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Novo método de tratamento para inflamação intestinal

Cirurgia laparoscópica tem inúmeras vantagens em relação as cirurgias convencionais

Diverticulite são formações saculares que podem ser encontradas em todo o tubo digestivo, localizando-se, entretanto, com maior freqüência ao longo do intestino grosso. De acordo com o médico João Gomes Netinho, cirurgião e especialista em doenças do aparelho digestivo, são o resultado da fraqueza de alguns locais da parede do intestino, principalmente na musculatura. Sabe-se que um terço das pessoas com mais de 60 anos apresentam divertículos intestinais. Em contrapartida, é menos freqüente em pessoas com idade inferior a 40 anos (2 a 5%).

Quando é necessário cirurgia para resolver o problema, médico utiliza a operação por laparoscopia. Nesse método são realizadas algumas pequenas incisões de 0,5 a 1,2 cm. Insufla-se a cavidade abdominal com gás carbônico, criando assim espaço dentro dela para que o cirurgião possa trabalhar com o auxílio de uma videocâmara, instrumentos e grampeadores especiais. No entanto, a ausência de grandes cortes no abdômen não é a única grande vantagem da laparoscopia. Secundariamente às pequenas incisões, existe menor manipulação dos órgãos intracavitários e, conseqüentemente, a agressão cirúrgica é menor, acarretando enormes vantagens desse método quando comparado com a cirurgia convencional. A esses benefícios soma-se a menor intensidade da dor pós-operatória, medida diretamente pela menor quantidade de analgésicos consumida pelos pacientes no pós-operatório e, coroando as vantagens, a alta hospitalar mais precoce e o retorno mais rápido às atividades diárias.

A doença

A causa da diverticulite aguda ainda não foi comprovada. Possíveis fatores etiológicos incluem infiltração gordurosa e degeneração da parede do cólon com a idade, fraqueza (onde os vasos sanguíneos penetram na camada muscular da parede do cólon sigmoide). Uma dieta com poucas fibras é largamente responsável pela freqüência da doença diverticular. “A diverticulite aguda é uma complicação comum na evolução e história natural da doença diverticular, e ocorre em 10 a 25% dos pacientes com divertículos intestinais”, diz.


Netinho explica que a evolução da diverticulite aguda pode ser para a resolução pelo tratamento clínico, ou então se complica pela formação de abscessos (coleção de pus) ao lado da parede do intestino. Estes abscessos podem perfurar e se comunicar com outros órgãos ou vazar dentro do abdome. De acordo com esta evolução, a diverticulite aguda se apresenta em quatro graus: inflamação e infecção limitada à parede do intestino grosso; presença de pus (abscesso) próximo; perfuração da cavidade abdominal com vazamento de pus; e o vazamento de fezes para a cavidade abdominal devido à perfuração.


Segundo Netinho, a dor é a principal característica de sintoma do problema, estando esta localizada na parte inferior e preferencialmente no lado esquerdo do abdome. O sintoma doloroso é semelhante ao da apendicite aguda, só que no lado esquerdo. “A dor tem um início lento, mas progressivo, tornando-se constante com a evolução do processo inflamatório, e se apresenta como cólica intestinal”, diz.
Observam-se náuseas, mas os vômitos são infreqüentes, e quando presentes podem sugerir intenso processo inflamatório intestinal. Febre é outro sintoma normalmente referido e, quando elevada, sugere a possibilidade de diverticulite com abscesso. Alterações do hábito intestinal, como diarréia e, principalmente constipação, também são muito comuns.


O diagnóstico é clínico e pode ser comprovado com exame de sangue, ultra-sonografia e a tomografia computadorizada do abdome. Um outro exame importante no diagnóstico da diverticulite é o enema opaco. Neste exame injeta-se contraste no interior do intestino, e desta forma, o exame mostra a presença dos divertículos, do processo inflamatório na parede do intestino grosso, além, da diminuição do calibre do intestino. Só que não deve ser feito na fase aguda da doença devido a possibilidade de perfuração divetivular.


O tratamento depende da intensidade dos sintomas e da presença ou não de complicações. O tratamento clínico permite o alívio dos sintomas em 70 a 85% dos pacientes com diverticulite aguda, principalmente na primeira crise. Nos casos em que houve falha no tratamento clínico, ocorrência de duas ou mais crises, ou ainda, na existência de complicações, como o abscesso ou a perfuração intestinal, a cirurgia é o indicado.


Dr. João Gomes Netinho

Doutor em cirurgia pela Unicamp, professor da Faculdade de Medicina de Rio Preto, especialista em doenças do aparelho digestivo, cólon, reto e ânus.




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