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No dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial (26/04) conheça algumas curiosidades aqui!

23/04/2014

Hipertensão, uma doença com importante impacto na sociedade


No sábado, dia 26, a Sociedade Brasileira de Cardiologia lembra o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. A data foi instituída para alertar e educar a população sobre a importância de se prevenir e controlar a pressão alta, considerada ao mesmo tempo uma doença e um fator de risco para outras patologias.

Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), a hipertensão afeta cerca de 40% da população mundial causando a morte de 9,4 milhões de pessoas no mundo, é responsável por 45% dos ataques cardíacos e 51% dos derrames cerebrais anualmente.

Conhecida popularmente como pressão alta, a hipertensão arterial, (clique aqui) é uma doença que acomete desde crianças a idosos, além de frequentemente, estar associada à obesidade, (clique aqui) ou doenças cardiovasculares. De acordo com o cardiologista do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), Dr. Valdir Lippi Jr. é necessário identificar as causas que levaram a pressão arterial se elevar. Excesso de peso, alimentação não saudável, ingestão excessiva de sal, sedentarismo, consumo elevado de bebida alcoólica, diabetes e histórico familiar, são alguns fatores que podem potencializar a doença.





No Brasil, 1 em cada 3 pessoas são hipertensas. Metade dos homens e mulheres com mais de 50 anos tem hipertensão arterial. Com o avanço da idade, o risco aumenta: 3 em cada 4 pessoas acima de 75 anos têm a doença. Mas o dado mais preocupante é que apenas 1 em cada 5 hipertensos toma medicação e os cuidados necessários para controlar a doença.

São consideradas hipertensas as pessoas com pressão arterial acima de 140 x 90mmHg, ou popularmente 14x9 medidas por pelo menos 3x em dias diferentes. Os sintomas como, dores no peito, na cabeça, tonturas e até sangramento nasal, são normalmente encontrados quando a pressão arterial está muito elevada. Segundo o cirurgião cardíaco da Beneficência Portuguesa de São Paulo, Marcelo Sobral, “A hipertensão arterial é uma doença determinada por elevados níveis de pressão do sangue nas artérias, fazendo com que o coração tenha que exercer um esforço maior do que o normal por fazer este sangue circular pelo corpo”.

É possível prevenir a hipertensão por meio de um estilo de vida saudável, como com a prática de esportes aeróbicos e uma dieta com pouco sal e gorduras saturadas. “Essa conduta não apenas previne como posterga o aparecimento da hipertensão", enfatiza Dr. Lippi.


Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento da HAS?

Dr. Dr. Eduardo Campbell, cardiologista cita abaixo os fatores de risco para o desenvolvimento de HAS. "Existem alguns modificáveis e outros não-modificáveis, ou seja, aqueles que podem ou não ser evitados"explica o médico. Dentre os que não podem ser evitados destacam-se fatores como:

1) Idade (sendo a prevalência de HAS superior a 60% na faixa etária acima de 65 anos),

2) Hereditariedade,

3) Etnia (cor “não branca” tem maior propensão à doença)

4) Sexo (prevalência global de HAS entre homens e mulheres é semelhante, embora seja mais elevada nos homens até os 50 anos, invertendo-se a partir da 5a década).


Entre os fatores que podem ser evitados, dificultando o aparecimento da doença, estão:

1) Aumento de Peso - o excesso de peso se associa com maior prevalência de HAS desde idades jovens. Na vida adulta, mesmo entre indivíduos fisicamente ativos, incremento de 2,4 kg/m2 no índice de massa corporal (IMC, (clique aqui)) acarreta maior risco de desenvolver hipertensão. A obesidade central também se associa com elevação da pressão arterial;

2) Sedentarismo – a atividade física reduz a incidência de HAS, mesmo em indivíduos pré-hipertensos, bem como a mortalidade e o risco de doenças cardiovasculares;

3) Excesso de sal na dieta – a ingestão excessiva de sódio tem sido correlacionada com elevação da pressão arterial. A população brasileira apresenta um padrão alimentar rico em sal, açúcar e gorduras, estando mais disposta ao aparecimento de doenças como HAS e Diabetes;

4) Consumo de álcool – a ingestão excessiva de etanol se associa com a ocorrência de HAS de forma independente das características demográficas.


Como evitar os riscos modificáveis?

Devemos sempre buscar um hábito de vida saudável com atividades físicas regulares, manter o peso ideal (IMC, (clique aqui)<25kg/m2), reduzir o sal da alimentação, evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, não fumar, entre outros.



Exames periódicos também são recomendados? Quais são os exames e que especialista procurar?

Sim devemos sempre fazer exames periódicos. Contudo, tais exames variam de paciente para paciente e de acordo com o estágio da doença. Principalmente aquelas pessoas com fatores de risco para HAS ou as já portadoras da doença devem procurar o seu cardiologista para realização de exames (como exames de sangue, urina, eletrocardiograma, ecocardiograma, MAPA) e acompanhamento de rotina.


Abaixo, confira algumas curiosidades sobre a doença:

1. A hipertensão é predominante em mulheres.

A prevalência da pressão alta aumenta com a idade, cerca de 60 a 70% da população acima de 70 anos é hipertensa. Apesar de ser menor em mulheres do que em homens até os 40 anos, essa relação desaparece após os 50 anos, sendo esta mudança relacionada de forma direta com a menopausa. Em relação à etnia, além de ser mais comum em indivíduos afros descendentes, especialmente em mulheres, a pressão alta é mais grave e apresenta maior taxa de mortalidade.


2. Hipertensão arterial sempre é hereditária.
Nem sempre. A hipertensão arterial é classificada em primária, que corresponde a 90% da população de doentes e trata-se de uma síndrome que depende de vários fatores genéticos e ambientais, podendo-se dizer que a hipertensão arterial é hereditária. No caso da secundária é uma única doença que determina, como as doenças das artérias renais, glandulares e endurecimento de paredes de grandes artérias. Outros fatores que contribuem para o aumento pressórico são o excessivo consumo de sal e álcool, obesidade, sedentarismo e o estresse.


3. Medicações contra a hipertensão arterial podem mexer com o desempenho sexual?
Existem algumas medicações para controle da pressão alta, por exemplo, os beta-bloqueadores, que podem causar redução da libido.


4. Com a pressão controlada, o paciente pode interromper a medicação.
Mesmo com a pressão sob controle, não é permitido parar com a medicação, uma vez que a pressão só está controlada devido aos medicamentos. Exceção à hipertensão secundária, relacionada ao estilo de vida, por exemplo, sedentarismo e obesidade, já que com a mudança de hábito, como interrupção do sedentarismo e o excesso de peso, a pressão alta pode desaparecer.



5. Exercícios físicos auxiliam no combate à hipertensão arterial.
A prática esportiva ajuda a romper o ciclo do sedentarismo e promove melhoras no condicionamento físico.



Complicações
Atualmente a hipertensão arterial faz parte dos maiores fatores de risco para doenças como AVC (Acidente Vascular Cerebral) e infarto do miocárdio, que em conjunto tornam-se a principal causa de mortalidade no mundo. “Além disso é o principal fator responsável pelo desenvolvimento da insuficiência cardíaca, uma doença progressiva com lesão do músculo cardíaco e capaz de levar o indivíduo a uma limitação física progressiva e redução da expectativa de vida”, ressalta Dr. Lippi.

Segundo ele, a hipertensão arterial é comum entre os pacientes acima de 65 anos e que poderia ser evitada ou no mínimo amenizada. “Portanto, o diagnóstico precoce, tratamento adequado e o controle rigoroso do paciente diminui a exposição a este fator e beneficia a longo prazo. Benefícios estes traduzidos em excelente qualidade de vida e envelhecimento saudável”, finaliza o médico.







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