Estresse pode ser causador de problemas no estômago 17/06/204 O órgão é uma das partes do corpo mais afetadas com a pressão do dia a dia Definido como epidemia global pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o estresse, é um dos maiores causadores de doenças crônicas nos dias de hoje. A Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) alerta: trabalho sob pressão, rotina estafante e traumas são alguns dos fatores que podem desencadear doenças como a gastrite. “Quando a pessoa está em estado de estresse, o estômago aumenta a liberação de ácido clorídrico (HCl). Isto pode resultar em uma gastrite ou até mesmo uma úlcera (gástrica ou duodenal), dependendo do período de exposição e de estresse”, afirma Gustavo Andrade de Paulo, diretor de comunicação da SOBED. Em 2012, pesquisa do Centers for Disease Control and Prevention (Centros de Controle e Prevenção de Doenças) sugeriu que até 90% de todas as indisposições e doenças estão relacionadas ao estresse. A pesquisa mostra que o estresse crônico pode baixar a imunidade e deixar as pessoas mais suscetíveis a doenças e infecções. Os principais sintomas da gastrite e das úlceras (do estômago e do duodeno) são dores e queimação no epigástrio (“boca do estômago”), que vai desde o esterno (osso central do tórax) até o umbigo. As dores manifestam-se especialmente com o estômago vazio. “Longos períodos de jejum permitem que o ácido irrite mais a mucosa. Tipicamente, a dor desperta o paciente à noite e tende a desaparecer com a ingestão de alimentos ou antiácidos”, completa o especialista. O principal exame para diagnosticar úlceras ou gastrites é a endoscopia digestiva alta. Realizada sob sedação, permite visualizar diretamente o esôfago, o estômago e o duodeno. “Quanto mais precoce for o diagnóstico, melhores são as chances de evitar um avanço no quadro do paciente”, conclui. Saiba mais sobre a endoscopia: Trata-se de um procedimento simples e que dura em média 15 minutos. Primeiro é aplicado um anestésico (geralmente em spray) na garganta do paciente, que deve estar deitado na posição lateral esquerda. Um protetor bucal é colocado para que ele não feche a boca. Depois de ser sedado, o endoscópio é inserido, permitindo um exame detalhado do esôfago, estômago e duodeno. | |
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