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28/05 – Dia Mundial da Esclerose Múltipla. Saiba como identificar e tratar o problema, aqui!

27/05/2014


Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a esclerose múltipla acomete 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo, uma doença crônica inflamatória que compromete o funcionamento do sistema nervoso central, colocando-o em estado de degeneração progressiva. De acordo com dados do Ministério da Saúde, (clique aqui), a enfermidade costuma acometer adultos do sexo feminino na faixa de 18 a 55 anos. Para a Academia Brasileira de Neurologia (ABN), a conscientização da população é uma importante ferramenta na luta contra a doença.


Identificando a doença

A esclerose múltipla é uma doença autoimune, ou seja, quando o sistema imunológico ataca e destrói tecidos saudáveis do corpo por engano. Ela afeta o cérebro e a medula espinhal (sistema nervoso central) e acomete, na maioria das vezes, mulheres brancas e indivíduos jovens. Não há explicação para isso, mas existem várias causas como gene de suscetibilidade, dieta inadequada, problemas hormonais e infecção com o vírus Epstein Baar, responsável pela mononucleose – mais conhecida como doença do beijo. A esclerose múltipla manifesta-se sempre de forma isolada, não sendo hereditária.

Segundo dados do Ministério da Saúde, o número de casos na cidade de São Paulo aumentou cinco vezes entre 2002 e 2009. Atualmente, são 15 casos a cada 100 mil habitantes. Em todo o Brasil, cerca de 200 pessoas em cada 100 mil são diagnosticadas com a doença.

Por ser autoimune, na esclerose múltipla o organismo do individuo acometido produz anticorpos contra a bainha de mielina, uma camada que envolve as fibras nervosas (que conduzem impulsos do cérebro para o corpo e vice-versa), dificultando a sinapse e provocando dificuldades de cunho motor e sensitivo.

A inflamação se desenvolve de maneira diferente de uma pessoa para a outra e sua causa não é conhecida. Outro fato intrigante é que há mais incidência da doença em climas temperados e frios.

De acordo com a coordenadora do Departamento de Neurologia do Hospital Santa Paula, Dra. Renata Simm, os sintomas são variados e duram mais que 24 horas. São eles

1) Sintomas motores: perda de equilíbrio, fraqueza muscular, tremor, etc...

2) Olhos: diminuição de capacidade de enxergar com um dos olhos de evolução aguda e com dor à movimentação ocular (chamada de neurite óptica).

3) Dormência ou formigamento: dificuldade de sensibilidade em alguma região do corpo como a face, uma metade do corpo os mesmo as pernas.

4) Bexiga e intestino: dificuldade para urinar ou mesmo urgência urinária ou incontinência. Obstipação intestinal ou perda.

5) Fala e deglutição: Dificuldade de fala, mastigação ou deglutição.


A esclerose múltipla se manifesta por surtos que começam de repente, atingem o ápice e cessam.

Segundo a dra. Doralina Brum Souza, coordenadora do Departamento Científico de Neuroimunologia da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), com o objetivo de detectar a esclerose múltipla de forma cada vez mais precoce, o diagnóstico da doença tem sido tema de diversos eventos nacionais e internacionais de Medicina. “Pretendemos padronizar aspectos cruciais para o diagnóstico, realizando estudos e divulgando dados científicos. Com um consenso entre os médicos de todo o mundo, os pacientes serão beneficiados com o rápido início do tratamento”.

O diagnóstico é clínico, baseado no relato do paciente e em exames como a ressonância magnética do cérebro e o exame do líquido da espinha. Eles são importantes para sua confirmação e também para afastar outras doenças que podem simular a esclerose múltipla.



Tratamento

A esclerose múltipla ainda não tem cura, mas existem meios de diminuir a progressão da doença. Veja algumas recomendações da Dra. Renata Simm:

- Tenha acompanhamento médico regular e tome a medicação corretamente;
- Mantenha um estilo de vida saudável, com boa alimentação, repouso e qualidade de vida, considerando uma parte do dia para relaxar.
- Evite temperaturas extremas, pois elas podem piorar os sintomas pré-existentes ou até induzir novos surtos.
- Faça fisioterapia quando os movimentos forem comprometidos;
- Em surtos agudos fique em repouso;
- Faça exercícios físicos para auxiliar o processo de recuperação após um surto.



Prognóstico

Como dissemos acima, ainda não há cura para a esclerose múltipla, mas os tratamentos ajudam os pacientes a terem uma vida mais confortável.

Atualmente, são indicados fármacos que aumentam o intervalo entre um surto e outro: medicações imunomoduladores, além dos corticoides, que diminuem a inflamação na fase aguda. Pacientes que apresentarem sequelas devem ser tratados com reabilitação multidisciplinar.

“Existem diversos estudos em andamento sobre novos medicamentos para a esclerose múltipla. Há também fármacos que estão em processo de implantação no Sistema Único de Saúde (SUS) e que logo estarão à disposição da população”, finaliza a neurologista Doralina.




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Neurologia e Saúde com Prof. Dr. Paulo Caramelli




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