Ingestão de proteína
Um dos objetivos mais visados pelos praticantes de musculação em níveis intermediários e avançados é o aumento da massa muscular. Nesse sentido, para se conseguir resultados satisfatórios é necessário adequar exercícios de resistência e força, alimentação equilibrada e descanso suficiente.
Quanto ao aspecto nutricional, verifica-se uma preocupação comum quanto a ingestão de grandes quantidades de proteína. Sabe-se que a proteína é um nutriente considerado construtor, pois é responsável pela formação dos músculos e pela construção de diversos outros tecidos, tais como pele, unhas, ligamentos, células nervosas, hormônios, etc.
Através dos estímulos dos exercícios de força o organismo é capaz de aumentar sua síntese protéica. Isso acontece devido a necessidade do corpo em compensar o desgaste e as degradações ocasionadas pelo treinamento. Na fase de descanso, há necessidade de disponibilizar uma quantidade maior de proteínas para que o organismo possa processar o restabelecimento dessas perdas e atingir níveis ainda melhores do que o estado anterior. Esse processo de formação dos músculos é denominado anabolismo. E dessa forma acontece o crescimento muscular ou a conhecida hipertrofia muscular.
As necessidades diárias da maioria das pessoas que treina recreativamente chegando a 1 hora por dia, 5x por semana não é diferente das necessidades de pessoas sedentárias que gira em torno de 0,8 à 1,2 g/kg/d. Já os atletas que têm uma programação de treino mais intensa necessitam de uma quantidade protéica maior que pode chegar a no máximo 1,8 g/kg/d.
Os alimentos ricos em proteínas e considerados de alto valor biológico são aqueles que fornecem aminoácidos essenciais (que o organismo não pode sintetizar) e são representados pelos ovos, leite, carne, peixes e aves.
A maior parte dos indivíduos pode obter grandes quantidades de proteínas mantendo uma dieta variada que lhes forneça 15% de proteína, 25 a 30% de gordura e 55 a 60% de carboidrato do total de calorias ingeridas no dia.
É bom que se fique atento, pois na ansiedade de se ingerir grandes quantidades de proteína, achando que somente esse fator irá trazer resultados, os praticantes podem se deparar com alguns problemas. As dietas ricas em proteínas são potencialmente perigosas, pois existe a possibilidade de ocorrer um aumento na ingestão de gorduras, perda excessiva de cálcio através da urina, elevação nos níveis de amônia sérica e disfunção renal (American Dietetic Asociation, 1993).
É aconselhável portanto, que praticantes ou atletas, mesmo que estejam se submetendo a treinamentos intensos, mantenham a ingestão de proteínas equilibra, não ultrapassando os valores de 2,0 g/kg/d.
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