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Cólica menstrual afeta 70% da produtividade no trabalho

Ao final de um ano, a dor menstrual chega a acumular prejuízos financeiros correspondentes a um mês de salário.

A cólica menstrual afeta em torno de 65% das mulheres brasileiras e causa a redução de produtividade profissional em 70% delas. A incidência das mulheres que sofrem com a dor no período menstrual está muito próxima da média internacional, entre 70% a 90%. Esses índices são resultados do primeiro estudo farmacoeconômico brasileiro sobre a prevalência da dor menstrual e seus impactos na produtividade no trabalho1.

Este tipo de levantamento é um conceito cada vez mais utilizado pelas redes que integram a área da saúde, como: hospitais, indústrias farmacêuticas, órgãos regulatórios, entre outros. A pesquisa tem o intuito de avaliar o impacto da doença no rendimento profissional e quantificar seu custo. Com base nela, podemos afirmar que a cólica menstrual ou dismenorréia primária afeta 33 milhões de brasileiras, com impacto direto na produtividade, resultando em ausência ou menor rendimento profissional, estendendo-se às tarefas cotidianas. Tais impactos refletem em prejuízos corporativos referentes a um mês de trabalho ao final de um ano.

Batizado de DISAB (Dismenorréia & Absenteísmo no Brasil), o estudo mostra que a idade média das mulheres que trabalham e sofrem de cólica menstrual é de 26,3 anos e que na escala de dor, o maior índice apontado foi para a dor intensa, 64,4% - índice 14,4% maior que a média mundial. Em segundo lugar vêm às dores moderadas 30,1% e na seqüência as dores leves com 5,5%.

Estes elevados índices de dor menstrual levam 30% das mulheres a se ausentarem do trabalho por pequenos períodos durante o dia. Quando analisado o impacto negativo no percentual nas horas trabalhadas, obtemos redução de 66,8% no rendimento. Ambos os resultados totalizam cerca de duas faltas por mês, da média dos cinco dias do ciclo. O percentual é praticamente o mesmo no que diz respeito às outras atividades não relacionadas com trabalho.

Para mensurar o prejuízo causado pela cólica menstrual primária, a pesquisa multiplicou o número de dias que cada mulher apresentava cólicas pelo número de horas de trabalho diário. A seguir, aplicou o percentual de redução de produtividade relacionado à cólica menstrual. Somando este resultado ao número de horas ausentes, foi obtido o total de horas de trabalho perdidas por conta das dores do período. Se este número for multiplicado pela remuneração por hora de trabalho, obtém-se o valor em reais gerado pela perda de produtividade.

As mulheres relatam, ainda, a freqüência dos sintomas associados às cólicas, o que possibilitou traçar incidências como cansaço maior que o habitual (59,8%), inchaço nas pernas, enjôo (51%), cefaléia (46,1%), diarréia (25,5%), dores em outras regiões (16,7%) e vômito (14,7%). 83% delas declararam que buscam alguma forma medicamentosa (antiinflamatórios, analgésicos e antiespasmódicos) para alívio das dores. Mais da metade relata obter melhora grande ou completa da dor menstrual, sendo que nenhuma delas deixou de obter alívio algum.

Pensando na necessidade da mulher contemporânea que precisa realizar suas atividades diárias dentro e fora do trabalho, a Boehringer Ingelheim desenvolveu Buscofem, medicamento que atua no alívio da cólica menstrual. Por conta de sua apresentação diferenciada - o medicamento é composto de ibuprofeno líquido 400 mg (princípio ativo) inserido em cápsulas de gel (Liqui-Gels™*) - sua ação é mais rápida, inicia-se em cerca de 20 minutos. Com propriedade antiinflamatória e analgésica, Buscofem permanece agindo por 6 horas, segundo dados do estudo de bioequivalência comparativa2. A fácil dissolução da cápsula Liqui-Gels™* proporciona rápida liberação do princípio ativo (Ibuprofeno), já na forma líquida, pronto para ser absorvido pelo organismo.

“Este estudo permite concluir que a dismenorréia primária e a intensidade da cólica menstrual são fatores fortemente associados à perda de produtividade no trabalho profissional e na realização das atividades entre mulheres brasileiras durante o seu período de vida produtiva”, diz o ginecologista Dr. César Eduardo Fernandes, chefe do serviço de Clínica Ginecológica da Disciplina de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina do ABC, presidente do Conselho Científico da SOBRAC (Associação Brasileira do Climatério) e secretário-geral da SOGESP (Sociedade de Ginecologia do Estado de São Paulo).

“A pesquisa é uma importante ferramenta de trabalho para nós, ginecologistas brasileiros, termos um mapeamento da cólica menstrual relacionada ao trabalho. Até então, trabalhávamos com informações de pesquisas clínicas internacionais e cada país possui sua particularidade. Trabalhos como este, permitem sabermos mais sobre ‘nossas’ mulheres”, explica o ginecologista.

O trabalho foi realizado pela empresa MedInsight, contou com 156 participantes em idade reprodutiva, superior a 18 anos, trabalhadoras de um call center do Rio de Janeiro.

Metodologia
Num primeiro momento as participantes foram entrevistadas por médicas para o rastreamento da dismenorréia (cólica menstrual) primária e preencheram um questionário de dados demográficos e informações clínicas. No segundo momento, apenas aquelas mulheres que preencheram os critérios diagnósticos de interesse foram solicitadas a responder o questionário que avaliava a produtividade, conforme diretriz da Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia.

O questionário utilizado foi o WAPAI–GH que avalia o impacto de uma condição médica geral na produtividade dentro e fora do trabalho. Este questionário avalia tanto os dias ou horas perdidas devido ao problema avaliado, quanto a redução do desempenho durante o problema apresentado, sendo o formato mais utilizado para este tipo de avaliação. O material possui seis perguntas e pôde ser preenchido pela participante com a supervisão de uma entrevistadora médica treinada que forneceu orientações necessárias. Inicialmente a mulher respondeu a questões referidas a uma semana de trabalho, fora do período menstrual e no momento seguinte, avaliou a semana de trabalho no período menstrual.

Com base neste estudo, conclui-se que a cólica menstrual primária e sua intensidade se constituem em importantes causas na ausência e redução de produtividade na vida profissional e nas atividades cotidianas entre as mulheres brasileiras durante grande parte do período da vida reprodutiva.

*Liqui-Gels™ - marca registrada da Catalent Brasil Ltda.

1 PASSOS, RBF et. al - Prevalência de dismenorréia primária e seu impacto sobre a produtividade em mulheres brasileiras - Estudo DISAB. Rev Bras Med., 65(8):250-253, 2008; Roberta B.F. Passos, Denizar V. Araújo, Camila P. Ribeiro, Talita Marinho e César E. Fernandes.

2 International Journal of clinical pharmacology and therapeutics June 2008. Comparative bioavailability of three Ibuprofen formulations in healthy human volunteers. Gustavo D. Mendes, Claudia C Domingues, Fabiana D. Mendes, Rogério Antonio de Oliveira, Márcia Aparecida da Silva, Jaime Oliveira Ilha, César Eduardo Fernandes & Gilberto De Nucci

Veja mais sobre o assunto em nossa coluna de Saúde Feminina com Prof. Dr. Mauricio Simões Abrão




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