia da Saúde (CPES) da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e diretor de Economia Médica da AMB (Associação Médica Brasileira).

Discutir o que o ambiente causa de doenças e como isso afeta o sistema de saúde é um dos desafios do 16º Congresso. "Como empresários e profissionais da saúde temos um imenso trabalho pela frente. Precisamos ser mais eficientes naquilo que fazemos poupando energia, evitando o uso desnecessário de papel, cuidando dos resíduos", ressalta. Questionado se o setor saúde já atingiu essa maturidade, Marcos Bosi Ferraz acredita que esse comprometimento é heterogêneo. "A saúde ainda desconhece seus próprios desafios. As diferentes instituições que participam do sistema ainda têm a sobrevivência como principal compromisso". A ausência de definições claras, de metas em médio e longo prazos, bem como a inexistência de uma política de Estado para a saúde (e não uma política de governo) são as responsáveis por essa miopia que predomina no setor. A Agenda Ambiental dos Hospitais é outro tópico que será abordado durante este módulo de Sistema de Saúde Público-Privado.

"Nosso marco regulador e regulatório ainda está focado em ações de curto prazo. As organizações de saúde não sabem aonde querem chegar, nem de que forma", diz Marcos Ferraz. Eventos como o Congresso Latino-Americano de Serviços de Saúde são importantes não só para gerar essa discussão, mas também para sensibilizar os participantes do sistema para que reflitam sobre esses desafios. "Precisamos debater ações mais amplas e focar não só os aspectos econômicos, mas também os humanos e ambientais".

O primeiro talk show do módulo abordará A Sustentabilidade da Saúde e a Interdependência dos Sistemas Público e Privado. Segundo Marcos Ferraz, a relação que existe entre ambos, hoje, interessa ao sistema público e ao setor suplementar de saúde. Ele cita como exemplos os benefícios que as campanhas de vacinação trazem para o setor privado de saúde e os procedimentos de alta complexidade que o SUS contrata de entidades privadas nacionalmente reconhecidas, com preços de tabela diferenciados. "Essa interdependência, que existe e particularmente acredito que deva continuar, tem que deixar de ser só conveniente e passar a ser claramente definida", defende o coordenador da comissão científica do módulo.

Como Estabelecer Prioridades na Saúde Considerando as Necessidades e a Escassez de Recursos é tema de outro painel. "Discutir o limite que o país tem enquanto sociedade para pagar por um sistema de saúde está no centro da questão. Não podemos nos enganar. Nem os países ricos conseguem dar tudo para todos em saúde. Restrições terão que existir", ressalta Marcos Ferraz. O coordenador ainda defende maior responsabilização do indivíduo pela sua saúde. O módulo deve trazer cases internacionais para ampliar o debate. Marcos Ferraz lembra, no entanto, que não existem dois países com o mesmo sistema de saúde. "Apesar disso há bons exemplos para analisarmos vantagens e desvantagens".

Segurança assistencial e a entrega de valor para a sociedade é outro debate que o módulo propõe. Para Marcos Ferraz, o usuário exercerá cada vez mais um papel de vigilante no processo assistencial. "A educação é fundamental nesse processo. Por mais que a tecnologia evolua, precisaremos sempre de gente para operar as máquinas e orientar o atendimento. Por isso precisamos de profissionais atualizados e qualificados e esse é um dos problemas do nosso sistema de saúde. Hoje, a formação dos recursos humanos está muito aquém do necessário, tanto do ponto de vista da quantidade quanto da qualidade", finaliza Ferraz, ressaltando a relevância do módulo de Capacitação Profissional do 16º Congresso Latino-Americano de Serviços de Saúde.

Informações e inscrições pelo site www.classaude.com.br. Desconto para sócios da CNS, Fenaess, FBAH, Pró-Saúde e SINDHOSP. Preços promocionais até 16 de maio. Vagas limitadas.




Veja mais

Conheça cinco motivos para não tirar cutículas

5 Fatos que todos devem saber sobre HEMORROIDAS

Dia Mundial do Coração em 29/09: a cada 40 segundos um brasileiro morre devido a doenças cardiovasculares

AACD celebra 66 anos e promove evento sobre empreendedorismo e superação. Veja aqui como comprar seu convite!

31/05: 5º FÓRUM DA SAÚDE E BEM-ESTAR



Clique aqui e veja todas as matérias

Encontre os melhores preços de medicamentos e leia bulas