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Profa. Priscilla de F. de Arruda Camargo
Qualidade de Vida
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Exercício e fumaça

Infelizmente, a grande divulgação que se faz do uso do fumo por parte de atletas dá a idéia genérica e errada de que o fumo não prejudica a atividade física. Na verdade, o fumo dificulta o processo respiratório e essa dificuldade é tanto mais intensa na razão direta do número de cigarros/dia e do tempo em anos de tabagismo.

Fisiologicamente, o prejuízo do fumo no desempenho físico pode ser explicado da seguinte maneira:

- A respiração fica mais difícil por causa da irritação dos brônquios dos pulmões e isso acarreta um custo energético adicional ao exercício provocado pelo maior trabalho das vias aéreas e dos músculos respiratórios;

- Mesmo aumentando o trabalho pulmonar, vai haver uma diminuição da absorção do oxigênio e isso provocará uma redução da quantidade de oxigênio nos músculos. Isto ocorre porque a hemoglobina do sangue carrega tanto oxigênio como monóxido de carbono, mas ela tem mais afinidade pelo monóxido de carbono do que pelo O2. Como uma das conseqüências do tabagismo é a produção de monóxido de carbono, diminui-se então a quantidade de oxigênio carregado pela hemoglobina. Essa diminuição é da ordem de 5% a 10%.

A redução da capacidade física pelo fumo é tão maléfica que está provado: o atleta que não fuma no dia de um jogo ou competição já tem uma melhoria no seu rendimento físico. Até deixar de fumar nas duas horas que antecedem uma prática desportiva já representa uma pequena melhora.

É sempre bom saber ainda que a nicotina destrói parte da vitamina C, que além de suas inúmeras funções, tem importância decisiva no rendimento desportivo. Por isso, os atletas fumantes devem fazer, obrigatoriamente, uma suplementação natural ou artificial de vitamina C. Mas não se esqueça que não se deve abusar de altas doses. A alimentação com frutas cítricas, verduras, pimentão e tomate fornece boas doses dessa vitamina, que, em excesso, pode causar pedras nos rins.

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