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15/06/2012 MINISTRO ASSINA CONVÊNIO PARA PROJETO EM TELESSAÚDE INCOR E LIBERAÇÃO DE VERBAS PARA COMPRA DE EQUIPAMENTOS PARA O HOSPITAL Mais de 200 unidades de atendimento em emergência cardiológica e em UTI geral no Brasil poderão ser beneficiadas pelo Serviço de Teleconsultoria Cardiológica Incor. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, esteve no Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMSUP) nesta sexta-feira (15) para anunciar a liberação de R$ 8.000.000,00 do Ministério da Saúde para atualização tecnológica do Incor em aparelhos médicos. O pacote de aquisições inclui uma tomografia multislice, aparelhos de ultrassom e de ecocardiograma, além de 80 monitores e quatro centrais de monitorização de pacientes em estado crítico. Padilha assinou também convênio entre o Ministério da Saúde e o Instituto do Coração para implantação do Serviço de Teleconsultoria Cardiológica Incor para unidades de emergência cardiológica e de UTI geral em todo o País. Quando totalmente implantado, o Serviço terá capacidade para atender 200 dessas unidades de saúde. O projeto consiste na orientação à distância, realizada por médicos do Incor especializados em atendimento de casos cardiológicos complexos, utilizando os recursos de imagem, som e transmissão de dados da telemedicina. “Nossa intenção é fazer com que a expertise do Incor na cardiologia chegue aos lugares mais remotos do País, onde a população necessite, ajudando, dessa forma, a democratizar o acesso dos brasileiros aos avanços científicos no tratamento”, diz o Dr. Roberto Kalil, diretor da Divisão de Cardiologia Clínica do Incor. Kalil não tem dúvida de que o Serviço de Teleconsultoria Cardiológica Incor irá contribuir efetivamente para a melhoria da qualidade do atendimento cardiológico de alta complexidade no sistema público de saúde. “O adequado cuidado ao paciente na ponta do sistema é fundamental para que consigamos diminuir o número de mortes por infarto, no curto prazo, e, no decorrer do tempo, a incapacitação do paciente resultante da pior evolução da doença”. As doenças cardiovasculares são a principal causa de morbidade, incapacidade e morte no mundo e no Brasil. A maioria das mortes por infarto ocorre nas primeiras horas de manifestação da doença (dor no tórax, sudorese etc.) - 65% dos óbitos acontecem na primeira hora e 80%, até 24 horas após o início do infarto. Mesmo no mais longínquo serviço de saúde do País, os médicos poderão interagir em tempo real com os especialistas do Incor, resultando em mais agilidade e segurança no diagnóstico e segurança na tomada de decisão sobre a melhor conduta de tratamento. Unidades precisam de capacitação básica A capacitação de profissionais para atendimentos de emergência e cuidados intensivos em cardiologia é uma das principais dificuldades para a assistência adequada ao paciente cardíaco, explica o Diretor da Divisão de Cardiologia Clínica do Incor. Os problemas, contudo, não param aí. Geralmente esses serviços não seguem protocolos de atendimento, segundo o que está estabelecido nos consensos médicos internacionais. Tampouco possuem estrutura tecnológica e recursos humanos que permitam, por exemplo, realizar um exame básico como o eletrocardiograma em tempo adequado para diagnosticar um possível infarto - menos de dez minutos desde o começo do atendimento – e processar sua leitura de forma correta. “Doença cardíaca mal diagnosticada resulta em tratamento ineficaz, maior incidência de morte e pior qualidade de vida para o paciente na evolução da doença”, diz Kalil. As doenças cardiovasculares são tão mais dispendiosas para o sistema de saúde quanto mais avançada é a doença. Um exemplo claro dessa relação perversa são os gastos com insuficiência cardíaca congestiva (ICC). A ICC, síndrome em que desemboca boa parte das doenças do coração quando agravadas, é uma das sequelas mais comuns do infarto não adequadamente tratado. Em 2011, a ICC foi a terceira causa de internação no Brasil e consumiu 2,6% de todos os recursos aplicados em saúde pelo SUS. Em 2011, o que se gastou com internação por ICC representou 27% (R$ 305 Milhões) a mais de tudo o que foi despendido em infarto agudo do miocárdio. Como funcionará a Teleconsultoria Cardiológica Incor A implantação do projeto ocorrerá em três etapas. A primeira, de cerca de seis meses, será a da instalação da infraestrutura física, tecnológica e de recursos humanos do Serviço. Consta também dessa fase, a inserção dos primeiros quatro serviços que farão parte da fase-piloto do Serviço. “Estimamos que no primeiro ano do projeto a Teleconsultoria Cardiológica Incor já esteja disponível para todo o Estado de São Paulo e, ao final de dois anos, para o todo o Brasil”, afirmou Kalil. Para utilizar o Serviço de Teleconsultoria do Incor, a unidade de saúde deve primeiro se inscrever no programa. Depois disso, ela receberá visita técnica da equipe do Incor para levantamento de necessidades de infraestrutura e de treinamento dos médicos, tanto para operar a central de telemedicina quanto para executar o protocolo básico de diagnóstico e de tratamento de dor torácica. A central de telemedicina é composta de equipamento de eletrocardiograma portátil e de microcomputador com monitor de alta resolução, kit web câmera full HD, microfone e headset.
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