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Cardiomiopatia dilatada, a doença do Cadú, da novela Em Família. Veja aqui do que se trata!

31/03/2014


Na última semana, Cadú, personagem de Reinaldo Gianechini na novela Em Família, foi diagnosticado com cardiomiopatia dilatada. De acordo com o Cardiologista e nosso Colunista de Urgências e Emergência, Dr. Sergio Timerman, clique aqui "em adultos, a cardiomiopatia dilatada surge mais frequentemente em homens do que em mulheres e sua incidência é estimada em 7 por 100.000 por ano.” Em muitos casos, a doença é hereditária e chamada miocardiopatia dilatada familiar. O tipo familiar pode responder a 20-48% dos casos.

O que são as Cardiomiopatias?

Cardiomiopatias compõem um grupo heterogêneo de doenças do músculo cardíaco vinculadas a múltiplas etiologias e uma variedade de expressões genéticas.

Em 1995, a Organização Mundial de Saúde as definiu como sendo “doenças do miocárdio associadas com disfunção cardíaca”, e classificadas em:
- dilatada
- hipertrófica
- restritiva
- cardiomiopatia arritmogênica do ventrículo direito.

Um comitê de especialistas da American Heart Association (AHA) em 2006 conceituou que as cardiomiopatias compreendem um “grupo heterogêneo de doenças do miocárdio associadas com disfunção mecânica e/ou elétrica, e que usualmente (mas não invariavelmente) exibem dilatação ou hipertrofia ventriculares inapropriadas”, e são devido a uma variedade de causas, frequentemente genéticas. Foram divididas em 2 tipos: primárias e secundárias.

Em 2007, um posicionamento do comitê europeu mudou a conceituação: uma afecção miocárdica na qual o músculo cardíaco é funcionalmente e estruturalmente anormal, em ausência de doença coronariana, hipertensão arterial, doença valvular, defeito cardíaco congênito, suficiente para causar a anormalidade miocárdica observada.

Foram agrupadas em 5 tipos, de acordo com fenótipos morfológicos e funcionais específicos:

1) Dilatada

2) Hipertrófica

3) Restritiva

4) Arritmogênica do ventrículo direito

5) e um grupo de cardiomiopatias não classificadas.


Segundo o Cardiologista e nosso Colunista de Urgências e Emergência, Dr. Sergio Timerman, clique aqui “atualmente temos 2 classificações (American Heart Association (AHA) e European Society of Cardiology (ESC)) e nenhuma proposta parece descrever substancialmente a complexidade e heterogeneidade dos diferentes grupos. Embora a situação atual por certo seja conflitante, espera-se que os princípios em comum de ambas as classificações sejam à base de uma revisão conjunta em um futuro não muito distante.”

Quanto a cardiomiopatia dilatada, que á doença do Cadu da novela Em Família, é a doença do miocárdio mais comum, sendo responsável por 25% dos casos de insuficiência cardíaca, terceira causa mais comum de falência miocárdica e a indicação mais comum de transplante cardíaco nas Américas. “A cardiomiopatia dilatada (CMD) é caracterizada principalmente pela disfunção sistólica do ventrículo esquerdo, com aumento associado da massa e do volume. Várias doenças podem causar CMD, porém em muitos casos, não se encontra nenhuma etiologia e a cardiomiopatia é chamada de idiopática que é quando existe desconhecimento da origem e das causas de uma doença (até 50% dos casos)” explica Dr. Sergio Timerman, clique aqui .




Epidemiologia

A cardiomiopatia dilatada tem sua prevalência estimadaem 1:2500 pessoas, sendo responsável por 50.000 internações e 10.000 mortes por ano nos Estados Unidos. Geralmente sua apresentação ocorre entre a quarta e sexta décadas de vida, entretanto pode estar presente em todas as faixas etárias, sem predileção de sexo e raça. Esta doença traz grandes ônus à sociedade devido tanto aos custos diretos com o tratamento da insuficiência cardíaca, quanto aos custos indiretos gerados por absenteísmo ao trabalho e aposentadoria precoce.

Em crianças, a incidência é de 1,13 casos por 100.000 por ano, sendo maior em meninos do que nas meninas (0,66 vs 0,47 casos por 100.000: p<0,006); em negros do que em brancos (0,98 contra 0,46 casos por 100.000, p<0,001); em bebês menores de 1 ano do que em crianças maiores (4,40 vs 0,34 casos por 100.000, p <0,001).

Das várias fontes de pesquisa, provavelmente a incidência e a prevalência da CMD podem estar subestimadas.


Conheça abaixo quais são as principais características dessa doença:

1) Dores nas pernas

2) Inchaço nos tornozelos

3) Cansaço sem motivo aparente, nem sempre são causados só pela correria do dia a dia.


Segundo a cardiologista do Hospital Santa Cruz de São Paulo, Patrícia Hitomi Kuga, a Cardiomiopatia dilatada todos os sintomas podem se manifestar até mesmo em repouso, causada por uma diminuição da força de bombeamento do coração, especificamente do ventrículo esquerdo, que se torna dilatado e distribui mais enfraquecido o sangue para o corpo. No início a doença pode não manifestar nenhum sintoma pertinente, mas o esforço físico pode ser um problema. “O esforço em atividades físicas sem supervisão pode instigar o portador da doença a manifestar sintomas mais severos da doença”, finaliza.


A patologia pode levar a outros problemas, como arritmia, problema nas válvulas do coração, coágulo de sangue no coração, entre outros. O tratamento também pode variar, de acordo com a gravidade dos casos.



Veja mais sobre CARDIOLOGIA em nossas colunas de:

1) Cardiologia do Esporte com Dr. Nabil Ghorayeb

2) Urgências e Emergências com Dr. Sergio Timerman




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