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25/09/2011
Cuidados com o coração devem começar aos 35 anos, alerta cardiologista

De acordo com o Ministério da Saúde, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil, seguidas pelas neoplasias (tumores) e causas externas, ou seja, agressões, homicídios e acidentes de trânsito. Os dados mais atuais são de 2005 e demonstram que as doenças cardiovasculares são responsáveis por cerca de 28% das causas de óbito e as doenças isquêmicas do coração contribuem com quase metade das causas de mortalidade. Dessa forma, somadas às mortes atribuídas às “outras doenças cardíacas”, nota-se que aproximadamente um quinto das causas de óbito estão relacionadas a doenças cardíacas e que o coração é, de longe, o grande vilão dos brasileiros neste século. Além disso, devem ser consideradas também doenças como aterosclerose (depósito de gordura nas artérias), que podem levar a acidente vascular cerebral e infarto do miocárdio e consequentemente à morte, se não identificados e tratados a tempo.

As doenças do coração não escolhem sexo, atingindo atualmente tanto homens como mulheres, mas aumentam o risco em fumantes, diabéticos, hipertensos, obesos e pessoas com histórico familiar de problemas coronarianos. Mesmo assim, alerta o cardiologista Rafael Greco, a vida moderna, com elevado grau de estresse, alimentação irregular, rica em gorduras, sal e açúcares, aliada ao sedentarismo, levam perigo ao coração de todos os indivíduos, independentemente da idade e do histórico familiar. “Os exames cardiológicos devem ser feitos anualmente, a partir dos 35 anos. Quem tem predisposição genética, deve realizar o check-up a partir dos 30 anos”, recomenda o médico.

Para checar a saúde do coração, os procedimentos mais importantes são os exames laboratoriais (glicemia, perfil lipídico, função renal, hemograma e dosagens de fatores de atividade inflamatória) e eletrocardiograma de repouso. “O teste ergométrico e o ecocardiograma com doppler colorido completam o check-up cardiológico”, explica o cardiologista.

Rafael Greco ressalta que os pacientes com predisposição genética, aqueles com histórico familiar de infarto do miocárdio antes dos 60 anos em familiares de 1º grau, devem receber cuidados ainda maiores: “Para os indivíduos com predisposição genética ou com múltiplos fatores de risco devem ser realizados exames mais específicos como a cintilografia miocárdica de repouso e estresse, o ecocardiograma com estresse farmacológico e/ou a angiotomografia de coronárias”.

Angina Pectoris

A falta de oxigênio para a musculatura cardíaca é conhecida como angina pectoris, caracterizada por dor no peito, frequentemente irradiando-se para o membro superior esquerdo ou para o pescoço. As crises duram sempre mais que um minuto e menos que 20 minutos e acontecem devido à diminuição da oferta de oxigênio para a musculatura cardíaca, em geral por obstrução parcial (estenose) ou espasmo das artérias coronárias, segundo o médico.

O tratamento preventivo consiste na correção dos fatores de risco, como colesterol elevado, tabagismo, fatores psicossociais (depressão, estresse emocional, ansiedade), diabetes mellitus, hipertensão arterial, obesidade abdominal (circunferência abdominal maior que 94 cm em homens e 80 cm em mulheres) e sedentarismo. “Em casos específicos, o tratamento pode consistir do cateterismo cardíaco com colocação de stents, que são ‘molas’ para a desobstrução da artéria, e até mesmo da realização de cirurgia de revascularização miocárdica, as chamadas “pontes de safena”, alerta o especialista.

Infarto do Miocárdio

O infarto do miocárdio ou simplesmente infarto do coração caracteriza-se pela necrose (morte) da musculatura cardíaca, causando a redução do fluxo sanguíneo coronariano por período prolongado, em geral com magnitude e tempo suficiente para não ser compensado pelas reservas orgânicas -- normalmente um tempo superior a 15 minutos. O processo ocorre pela formação de coágulo após ruptura de placa de ateroma (gordura).

O socorro rápido aumenta as chances de sobrevida, mas em muitos casos o infarto do miocárdio, mesmo quando não leva a óbito, pode deixar sequelas. “A principal é a insuficiência cardíaca ou o ‘aumento’ do coração, diminuindo a eficácia dele em bombear o sangue para todo o corpo; este problema pode se arrastar pelo resto da vida”, avisa o especialista.

Cuidados com o Coração

De acordo com o cardiologista, os exames preventivos são a melhor forma de evitar o agravamento das doenças e a lista de exames deve ser individualizada para cada faixa etária, presença de fatores de risco e, principalmente, para aqueles casos com predisposição genética. “O check-up é fundamental para antever qualquer problema mais grave, permitindo que o médico trabalhe com diagnósticos precoces, aumentando as possibilidades terapêuticas do paciente. Devem ser feitos anualmente e quanto mais cedo começarem, melhor”, alerta o cardiologista Rafael Greco.

Veja mais sobre o assunto em nossa coluna de Cardiologia e Saúde com Dr. Augusto Uchida





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