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Coaching Executivo Prescritivo.

Um modelo cognitivo-comportamental para o Coaching Executivo (*)

O Coaching tornou-se uma das ferramentas de desenvolvimento pessoal mais importantes nos dias de hoje com aplicações em diferentes ambientes que vão desde o mundo empresarial até o complexo universo de relacionamentos pessoais. Mas afinal o que efetivamente é Coaching?

Dentre as várias definições podemos afirmar que Coaching é um processo onde o Coachee (cliente) busca ajuda de um Coach (profissional) para atingir determinados objetivos. Neste processo existem 3 fatores fundamentais que configuram a metodologia de Coaching:

* Tempo determinado para atingir as metas de curto, médio e longo prazo;
* Identificação e uso das próprias competências do cliente;
* Reconhecimento e superação dos pontos fracos identificados;

Com o propósito de aliar o “impacto da ação” do Coaching com um modelo desenvolvido a partir da Terapia Cognitivo-Comportamental, o Prof. Dr. Arthur Freeman realizou um workshop onde desenvolveu toda a potencialidade desta nova metodologia.

A Terapia Cognitivo-Comportamental e o Coaching Executivo

Para a terapia cognitiva as respostas emocionais, comportamentais e a própria motivação não são efetivamente influenciadas por situações, mas pela forma como processamos essas situações.

A partir deste modelo desenvolveu-se o Coaching Executivo Prescritivo que utiliza as ferramentas de comportamento cognitivo para entender as necessidades, interesses, impedimentos e determinar os objetivos do processo de coaching.

De acordo com A. Freeman, a psicoterapia tradicional foca na mudança do indivíduo, ao contrário do Coaching que trabalha na mudança de comportamentos para atingimento de metas. “Entender o que fazemos pode não ser suficiente para iniciarmos uma mudança de comportamento” sentencia A. Freeman.

Desta forma ao invés de uma abordagem orientada ao problema, o Coaching Executivo Prescritivo passa para uma abordagem focada na solução.


O processo do Coaching Executivo Prescritivo

Cada processo é personalizado, avaliando as necessidades do cliente e utilizando uma orientação focada no aprendizado. Uma contribuição importante neste processo é o foco no problema e não na reclamação. Não se pode estabelecer objetivos direcionados quando a pessoa esta em fase de reclamação, pois a reclamação pode não significar um problema efetivo da pessoa, mas sim hábitos, comportamentos e crenças adquiridos que são repetidos de forma automática.


Em um processo de Coaching, estas reclamações são avaliadas e identifica-se aquelas que são efetivamente um problema, pois somente a partir de um problema é que poderemos avaliar se ele interfere no processo para atingimento das metas.


O Hábito faz o monge

Outro foco importante é encorajar a flexibilidade do indivíduo, pois, como se trabalha efetivamente com comportamentos fortemente arraigados, muitas vezes acaba não existindo nem a hipótese de caminhos alternativos. A maior escravidão acaba sendo a escravidão aos nossos hábitos. É claro que estes hábitos proporcionam algo de valor para o indivíduo, porém com o tempo e com objetivos diferentes estes hábitos podem não mais servir aos nossos propósitos.

Comportamento baseados em esquemas

Durante o Workshop, A. Freeman afirmou que “ todo comportamento reflete a ativação de um esquema básico, sendo preciso identificar o esquema para entender melhor as motivações e a personalidade do indivíduo” .

Um exemplo claro é da pessoa que deixa seu escritório extremamente organizado. A motivação para isto pode variar desde “não consigo trabalhar com bagunça” ou “ as pessoas, ao verem tudo com boa aparência, podem imaginar que mantenho tudo sob controle” .

Em busca da raiz deste esquema, poderemos chegar ao “minha professora do primário falava isso” ou “meu pai sempre dizia isso.”


Uma reflexão

Uma boa reflexão refere-se a quais das nossas atitudes são acionadas de forma automática, sem entendermos sua real necessidade. Como temos muitos hábitos, estes acabam inclusive sendo validados pelas pessoas que nos cercam; afinal as pessoas esperam que tenhamos comportamentos previsíveis e acabam nos tratando também de forma previsível.


Mudando o esquema

Mudar o esquema pode vir a ser uma ferramenta importante para o indivíduo atingir suas metas, de acordo com A. Freeman. O processo de mudança dos esquemas passa por vários estágios, como de avaliação, de construção, de reconstrução, de modificação, de re-interpretação e de camuflagem dos esquemas.

Segundo Freeman a mudança esquemática efetiva se dá a partir da seguinte equação: mudança efetiva = M + H +A, ou seja o indivíduo só consegue mudar quando ele possui a Motivação para a mudança, a Habilidade para saber mudar e um Ambiente que dê apoio a estas mudanças.


Desenvolvendo um plano estratégico de auto-desenvolvimento


Da mesma forma que as empresas utilizam planos de negócios, o indivíduo em um processo de Coaching Executivo Prescritivo deverá desenvolver seu plano estratégico. Uma ferramenta muito usada no mundo dos negócios é a análise SWOT onde as iniciais significam:



* S=Strength .................Pontos fortes
* W=Weaknesses..........Fraquezas
* O=Opportunities..........Oportunidades
* T=Threats....................Ameaças



É importante considerar nesta análise que o S+W (pontos fortes e fraquezas) tem origem nas competências e habilidades internas do indivíduo; enquanto que o O+T (oportunidades e ameaças) tem origem no ambiente externo.

Os pontos fortes e as oportunidade devidamente trabalhados em um processo de coaching impulsionam o indivíduo em direção ao alcance de suas metas.

Já as fraquezas e as ameaças exercem uma grande influência, pois são comportamentos adquiridos que podem atrapalhar e retardar o alcance das metas.

Conclusões


A praticidade do Coaching Executivo baseia-se em competências focadas na ação de uma forma simples e prática, ajudando as pessoas a atingir seus objetivos.

Com a ajuda do modelo teórico da Terapia Cognitivo-Comportamental, criaram-se os conceitos básicos para o Coaching Executivo Prescritivo, que permite:

o Avaliar as necessidades expressas de indivíduos e contextos;
o Usar os dados avaliados para elaborar uma prescrição para mudança;
o Identificar e descrever a resistência e os obstáculos à mudança;
o Estabelecer a seqüência de elementos relativos a comportamentos, cognições, situações, cultura e emoções, incorporados a uma prescrição para mudança, em conformidade com as necessidades avaliadas e expressas;

Avaliar os resultados dessas intervenções.

Cabe agora, tanto às empresas quanto às pessoas, identificarem oportunidades para o uso do coaching como ferramenta para alcançar suas metas.

Instituto de Terapia Cognitiva-Comportamental

O Workshop com Arthur Freeman foi realizado nos dia 02 e 03 de maio em São Paulo, a partir da iniciativa do Instituto de Terapia Cognitiva. O Prof. Dr. Arthur Freeman é PhD em Psicologia e autor de mais de 60 livros, com tradução em 12 idiomas, incluindo o Português.


(*) Por Nilson Redis Caldeira, enviado especial do Sentir Bem ao Workshop.

Este artigo foi baseado no Workshop "Coaching Executivo Prescritivo: Um Modelo Cognitivo-Comportamental para Coaching Executivo", apresentado em Maio/08 em São Paulo pelo Prof. Dr. Arthur Freeman, PhD, Professor de Psicologia no Governors State University, Illinois, e Psicólogo Chefe e Diretor de Treinamento no Sheridan Shores Care and Rehabilitation Center, Chicago, Illinois, EUA, em evento organizado pelo ITC-Instituto de Terapia Cognitiva

Recomendamos a visita ao site www.itcbr.com para maiores informações sobre a Terapia Cognitivo-Comportamental.


Veja outras matérias de Nilson em sua coluna, Motivação e Liderança




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