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Paternidade: sonho ao alcance dos homens inférteis

Pesquisa mostra aumento de infertilidade masculina

O Dia dos Pais está chegando. Muitos já estão se planejando para comemorar a data com os filhos, mas essa situação ainda é um sonho para cerca de 85 mil homens devido à infertilidade. Pesquisa realizada recentemente pela Sociedade Européia de Reprodução Humana e Embriologia mostrou que a infertilidade está se tornando um problema dos homens. Em 52% dos casos, o tratamento para combater a infertilidade masculina vem superando a técnica utilizada em mulheres que querem ter filhos e não conseguem.

No Brasil, dados do Ministério da Saúde apontam que os homens são responsáveis por 40% dos casos de esterilidade. Na Clínica Pró-Nascer, especializada em reprodução humana assistida no Rio de Janeiro, esse número chega a 60%. Entre as causas mais comuns da infertilidade masculina estão a dilatação anormal das veias dos testículos, falha na descida dos testículos, alterações hormonais, traumas cirúrgicos, produção de anticorpos anti-espermatozóides e anomalias genéticas.

O sonho de ser pai

Rodrigo Amaral Gorgulho, 29 anos, e João Sá de Lima, 43 anos, têm duas coisas em comum: problemas de fertilidade e o sonho de serem pais.

Rodrigo e sua esposa Renata da Silva tentavam há dois anos ter filho. Como não conseguiram, procuraram o especialista João Ricardo Auler, que detectou problema do marido: varicocele (dilatação anormal das veias dos testículos). O médico fez a coleta e fecundou cinco óvulos de Rodrigo, na época com 26 anos. “Conseguimos de primeira”, comemora Renata. A felicidade foi triplicada: Renata estava grávida de trigêmeos. “Minha primeira reação foi um susto. Ele ficou feliz”, lembra a mãe de Maria Clara, Yasmim e Pablo, que no dia 4 de julho comemoraram o aniversário de 1 ano.

Pela segunda vez, o casal Karina Rodrigues e João de Lima está buscando ter filho, através do tratamento da fertilização in vitro. A falta de sucesso no resultado do primeiro tratamento não desanimou o casal. João sabe de sua infertilidade há 15 anos e nunca abriu mão do sonho de ser pai, submetendo-se inclusive a diversas intervenções cirúrgicas, todas sem sucesso. Seus espermas nascem mortos, o que impossibilita a gravidez por vias normais. “Caso não consigamos através do sêmem do João, pensamos em recorrer ao sêmem de um doador”, conta Karina.

A Organização Mundial da Saúde acredita que cerca de 70 milhões de casais sejam inférteis no mundo. Entre 2 a 10% dos casais são incapazes de conceber uma criança pelos meios naturais, e 10 a 25% são incapazes de ter uma segunda ou mais gestações. Estima-se que cerca de 1 em cada 6 casais procurem ajuda na tentativa de conseguir engravidar.

Álcool e estresse levam a infertilidade

Alguns fatores externos também podem levar à infertilidade, tais como: poluentes do ar, uso de drogas, álcool e fumo. “O aspecto psicológico, também não deve ser descartado. O estresse pode levar a alterações do Sistema Nervoso Central fazendo com que a hipófise funcione de forma debilitada. Assim, a produção de hormônios que atuam nos testículos diminui e há queda na produção de espermatozóides”, explica o especialista em reprodução humana, João Ricardo Auler.

A ingestão de bebidas alcoólicas é outra fonte de problemas para quem deseja ter filhos, pois compromete a produção de testosterona e a síntese de esperma. O cigarro também pode causar alterações morfológicas e a redução da quantidade de espermatozóides. Já as drogas provocam a degeneração das células germinativas dos testículos e são responsáveis pela má produção dos espermatozóides. “Embora as técnicas estejam bem avançadas, a maioria dos casos pode ser prevenida se houver uma conscientização dos homens de que é essencial evitar hábitos prejudiciais à saúde”, alerta o médico.

Detectando o problema

O espermagrama é o primeiro exame a ser feito quando há suspeita de infertilidade masculina. A partir da análise do sêmen, são constatadas a qualidade e vitalidade dos espermatozóides. Para se chegar a um diagnóstico definitivo, o exame deve ser repetido, pelo menos três vezes, a cada 90 dias, pois os espermatozóides passam por um processo de renovação e maturação a cada 72 horas.

Quando o resultado do exame detecta problemas na qualidade ou quantidade muito abaixo do necessário para uma gravidez natural, é possível recorrer às técnicas de reprodução assistida, como inseminação artificial e fertilização in vitro. A que oferece os melhores resultados é a injeção intracitoplásmica de espermatozóide (ICSI). A ICSI consiste em colocar um único espermatozóide, selecionado em laboratório, dentro do óvulo por meio de uma micropipeta. A transferência do óvulo fecundado para o útero é feita dentro de seis dias.

O custo para tratamentos de fertilização custa em torno de R$ 8 a 15 mil, em clínicas particulares. Na Clínica Pró-Nascer, esse custo foi reduzido em 50%.




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